— Mas que diabos! — Xingo. Essa deve ser já a trigésima vez que eu ligo para Agnes e sem sinal algum de ela atender. O telefone toca, toca, toca, mas sem ninguém a atender. — Onde diabos Agnes deve estar? — O medo começa a tomar conta de mim. A verdade é que eu sei que Agnes sempre se mete em encrencas e isso me aflige o coração, pois alguma coisa me diz que ela não está na melhor das situações.
— Akin também não atende. — Diz Alfred fazendo a minha ira não somente aumentar, mas quintuplicar! Grunho de raiva enquanto ralho:
— Mas que novidade, Al! Eu nunca poderia saber disso! Onde diabos a minha noiva foi parar? — E Al na sua maior calmaria começa a mexer no celular sem me responder. Eu sinto que posso explodir o celular dele a qualquer segundo, mas apenas tento contar até dez imaginando que Al deve ter uma solução.
— Akin tem um rastreamento por satélite fácil e já consegui achar sua localidade. Vamos. Agnes deve estar por lá também. Eu te disse para colocar o rastreamento no celular da Agnes! — E eu concordo enquanto sigo Al para o local que ele diz que devo seguir.
Não demora para que cheguemos numa praça perto da casa de Agnes. Já está escurecendo e não há ninguém pelas árvores opacas que escondem a pracinha. Eu e Al seguimos, Al com o celular na mão. Mas não é preciso celular para ver o que vejo logo a minha frente. Akin. Morto.
Não consigo deixar de rir achando graça que Akin esteja morto. A maneira mais rápida de raptá-la e nós nunca pensamos em algo tão idiota e perfeitamente plausível assim. O pior, que Akin se deixaria morrer de maneira tão idiota como essa. Suspirei. Não adiantava ficar ali. O desespero só me corroía. Agnes estava capturada com pessoas que eu sequer fazia ideia. Engoli em seco.
— Vou ligar para a polícia. Vamos até a casa de Agnes. — Disse Al e eu concordo enquanto nós dois seguimos em direção a casa dela.
Aparentemente, não somente eu não sabia do paradeiro de Agnes, como a mãe dela e Sophia também não sabiam. Contar para elas o que tinha acontecido só fez o desespero de todos aumentarem enquanto pensávamos em quem poderia ter feito isso.
— Arrrrgh! — Grito e não consigo segurar minha fúria socando a parede da sala de Agnes. As mulheres não esboçam nenhuma reação, mas eu só consigo sentir raiva, fúria e uma vontade muito grande de socar o rosto do idiota que pegou Agnes. Seja quem for, eu socaria a cara do idiota até ver seu rosto desfigurado ou quem sabe morto.
— Precisamos fazer os últimos passos de Agnes até aqui. — Diz Alfred e Sophia que está choramingando engole em seco enquanto concorda com a cabeça.
— Ela me deixou aqui em casa depois da consulta com a Dra. Suzana. Disse que ia respirar um pouco de ar puro na pracinha. Eu perguntei se ela não queria que eu fosse com ela, mas ela disse que não havia necessidade, afinal, Akin sempre estaria presente para cuidar dela, como Seth já tinha dito. Então eu vim fazer meu dever de casa enquanto ela continuava na pracinha. Eu achei que ela ainda estivesse lá, por isso a demora. Nunca pensei... Nunca... — E Sophia voltou a chorar enquanto Martha abraçava a filha, sendo forte e segurando o choro que transparecia em seus olhos marejados.
— Seu telefone, Seth. É o celular da Agnes. — Diz Alfred e meus olhos só conseguem se dirigir na direção da chamada de vídeo que pede para ser aceita.
Sophia pega a chamada e coloca num local que fica fácil para que todos nós possamos observar a imagem. Não preciso de uma imagem maior para observar o idiota que é responsável por toda a bosta que está acontecendo com Agnes e ver aquela face ridícula só me faz querer pular em direção ao celular e dizer umas poucas e boas para ver se o retardado aprende.
Infelizmente, sou segurado por Al, se não estaria destruindo o meu próprio celular. Grunho de raiva enquanto xingo o desgraçado:
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um Sheikh no Brasil
Maravilhoso, amei a história. Parabéns a autora, soube prender minha atenção com comedia, ação, drama e romance na medida certa....