Um Sheikh no Brasil romance Capítulo 41

Uma vez um professor tutor que vinha me dar aulas em casa me disse que a maior dádiva para um homem era conhecer uma mulher a altura dele.

Talvez eu tivesse uma dádiva ainda maior do que essa, pois não somente havia conhecido uma mulher a minha altura, como estava muito perto de casar com ela.

No entanto, ainda haviam coisas a serem feitas e o tempo parecia correr muito rápido para mim com tantas coisas a resolver.

Começava pela necessidade de descobrir se realmente a empresa estava sendo roubada por um funcionário. Não era algo fácil e eu precisava refazer todos os cálculos de lucros e despesas para conseguir ter alguma ideia. O mais difícil, no entanto, foi ver o resultado de que meu pai esperava se confirmando: Simas, seu contador, realmente o estava roubando.

Meu pai tinha uma mansão de Inverno em Omã, próximo do Centro da Cidade, mas mais próximo do Deserto revigorante, o que permitia que quando quisesse ele pudesse ficar na outra mansão, quando não estivesse com vontade de voltar para a ilha onde morávamos. Por muito tempo a mansão ficou com os pais dele até que alguns anos atrás meus avós viessem a morrer, o que tornou a Mansão de Inverno relegada ao descaso por muitos anos.

Aparentemente, isso permitiu que Simas conseguisse aproveitar para roubar meu pai. Com a desculpa de que a Mansão estava precisando de uns consertos em virtude do tempo em que estivera abandonada, ele conseguiu arrumar verba por parte da empresa do meu pai para arrumar a Mansão. No entanto, quase nada foi ajeitado na Mansão. A maioria das coisas foi superfaturada, o que permitiu que boa parte do dinheiro que era destinado para a Mansão fosse para a mão do homem. Um grande problema, afinal.

Claramente meu pai despediu Simas deixando-lhe ciente de que se viesse a profanar a empresa, regras mais rígidas seriam aplicadas ao homem com o auxílio do estado. Eu estava na sala com meu pai quando esse tipo de aviso foi dado e percebi o olhar demorado que Simas redigiu a mim.

— Você entendeu, Simas? — Perguntou meu pai. O homem altivo e de grande nariz arrebitado com olhos negros e barba longa parou de dirigir o olhar na minha direção voltando o mesmo na direção do meu pai.

— Entendi, Sheikh. — E dito isso ele saiu da sala. Meu pai bufou.

— Não gosto de ver um homem com um olhar vingativo na face. Também não gosto de não ser justo quando o posso. Estou dando a oportunidade dele nunca mais agir de maneira errônea como fez na minha empresa, mas realmente temo pelo mal que pode alcançar o seu coração e promove-lo a uma ação sem volta. — Disse meu pai de forma enigmática. Voltei minha atenção para meu pai, absorvendo seus traços finos e concordei com a cabeça pensando no que ele dissera.

— Espero que o senhor tenha tomado a decisão certa, meu pai. Algumas pessoas parecem que não sabem aproveitar a sua segunda chance. — E meu pai concordou com minhas palavras ainda olhando sem rumo em direção ao vento.

Precisei arrumar as finanças da empresa e não somente isso, precisei arrumar as coisas que Simas tinha dito que tinha arrumado da Mansão de Inverno, mas que ele não tinha feito. Ou seja, era necessário que eu agisse rapidamente para que o possível lar que eu teria com Agnes fosse rapidamente restaurado.

Finalmente o dia de reencontrar Agnes chegou e eu mentiria se dissesse que não estava morrendo de saudade, completamente ansioso, esperando que o tempo passasse derradeiramente rápido, o que parecia completamente ao contrário do tempo em Omã que havia passado rápido.

No entanto, quando finalmente consegui sair do avião, sorri. Ali estava minha amada Agnes. Ali estava ela me esperando com um sorriso no rosto. Havia tanta saudade que não consegui reter meus atos e quando percebi estava abraçando-a pela cintura e beijando-a como pareciam séculos que eu não fazia.

Eu só conseguia sorrir diante de tamanha felicidade. Ali estava minha amada.

*

No carro em direção a casa de Agnes, enquanto Al dirigia e Sophia ouvia música no lado de Al, eu e Agnes íamos conversando atrás enquanto ela ia me contando algumas novidades de último tempo.

— Eu sei que você não vai querer ouvir isso, mas preciso que você ouça até o final. — Ela disse e eu só consegui franzir o cenho sem entender sobre o que diabos Agnes estava fazendo mistério.

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