Um Sheikh no Brasil romance Capítulo 36

Resumo de Capítulo 36 - Agnes: Um Sheikh no Brasil

Resumo do capítulo Capítulo 36 - Agnes do livro Um Sheikh no Brasil de Diana

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 36 - Agnes, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Um Sheikh no Brasil. Com a escrita envolvente de Diana, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

— Eu vou resolver algumas coisas no Shopping. — Disse para Seth que concordou enquanto me dava um beijo na testa.

— Tudo bem, amira. Eu vou ver com Alfred a situação da segurança. E não adianta falar nada, você sabe que não quero que aconteça nada com você. — Revirei os olhos.

— Eu sei, Seth, mas não precisa também de uma guarda pessoal para minha família. — Disse e, de fato, eu não achava que havia necessidade. A gente conseguia se proteger muito bem. Mas Seth negou.

— Não adianta discutir, Ag. Já está decidido. Vou indo lá. — E Seth piscou dando-me um beijo no canto dos lábios que fez minha pele formigar naquele exato lugar, logo em seguida sentindo falta do seu contato que se desfez em segundos. Então Seth partiu.

Meu coração estava partido não somente porque Seth estava indo embora, mas porque eu sabia que era errado mentir para ele. Não deveria fazer isso. Mas eu tentava me convencer de que Seth não entenderia que Matheus precisava de ajuda. Do jeito que ele era, era bem capaz de me proibir de fazer o que estou fazendo. E eu queria minha independência de decidir por mim mesma o que eu podia ou não fazer. E eu queria fazer esse bem.

Segui para o mesmo consultório que eu tinha ido antes. Novamente, mais uma consulta de Matheus. Entrei no consultório e Matheus estava de olhos fechados e sentado, mas, assim que sentiu que eu havia entrado no escritório, os seus olhos se abriram e o olhar frio dele me encarou por longos segundos antes que ele se levantasse, sem dizer uma palavra, e entrasse no consultório.

Laura que também estava ali suspirou ao me ver sentar ao seu lado. Ficamos alguns segundos em silencio antes que ela tomasse a palavra e começasse a falar.

— Ele se arrependeu, sabe? Do que te disse. — Fechei meus olhos. Eu preferia que Laura não tivesse entrado no assunto, pois parecia que me machucava ainda mais pensar na cena de antes ocorrida e em como eu ainda assim estava ali. Mas Laura parecia querer fazer questão de cutucar minhas feridas.

— Eu sei. Não quero falar sobre isso. — Disse seca e Laura concordou meneando a cabeça em afirmativa.

— Eu só quero agradecê-la, Agnes. Pelo que Você está fazendo. Minha família sempre será grata por Você. — E eu concordei dando de ombros. Minha última vontade era que Matheus melhorasse logo e sumisse da minha vida.

— Não tem nada. — Disse e, para minha surpresa, Laura começou a chorar. Voltei minha atenção para ela, preocupada pelo choro do nada e perguntei:

— Aconteceu algo? — E fungando Laura me respondeu:

— Não é nada. Não quero adular você. — E eu odiava que as pessoas dissessem isso. Se já havia começado, que terminasse logo de uma vez. Mas agora começar e parar do nada, só fazia o outro ficar mais preocupado e curioso.

— Pode falar. — Disse quase pisando em ovos, porque sempre que alguém chorava é óbvio que coisa boa não é. Laura fez um gesto de deixa para lá com a mão e eu decidi não insistir mais. No entanto, para minha surpresa, depois de alguns segundos que ela ficou sem falar, só fungando, ela começou a falar:

— Matheus gosta muito de você, você sabe não é Agnes? — E aquela conversa só fazia com que meu sangue gelasse, pois eu não gostava do caminho no qual a conversa se enveredava.

— Eu acho que não posso chamar o que ele sente de gostar, Laura. — Disse séria, mas a mulher deu de ombros, como se não importasse o nome.

— Ele sente muito a sua falta Agnes. Ele está desolado em saber que você vai se casar com outro que não é ele. vocês tiveram uma história juntos...

— Uma história que ele me humilhava e eu servia de saco de porradas para ele? Grande história. Olha, Senhora Laura, se você não quiser que eu vá embora ou me estoure com você, eu acho que seria bom a senhora parar. Eu costumo ter um pavio mais curto do que Você imagina. — E a mulher então parou de falar emudecendo.

Acho que a mãe de Matheus também estava ficando um pouco paranoica, precisado de um médico urgente também. Porque essa história de ficar cutucando minhas feridas não era de alguém normal.

Antes que eu pudesse continuar com os meus pensamentos, a porta do consultório foi aberta novamente e Matheus saiu de lá novamente sério. Seu olhar frio encontra o meu por alguns segundos, mas é o suficiente para sentir o ambiente ficar levemente gélido antes que Matheus vá embora me deixando sozinha com a mãe dele.

— Eu vou esperar lá embaixo. — Ele murmura para a mãe e sai deixando nós duas sozinhas no consultório.

Para minha surpresa, Laura vem ao meu encontro e me abraça e eu fico pensando quem dos dois é o mais bipolar, afinal. Não concluo o meu pensamento, pois Laura já emenda falando:

— Muito obrigada por tudo, Agnes. — E eu só consigo concordar meneando a cabeça enquanto Laura me solta e vai atrás do filho deixando um ponto de interrogação bem grande instalado na minha testa e a certeza de que ambos já não estão muito normais.

*

— Eu sei. — Digo com o coração na mão, pois eu realmente sei como ele está machucado também com sua necessária ida.

— Mas eu prometo que volto o mais rápido que eu puder.

— Não se mate para isso. Por favor. — Seth concorda.

— Vou fazer o meu trabalho da melhor maneira possível sem me matar. Não se preocupe. — E eu concordo enquanto continuo abraçada sobre o peito de Seth. Não quero sair dali nunca, se for possível.

— Eu preciso te apresentar o seu guarda costa até eu voltar, Ag. — Revirei os olhos. Seth e a sua ideia de sempre de que eu deveria ter um guarda costa. — Não adianta falar amira. — Disse Seth sorrindo e eu dei de ombros. Sabia que não ia adiantar mais tentar falar alguma coisa. Agora só me cabia era aceitar mesmo.

— Akin. — Disse Seth e um homem se aproximou de nós. Ele tinha os cabelos raspados, embora ainda tivesse visível a raiz preta. As sobrancelhas eram grossas sobre os olhos negros e sem vida e ele tinha a pele muito branca, embora tivesse um corpo bem proporcional de músculos. Não tinha nenhuma fisionomia facial, o que, de certa forma, me dava um certo medo. Engoli em seco enquanto Seth continuava a falar: — Você não precisa que a Ag precise te ver para você cuidar dela, mas sempre que possível se mostre ao menos uma vez por dia para que ela saiba. Alfred me confiou você e espero que você seja digno de confiança, pois essa é uma mulher muito importante para mim, Akin. — E o homem meneou a cabeça numa concordância, ainda mantendo silêncio. Por fim, Seth terminou: — Obrigado, Akin. — E então o homem se afastou enquanto Seth continuava me olhando. Agora era a nossa despedida.

— Vou sentir sua falta. Me ligue sempre que puder para que eu possa te ver, Seth. — Disse e ele concordou enquanto me abraçava novamente. O seu cheiro era aconchegante e parecia me trazer uma relativa paz e segurança.

— Eu também, Amira. Vou sentir muita falta sua. Mas logo nos veremos e dessa vez será para que nos casemos, assim espero. — E eu concordei com Seth enquanto continuava sobre seus braços absorvendo o seu cheiro que eu esperava que durasse para sempre.

Infelizmente, nesses momentos a hora parece correr mais rápido do que deveria e os momentos sobre os braços de Seth pareceram durar milésimos de segundo para a minha agonia. Não queria o soltar, embora fosse necessário e quando, depois de não poder mais perdurar o tempo que podíamos ficar juntos, quando tivemos que nos soltar, a sensação indescritível de solidão e vazio que tomou o meu corpo com a ausência de Seth foi tão grande que eu não sabia como corresponder a toda a dor que parecia não ter espaço para caber em mim.

Seth adentrou o avião logo seguido de seus guardas, menos Akin que permaneceu ao nosso lado enquanto esperávamos o avião partir. Ver da janela do aeroporto Seth ir embora parecia trazer a sensação de que seria para sempre, muito embora eu soubesse que não. Ainda assim, eu fechei meus olhos sentindo as lágrimas querendo se apossar dos meus olhos, mas não deixei que isso acontecesse. Seria por pouco tempo a saudade. Ia passar. Não adiantava chorar.

— Vamos. — Disse e todo mundo que estava comigo concordou sem dizer uma palavra sequer. Aparentemente não queriam atrapalhar o meu momento de silencio enquanto eu pensava em Seth e eu só conseguia ficar agradecida por isso.

Não demorou para que voltássemos para casa. Suspirei enquanto ia para o meu quarto ver se dormir resolveria a dor que eu sentia. Eu sabia que ia passar. Era só porque fazia pouco tempo que ele tinha partido e eu já havia me acostumado com sua presença. Mas eu ia aguentar. Eu era forte... Eu sabia disso...

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