Resumo de Capítulo 13 - Agnes – Capítulo essencial de Um Sheikh no Brasil por Diana
O capítulo Capítulo 13 - Agnes é um dos momentos mais intensos da obra Um Sheikh no Brasil, escrita por Diana. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Seth fez questão de nos deixar em casa de carro. Felizmente, a onda de pessoas loucas em frente ao hospital tinham diminuído bastante e ainda mais conforme Seth nos levava para casa. Eu não gostava que ele se afastasse tanto do Centro, com medo de que alguma coisa acontecesse a Seth, mas ele continuava insistindo para que eu não pensasse nisso, visto que os guardas dele davam conta do recado, nas palavras dele. Aparentemente ele considerava que tudo poderia ser mais tranquilo com Alfred e companhia próximo dele. Ainda assim, eu tinha medo.
Assim que Seth nos deixou em casa e foi para o seu hotel, mamãe soltou um longo suspiro, logo em seguida me olhando e falando:
— São muito atenciosos os seus chefes, Agnes. Nunca imaginei que o povo de lá fosse tão cuidadoso com os outros assim. Não sei nem como agradecer a eles por todo esse carinho que eles estão demonstrando para nós, reles seres. — E mamãe parecia falar de coração, ou, talvez de inocência, já que ela aparentemente não tinha percebido como Seth vivia me olhando. E não era um olhar muito de amigo não. Fosse o que fosse, eu não ia contar para minha mãe. Não ainda.
Sophia precisava ficar completamente bem para que eu abrisse a boca e dissesse para mamãe que aparentemente o Seth que está aqui, é, hã, meu futuro marido.
Um arrepiar percorreu a minha pele ao pensar nisso.
Até então eu estava tentando fugir desse pensamento que parecia ser muito para minha cabeça. Afinal, pensar que eu e Seth íamos nos casar era algo que eu vinha tentando esconder. E esconder. Até que Sophia ficasse bem. Depois eu me preocupava com isso. Depois eu me preocupava no alarde que isso tudo gerava.
Eu e mamãe fomos dormir cedo de forma a acordar bem cedo. Eu sabia que não faria muita diferença, já que a gente não poderia ver a Sophia mais.
Ela faria a cirurgia dela e nós ficaríamos com o coração na mão enquanto isso, sem respostas. Isso era o que dava mais agonia, no fim.
Chegamos cedo no hospital e ficamos lá por tempo indeterminado. Eu já estava me acostumando a ficar naquele lugar frio e aproveitei para começar a ajudar Seth na pronúncia de algumas palavras, já que ele aparentemente conseguia entender bem o que as pessoas diziam, mas não conseguia falar tão bem, enrolando muito a língua.
Ficamos treinando e isso serviu para nos distrair um pouco enquanto a hora ia passando. Uma hora tentei até ensinar Alfred, o que me fez rir bastante, pois ele realmente não sabia nem o que estava falando. Ele era muito sério, mas pela primeira vez vi o amigo de Seth rir enquanto brincava com Seth dizendo que ele conseguia ser ainda pior falando português do que ele.
Uma hora Fernanda acabou chegando e se entrosando conosco. Seth então aproveitou que ela estava com mais tempo para esperar conosco a agonia de não saber nada de Sophia, para zoar com ela:
— Hã... Ouvi falar que alguém acha que tenho um corpo dos sonhos... — Comentou Seth, o que fez Fernanda revirar os olhos.
— Não é por maldade não, Seth, mas agora Você já é da minha amiga aqui. Então pode parar com a zoação, porque senão quem vai comer o seu fígado com sopa por não estar respeitando a minha amiga aqui, sou eu. — Disse Fernanda brincando e piscando e eu só pude ficar rindo das alfinetadas dos dois enquanto só conseguia me manter na agonia de ainda não ter nenhuma notícia da minha irmã. Isso sim estava me matando. Eu precisando de uma notícia e as horas correndo numa lerdeza que só vendo enquanto eu continuava sem a resposta que eu tanto queria.
Minha mãe então chega e quase nos expulsa para tomar banho. Ela tinha passado em casa depois do serviço e estava já de banho tomado para nos render. Eu queria continuar mais um tempo no hospital, ainda preocupada com a condição da minha irmã, mas eu também bem sabia que estava precisando de um banho.
Seth e eu ficamos em silêncio no carro durante todo o caminho. Eu ainda não estava cem por cento eu, a pessoa que poderia se soltar completamente, ser a louquinha que eu era. Fato esse, pois minha irmã estava ainda em cirurgia e, enquanto ela não estivesse cem por cento bem, não, eu não conseguiria ficar bem.
Seth disse que me buscaria dali uma hora para voltarmos ao hospital. Já fui direto para o banho para tentar tirar o cheiro de hospital que parecia impregnado em mim. Naquele momento eu só conseguia pensar em tudo o que tinha acontecido até então e em como a minha vida parecia ter dado um giro de 180 graus, pois eu não conseguia nem mesmo acreditar que estava na situação que estava agora.
Por um momento, achei que não ia ser correspondida. Meus lábios encostados sob de Seth, eu com os olhos fechados tentando não ver a besteira que fazia e Seth, paralisado a minha frente, parecendo pensar em algo, se é que estava pensando em algo. No entanto, antes que eu pudesse achar que tinha cometido um gravíssimo erro e que era melhor que eu parasse de beijar Seth naquele momento, seus braços envolviam-se, suas mãos apertavam meus ombros enquanto ele procurava abrir meus lábios com o seu, correspondendo ao beijo.
Eu só conseguia pensar qual era o problema de Seth que me fazia me sentir numa constante queda, num vício sem fim, onde a única coisa que eu pensava que eu talvez quisesse junto de mim eram os lábios dele, o corpo dele, ele por inteiro, próximo de mim, a me fazer me sentir menos solitária, eu, que depois de tudo com Sophia só conseguia me sentir cada vez mais solitária.
Agora, eu só conseguia pensar em como eu queria que o tempo pudesse parar por alguns segundos, que aquele momento durasse por toda a eternidade e que Seth pudesse um dia ser meu sem problemas, sem minha irmã morrendo, sem que tudo desabasse ao meu redor.
Demorei a perceber que enquanto beijava Seth, eu também estava chorando. E foi Seth que percebeu isso primeiro, desgrudando os seus lábios dos meus e estendendo o polegar até uma gota das minhas lágrimas tocando-a enquanto meus olhos se moviam aos seus, cheios de lágrimas, tentando encontrar alguma coisa no seu olhar. Eu não sabia exatamente por que estava chorando. Só conseguia pensar que estava atrapalhando o momento que estava tendo com Seth, o doce toque de seus lábios que fazia tempo que eu não sentia, mas que eu só conseguia pensar em sentir.
— Habib, não chore. Eu te disse que vou estar aqui para o que Você precisar, não disse? — Mas eu sequer sabia porque estava chorando. Voltei meus olhos para baixo tentando fugir do olhar de Seth, com vergonha de estar chorando sem um motivo aparente. Ele, contudo, impediu que eu o fizesse, levantando delicadamente meu rosto em direção ao seu para que eu olhasse nos seus olhos.
— A gente vai esperar para ter um momento só nosso e será inesquecível, Ag. Vamos. — E eu apenas concordei enquanto esperava que o que quer que estivesse me fazendo ficar tão tempestiva, sumisse.
— Ah. — E para minha surpresa Seth para de andar voltando sua atenção para mim. Seus olhos encontram os meus enquanto ele lança um sorriso de canto dos lábios enquanto murmura: — Precisamos contar para sua mãe em algum momento a novidade. — E dito isso eu só consigo corar enquanto penso no que Seth diz. Dou de língua para ele enquanto eu que decido que não vou mais prestar atenção no que ele diz, saindo para o elevador com o intuito de seguir para o hospital. Seth ri da minha criancice enquanto me segue em seguida.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um Sheikh no Brasil
Maravilhoso, amei a história. Parabéns a autora, soube prender minha atenção com comedia, ação, drama e romance na medida certa....