Jack
Eu não consegui dormir. Tudo porque o babaca mais gostoso estava no quarto ao lado. E toda vez que eu começava a cochilar, tinha pensamentos impuros com o Sr. Gelo! Decido conversar com Deus, para ter uma luz:
— Senhor, afasta de mim essa tentação, te peço... Eu preciso ir embora daqui. Nós dois no mesmo ambiente, não vai dar certo...
Dou um pulo da cama, visto-me, vou até o banheiro, escovo os dentes, jogo uma água no rosto, pego minha bolsa, verifico se tudo está lá... “PUTZ”... a minha arma...
Esqueci totalmente que deixei a arma na gaveta, do escritório do Alex. Vou me esgueirando pela casa, passo pelo quarto dele, chamo Estrelinha, que estava muito à vontade na cama do gostosão, a pego, desço as escadas com o maior cuidado para não acordar ninguém. Deixo Estrelinha no chão da sala e vou até o escritório.
Tudo estava escuro e o apartamento silencioso. Detesto a escuridão, ter que entrar em lugares sem iluminação me incomoda muito, mas se eu queria ir para casa, dormir o sono dos justos, aquilo era necessário. Entro no escritório, acendo as luzes, abro a gaveta, pego a minha arma, coloco no meu coldre e vou saindo toda feliz. Quando volto para sala para pegar Estrelinha, tomo um susto... Alex está sentado no sofá naquele breu.
— Onde você pensa que vai? — ele diz com aquela voz rouca.
Droga. Ele tinha que estar acordado? E precisava me assustar?
— Bom, vou embora...— respondo, olhando sem olhar para ele, que estava só com a calça do pijama. Que espetáculo esse peitoral... estava um espetáculo. Jesus Amado, esse homem é puro pecado! Eu estava ali, viajando em meus pensamentos
— Isso, percebi.— Sorri e a única coisa que me passa pela cabeça antes de responder é puta merda não sorri assim não, homem que me apaixono. Oh droga de onde saiu isso? Penso me assustando com o rumo dos pensamentos que estavam vindo.
— Então por que pergunta? —indago sem deixar transparecer a confusão que estava ali se formando dentro de mim.
— Porque não entendo sua pressa. Espere até amanhecer — ele diz com aquela voz rouca e ,Deus, esse homem não é de verdade, só pode!
— Por... Que... — gaguejo, tentando inventar alguma desculpa.
— Nem justificativa para ir embora como uma fugitiva você tem — ele diz sorrindo ainda pra mim.
Na hora, a única desculpa que conseguir foi:
— Eu preciso ir treinar, no clube! — minto e ele sabe disso.
— Sério? Treino nesse horário? Isso não pode esperar até amanhã? — ele me questiona com deboche. E minha vontade e de atacar aquele homem.
— Você está fazendo perguntas demais, não acha? — ironizo.
— Na verdade, não. Eu só quero saber o porquê dessa vontade louca de ir embora. — ele diz dando os ombros.
— Eu já te respondi. — digo nervosa, vendo-o vir em minha direção como um felino pegando a sua presa.
— Marrentinha... — ele solta e olho surpresa ao ouvir isso de sua boca.
— Marretinha? — pergunto incrédula.
— Sim, a minha marretinha.— ele diz simplesmente.
— Sua? Eu não sou sua marretinha.— respondo contrariada. Quem ele achava que era pra achar que eu era a sua marrentinha?
— Ah, você é sim, só Minha e de mais ninguém! — confirma.
— Realmente, você não tem semancol. — comento querendo bater nele.
— Só estou dizendo a verdade! — ele diz dando ombros.
— Não começa a falar besteira — peço, não querendo ouvir nada.
— Ah, vamos, minha marretinha. Você sabe muito bem que fomos feitos um para o outro — Alex diz com tanta convicção que eu quase acredito.
— Vamos com calma aí, amigo. Nós dois mal nos conhecemos e você já está me chamando de marretinha? — desconverso.
— Jackeline, já passamos disso ontem a noite, não? — Lembro-a e observo que ela fica corada.
— Alex, é melhor você voltar a dormir — desconverso, rápido.
— Qual é o seu medo? — ele me pergunta chegando perto de mim.
— Eu? Não tenho medo de nada! — desconverso e dou um passo pra trás.
— Você tem medo de se apaixonar por mim? — ele me pergunta.
— Acho que você bateu a cabeça. — comento querendo desconversar, pois não queria falar sobre meus sentimentos.
— Nós dois sabemos que você está mentindo, minha marrentinha.
— Não estou — digo batendo o pé. — Para de me chamar de marretinha! – Olho torto para ele.
— Ainda não entendeu? Você é a minha marrentinha — ele diz todo seguro de si. — Por mais que você negue, uma hora você vai saber que estou certo.
— Não, você está errado! — declaro negando, o quanto ele estava certo e isso assustava a merda que habitava em mim.— Agora chega blá blá blá, porque vou de falarmos sobre isso e está na hora de eu ir embora.— digo me afastando dele.
— Fica mais um pouco — ele me pede chegando perto de mim e eu me afasto. A tentação é demais.
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