Resumo do capítulo Capítulo 49 - Agnes de Um Sheikh no Brasil
Neste capítulo de destaque do romance Romance Um Sheikh no Brasil, Diana apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
Novamente luzes pareciam querer me cegar por inteiro. Seria o começo de outro pesadelo a me deixar sem ar novamente? Eu não sabia responder, mas realmente estava com medo de abrir meus olhos e encontrar outra cena nada satisfatória ou uma Desiree e Matheus a povoar meus pesadelos mais íntimos.
Mas nada acontecia e eu sabia que precisava ser corajosa e enfrentar os meus medos abrindo logo os olhos e enfrentando a realidade. Suspirei enquanto abria-os e encontrava, para meu alívio, um luz branca e um ambiente claro, limpo e branco que ao que tudo indicava era um hospital.
Havia um barulho estranho próximo de mim e algo que parecia uma agulha enfiada no meu braço. Não consegui parar de olhar para todo o ambiente enquanto tentava lembrar de como eu tinha parado ali e o que tinha acontecido. Aparentemente, minha mente tinha tido um apagão total, pois eu não conseguia lembrar do que tinha acontecido.
— Você está bem, minha filha? — Ouço minha mãe dizer enquanto abre a porta e vejo então minha irmã seguido de Seth adentrarem o meu quarto.
E então com uma surpresa instantânea a minha mente foi recuperando todas as lembranças, todas as cenas foram despertando uma a uma na minha mente e então ao voltar minha atenção para Seth percebo que temos sorte de estarmos vivos e isso parece ser um alívio para minha mente enquanto agradeço aos céus por estarmos todos bem.
— Sim, eu finalmente estou bem. — Digo aliviada. E com esse pensamento em mente dou um sorriso.
Seth vem ao meu encontro e instantaneamente eu me sento na cama para abraça-lo. Não sei o que seria de mim se ele não estivesse comigo, cuidando de mim e tomando cuidado para que nada aconteça. Seth me abraça e ficamos assim, alguns segundos sem nada dizer enquanto eu só consigo agradecer, pois se não fosse por ele, pela minha família, por todos que foram atrás de mim, certamente eu não teria saído dessa bem.
— Seth, eu tenho uma coisa para contar. Na verdade, para todos vocês. — Disse e todos então passam a me olhar curiosos esperando que eu fale logo o que tanto tenho para falar. Respiro fundo.
— Eu queria pedir perdão, pois não fui sincera com vocês como eu deveria ter sido. — Admiti e vejo Seth franzir o cenho sem compreender sobre o que exatamente estou falando.
— Eu não disse para Vocês que a mãe de Matheus, Laura, tinha me pedido ajuda com Matheus e mesmo com raiva dele, de tudo o que ele me fez passar, Laura sempre ajudou a minha família, mamãe sabe disso. Eu simplesmente não consegui dizer não. Era só ir com ela e esperar que Matheus se consultasse. Mas vejo que errei. Se Vocês soubessem disso, talvez fossem comigo, talvez soubessem mais rapidamente quem haveria de ter me capturado. O que quer que fosse. Eu errei. Eu deveria confiar mais em Vocês. Eu fiquei com medo de que vocês viessem a me proibir de fazer algo assim ou de ficarem chateados comigo. Mas eu sei que preciso ser uma pessoa mais corajosa e arcar com as consequências dos meus atos. Eu aprendi isso da pior maneira e prometo que não vou mais decepcionar Vocês nesse quesito. Se Vocês puderem me perdoar, eu prometo que não vou mais fazer isso. — E quando eu terminei de dizer isso passei a olhar os rostos dos presentes encontrando na minha mãe e em Sophia carinho e perdão, mas no rosto de Seth uma expressão fechada e pensativa.
— Você não pode deixar de falar essas coisas para mim, Agnes. Ainda mais em Omã. Você parece ser um alvo certeiro para problemas. E tenho certeza que vai continuar sendo mesmo que Você esteja em Omã. Assim sendo, se Você não passar a confiar em mim, como poderemos impedir que essas coisas te atinjam? — Pergunta Seth com a face séria.
— Eu sei. — Respondo e olho para a coberta que cobre metade do meu corpo. — Eu não farei mais isso. Sei que errei. — E de fato estou sendo sincera nas minhas palavras. Não quero mais cometer esses deslizes.
Para minha surpresa um pequeno sorriso se forma nos lábios de Seth e eu entendo isso como estou perdoada, embora eu não saiba ao certo.
— Agora descanse, minha filha. Você precisa dormir um pouco mais. — Disse mamãe com um sorriso gentil e sincero nos lábios e eu concordo meneando a cabeça.
— Até porque se Você permitir, amira, um bando de repórteres chatos estão implorando por uma coletiva de imprensa de nós dois de forma a comentar sobre o caso e sobre nossos planos para o futuro. — Diz Seth e isso só me faz arregalar os olhos sem acreditar no que ele fala. Não pode ser sério. Eu não sei falar em frente a câmeras, pessoas, gente a me julgar. Engulo em seco. Seth disse que eu tinha que me acostumar com isso. Novamente, Agnes, Você precisava lembrar. Você não está lidando com uma pessoa qualquer. Ele é famoso, ele tem dinheiro, ele é um Sheikh.
— Ok. Amanhã? — Pergunto tentando ganhar um tempo para pensar no que falar ou como agir. Seth concorda balançando a cabeça e eu dou um leve sorriso antes de me despedir da minha família, pois o horário de visitas tinha acabado.
Novamente sozinha no quarto, volto a olhar para as paredes brancas e calmas do quarto. Não consigo deixar de pensar no que Seth disse, que sou um alvo certo para problemas. Isso me incomoda um pouco. Não quero ser sempre um estorvo e uma pessoa que atrapalha sempre o Sheikh. Não vou deixar mais esse tipo de coisa acontecer. Vou contar para Seth quando algo de ruim estiver para acontecer. Pela confiança que precisamos depositar um no outro, por nosso amor. Por nós.
— Claro, Claro. Falem sobre Vocês. — Disse a mesma repórter interrompida de antes e eu sorri e decidi falar, pois Seth que costumava fazer suas confissões para mim, mas aquela era a minha vez de fazer.
— Seth está comigo apesar das nossas diferenças. Nunca achei que encontraria alguém para fazer parte da minha vida, da minha loucura. Ainda mais de outro país, outra cultura, outra religião. — Disse fazendo com que os repórteres rissem achando graça do meu desabafo. — O que quero dizer é que o amor pode surgir até mesmo em meio a diferenças. Não é nada disso que vai interromper um sentimento tão grande que tenho pelo Seth, o amor que sinto por ele. — E enquanto eu falava isso, sorri, pois estava realmente feliz em ter uma pessoa tão boa assim ao meu lado. — O que quero dizer, é que Seth conseguiu ocupar um lugar no meu coração ferido que outrora nunca quis que alguém ocupasse. E diante de todas as minhas loucuras, chatices e encrencas, ele sempre se mostrou paciente comigo. Mesmo eu não merecendo tudo isso. Eu posso não conseguir dizer tudo o que eu sinto por Seth, ou pelo menos tudo o que se passa em meu coração, mas eu só gostaria de aproveitar o momento para dizer, Seth... — E quando eu falei o nome de Seth, seu olhar que parecia sorrir para algum ponto distante enquanto me olhava voltou-se aos meus olhos e sorriu enquanto parecia aguardar o que eu tinha para dizer. Meus olhos ao encontro dos seus, consegui me concentrar no que era importante, a sua presença ali e não dos repórteres e aproveitei para dizê-lo:
— Seth, enquanto Alá permitir, quero ser a esposa que procuras. E se Você me aceitar ao seu lado, quero mostra-lo que toda paciência que Você teve comigo, teve lá sua sorte, no fim das contas.
— Não tenho dúvidas. — Interrompeu-me Seth e os repórteres continuaram então com as perguntas enquanto o meu coração parecia sorrir extremamente feliz ao ter conseguido exprimir, ainda que pouco, o sentimento incalculável que cabia dentro de mim e que era direcionado ao meu amado.
— Depois desse incidente aqui no Brasil, os senhores não tem medo de que algo pior aconteça em Omã? Afinal, sempre há grupos radicais espalhados pelo globo que não aceitam a união de pessoas de nacionalidades diferentes. — Eu imagino que a repórter também queria dizer religiões diferentes, mas eu não me ative a esse ponto. Na verdade, a pergunta dela tinha me feito refletir sobre um ponto que até então eu não tinha colocado toda minha atenção. A possibilidade de que algo pudesse me acontecer e acontecer com Seth enquanto estivéssemos em Omã. Realmente, sempre havia pessoas que não estavam nem aí para o sentimento entre dois amantes, apenas se preocupavam com suas próprias opiniões.
— Não, eu não tenho medo. — Disse Seth me fazendo parar de refletir enquanto ouvia o que ele tinha a dizer. — Não tenho medo, pois lutarei pelo sentimento que tenho por Agnes independente do país onde eu esteja. O que quero dizer é que onde existe amor, ele sobrevive às piores guerras. E certamente o amor mesmo em meio a diferenças será um estandarte de paz que eu e Agnes traremos. Pois o respeito ao amor entre duas pessoas independente de sua religião, nacionalidade, etnia, riqueza, qualquer que seja o empecilho, deve ser sempre respeitado e, mais do que isso, prova viva de que o amor pode existir não somente em meio a diferenças, mas também em meio ao respeito, que deve ser o alvo número um que uma sociedade deve sempre querer almejar. E assim, espero que mais do que tolerância, eu e Agnes possamos trazer a esperança de que em meio as densas névoas escuras do anoitecer, há sempre os raios de sol ao horizonte a iluminar a paz de um novo dia e o alvorecer de um novo século marcado de amor, tolerância e respeito. Espero ser essa a nossa contribuição para a sociedade. — E junto dos repórteres que encontravam-se entretidos ouvindo eu e Seth naquela minientrevista, não consegui deixar de bater palmas e sorrir, porque se era necessário que algo fosse dito, Seth já tinha sido mais do que capaz de dizer todas as palavras que poderiam sair dos meus lábios.
A mim só cabia sorrir e bater palmas. Por que Seth estava certo. Era o que eu buscaria fazer do nosso futuro. Era o que eu tentaria dali para frente. E, se Seth permitisse, tentaria acima de tudo isso demonstrar o meu amor por ele. O amor desmedido que eu sentia por Seth.
Esperava ter uma eternidade da vida para demonstrar todo dia um pouco disso. Pois ali encontrava-se a minha esperança de amor. O meu anjo. O meu protetor. Seth.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um Sheikh no Brasil
Maravilhoso, amei a história. Parabéns a autora, soube prender minha atenção com comedia, ação, drama e romance na medida certa....