Jack
Como eu pude me deixar levar desse jeito? Eu nunca tinha agido de forma tão leviana. Será que estou possuída?
— Só você mesmo, Jack, para ficar pensando besteira — resmungo sozinha.
Eu tenho que agradecer aquela vaca por ter me feito o favor de interromper. O que estávamos fazendo não é o certo. Ou é? Uma coisa que falei para Alex é verdade, tínhamos acabado de nos conhecer e meu corpo entrava em combustão toda vez que ele me olhava. Que tesão eu sinto por esse homem, meu Deus! Quando cheguei aqui no apartamento e o vi ali na porta, pensei... Misericórdia, esse homem deveria ser trancafiado de tão gostoso.
O que me incomodava era Renata, que pensa que me engana com aquela carinha de santa. Depois de alguns acontecimentos nessa noite, tenho certeza de que ela quer dormir com o Alex. Que puta... mas também quem não quer? Até eu, que acabei de conhecê-lo, estou aqui molhada, só de pensar nele. Esse homem deveria ser punido por nascer assim tão lindo e também tão babaca. Como eu queria estar na cama dele essa noite...
— Jack... — Valentina me chama e sou acordada dos meus pensamentos pecaminosos.
— O que foi, anjo? — pergunto.
— Você está namorando o papai? — ela solta a bomba, deixando-me em uma saia justa.
— Então, meu anjo, eu e o seu papai não estamos namorando. Somos só amigos — digo sem graça.
— Hum... — ela só fala isso e fica em silêncio. Devo me preocupar?
— Valentina, anjo, algum problema? — questiono ao ver que ela ainda permanece em silêncio.
— E por que você não namora o papai? — indaga curiosa, deixando-me espantada.
— Então... — gaguejo sem graça, não sabia o que dizer sem magoá-los.
Caio, que também estava sentando na cama, diz.
— Jack, você não quer ser a nossa mamãe? — ele pergunta triste.
Caramba, eles me deixaram em saia justa mesmo. Eu amei conhecê-los e me sentia em casa. Senti-me tão em paz e feliz ali com eles que, por alguns momentos, até imaginei que aquela era minha casa e eles eram a minha família...
— Jack! — os gêmeos gritam, tomo um susto, olho para eles e devolvem o olhar esperando a minha resposta.
— Eu adoraria ser a mãe de vocês! — confesso e vejo os olhos deles brilharem. — Só que não dá. Sei que vocês querem muito isso, mas não é possível. Que tal sermos melhores amigos?
— Tudo bem! — respondem juntos e dou graça a Deus.
— Agora vamos assistir um desenho? O que acham? — mudo de assunto.
Os gêmeos se aconchegam na minha cama, cada um fica de um lado e eu no meio. Escolhem “O poderoso chefinho” para assistirmos na Netflix. Valentina fica mais próxima de mim e começo a fazer carinho em sua cabeça, ao perceber, Caio faz o mesmo, e faço cafuné nos dois que adormecem em seguida. Olho para a porta do quarto, que está entreaberta e vejo Renata me olhar com ódio, entrando no quarto como se fosse a dona da casa, e acordando as crianças.
— Caio... Valentina... Acordem... vamos para o quarto de vocês... — ela os chama.
— Eu quero ficar com que a Jack. —Valentina exclama fazendo birra e dava pra notar que Renata não gostou nada
—Vem que te levo, meu amor! — ela diz em tom doce, praticamente pegando a menina no colo. A Valentina começa a espernear e eu me levanto da cama pra tirar a menina dos braços da Renata.
Caio desperta e diz:
— Deixe a minha irmã, ela quer ficar com a Jack, não com você. E eu também! — mesmo sonolento, ele me pareceu um tanto agressivo com Renata.
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