Um Sheikh no Brasil romance Capítulo 44

Resumo de Capítulo 44 - Agnes: Um Sheikh no Brasil

Resumo do capítulo Capítulo 44 - Agnes de Um Sheikh no Brasil

Neste capítulo de destaque do romance Romance Um Sheikh no Brasil, Diana apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Sabe a sensação que temos quando estamos sonhando e de repente dá algum tipo de vertigem e parece que estamos caindo em um desfiladeiro sem fim? E o pesadelo parece não acabar nunca, numa tortura terrível? Pois era exatamente a sensação que eu tinha naquele momento. Caindo, morrendo. Eu estava morrendo!

— Ahhhhhhhhhhhhhh... Eu vou morrer!!!! — Gritei o que fez Seth começar a rir de mim. No entanto, para minha surpresa, eu parei de cair e comecei, na verdade, a plainar no ar.

— Pode tirar a venda, Amira. — E eu rapidamente o fiz ficando com os lábios entre abertos diante da imagem que se formava na minha mente.

Não havia nada sobre o que pensar enquanto eu olhava aquilo. Havia uma praia que se estendia mais a frente e muita natureza verde que olhávamos do alto. A sensação do vento a mexer com o meu cabelo era indescritível e não havia nada que eu conseguisse dizer de tão surpresa que eu estava.

Eu realmente confiava em Seth. Sabia que ele não me levaria para o desfiladeiro da morte, ainda que quase tenha desconfiado disso no último segundo, mas não conseguia imaginar que tudo o que ele tinha feito para comigo era uma tentativa de me fazer confiar mais nele, confiar mais no meu instinto e pensar menos, o que eu confesso que eu realmente vinha fazendo em grande quantidade. Para falar a verdade, ele tinha conseguido o que planejara. Eu não conseguia pensar nada ali do alto. Nenhum pensamento em mente, só a adrenalina a percorrer o meu corpo e a sensação de plainar naquela altura tão perto do mar, que parecia uma loucura que eu nunca imaginei que viria a experimentar na minha vida.

Sorri diante de tudo. Se era para aproveitar a vista maravilhosa, o passeio maravilhoso, eu faria. Ainda mais ao lado de Seth.

E foi o que eu fiz.

*

— Viu, não é tão difícil deixar de pensar, não é mesmo Amira? — Perguntou-me Seth e eu neguei com a cabeça enquanto dava um tapa no ombro de Seth.

— Nunca mais faça isso! — Disse exasperada pela loucura que ele tinha feito. Seth ri enquanto coça a lateral da cabeça.

— Consegui deixar você sem falar ao menos por alguns minutos, já é um avanço. — Diz Seth e eu reviro os olhos tentando não dar o braço a torcer.

— Isso não se faz! Eu não confio mais em você! Queria matar a sua noiva antes do casamento! — Seth riu.

— Ei! Você tentou fazer isso primeiro naquela xícara maluca! — Ri.

— Mas não te matei!

— Nem eu! — E eu neguei com a cabeça.

— Estou com taquicardia até agora, olhe. — E dito isso puxei a mão de Seth na direção do meu coração fazendo-o ouvir o meu coração que quase saia do peito de tão agitado. Seth, no entanto, puxa a mão dele rapidamente do meu coração e eu percebo que ele está corando diante da insinuação de que meus seios estavam ali muito pertos. Dei outro tapa em Seth por ele ter me feito pensar nisso o que até então eu não tinha pensado, corando junto dele.

— Vamos, pombinhos? — Pergunta Alfred e nós dois concordamos.

Acabo dormindo no ombro de Seth quase a viagem toda. Acordo somente quando perto de casa Seth me sacude com carinho dando-me um beijo na testa e insinuando que estamos chegando. Sinto meu coração se apertar na despedida de toda a noite que fazemos, mas sei também que o dia de irmos para Omã está chegando e isso me mantém na esperança de que tudo isso vai mudar.

*

Doutora Suzana é uma médica que demora muito para atender, mas a sua demora geralmente é compensada pela atenção que ela dá para os seus pacientes, principalmente com minha irmã que ela tem um amor e um carinho tão grande como se fosse sua própria filha.

— Bom dia Sophia! Bom dia Agnes! Como vamos aqui, hã? — Pergunta Dra. Suzana e nós duas sorrimos. Sophia, no entanto, conversa com a doutora.

— Eu vim com os exames ver se está tudo bem para eu viajar, doutora! Minha irmã só está esperando por mim para casar! Eu quero ser a daminha! O Seth me prometeu que eu vou ser a daminha! Deixa? — Pergunta Sophia e Doutora Suzana dá um singelo sorriso.

Fora isso, tudo está tão calmo por ali.

Não consigo deixar de pensar em como vou sentir falta de tudo isso. O ambiente arborizado, os prédios a sufocar gigantescos próximos do meu prédio, as pessoas falando a minha língua materna, minha família que se encontrará no Brasil. Não, minha mãe e minha irmã podem ficar comigo em Omã. Eu posso tentar convencê-las...

"Boa tarde Agnes. Só para te dizer que Matheus tem a última consulta que Você prometeu comparecer para hoje as 18h da noite. No mesmo lugar de sempre. Grata, Laura. "

Suspiro diante da mensagem que meu celular recebe. Ao menos vou resolver esse último impasse da minha vida, sem ficar com peso na consciência ou remorso por não ter ajudado Laura antes mesmo de viajar para Omã. Como as coisas vem dando certo. Estou indo para Omã em poucos dias e ainda tentei ajudar o surtado do Matheus. Vou resolver esse último impasse finalmente.

Com esse pensamento em mente me levanto do banco guardando o celular no bolso. Contudo, para minha surpresa, vejo Akin andando na minha direção, a testa franzida, o rosto suando e compenetrado enquanto ele olha em todas as direções. Ele está com a arma em riste e então eu lhe perguntei assustada:

— Aconteceu alguma coisa Akin? — Mas antes que Akin possa me responder meus olhos captam a imagem mais terrível que posso ver: Akin toca o pescoço que jorra sangue completamente confuso e volta seu olhar assustado para mim, contudo, nenhuma palavra sai de seus lábios, pois já de olhos abertos, espichando sangue para todos os lados, Akin cai no chão e eu só consigo arregalar os olhos sem acreditar no que meus olhos estão vendo.

— Seu imbecil! Nem para matar direito você sabe! — Ouço uma voz dizer, mas estou muito aturdida para saber quem está falando. Os olhos esbugalhados de Akin ainda me observam com tamanha atenção como se dissessem que aquele era o momento exato para que eu corresse. O pensamento ainda passa pela minha mente, já começo a impulsionar as minhas pernas para fazer o que a adrenalina me pede, contudo, antes que eu faça, a mesma voz continua:

— Fique parada, se não você também morre. — E eu enfim arregalo os olhos reconhecendo enfim o assassino que fala em inglês.

Que ironia do destino. Juntar as piores pessoas unidas num mesmo objetivo: Provavelmente me matar.

Desiree e Matheus. Preparados para a vingança que me juraram fazer.

Foi a última coisa que vi antes de receber uma porrada na cabeça e desmaiar.

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