Vingança Após o Divorcio romance Capítulo 159

159 /423

OLIVIA

Quando aterrissamos em Londres e deixamos a aeronave, meu coração quase falhou ao me deparar com uma fileira de homens vestindo preto dos pés à cabeça. Marcus e eu trocamos um olhar carregado de perplexidade. Por um instante, pensei que fossem agentes de alguma repartição governamental. Descemos a escada móvel e, então, aquele que parecia liderar o grupo aproximou-se, cumprimentou-me com formalidade e anunciou que meu pai, o chefão, ordenara que me escoltassem.

Ele sequer direcionou um olhar a Marcus ao pronunciar essas palavras. Fiquei atônita, primeiro porque eu desconhecia a existência de tal chefão e, depois, porque temi que a máfia houvesse regressado a Refúgio de Verão. Era inconcebível que Luke tivesse conduzido todos aqueles homens até ali. Ainda assim, Marcus e eu seguimos o comboio em nosso carro.

O motorista dele já posicionara o veículo junto à pista. Durante o trajeto até a cidade, o homem relatou a Marcus a extensão dos danos causados por Nick e Luke.

— Não se preocupe com isso, Larry. Agora estou aqui e vou resolver tudo. — Declarou Marcus com voz firme.

Eu custava a crer que houvessem incendiado tantas mansões. Por quanto tempo, afinal, permaneciam em Londres para perpetrar tamanho estrago?

Que tolice a minha. Bastou-me avaliar o número de subordinados de Luke para perceber que apoderar-se de propriedades jamais representara obstáculo. Mesmo que Marcus me apresentasse a fatura, eu faliria de imediato. Não havia a menor chance de aqueles prejuízos somarem menos de um ou dois milhões.

— Onde eles estão agora? — Marcus perguntou a Larry.

— Não sei, senhor, mas suponho que tenham seguido para onde está a família. Caso ainda não tenham chegado, devem estar a caminho do retorno. Os empregados ficaram traumatizados, senhor. Nunca viveram algo semelhante.

Marcus soltou um suspiro fatigado.

— Eles chegaram a ir à minha casa?

Larry negou com a cabeça.

— Então leve-nos até lá, depois falaremos com eles para descobrir em que ponto se encontram.

Ele concordou. Permaneci calada, incapaz de articular palavra. O estrago se consumara, e minha mente girava em torno de meu filho e de como ele estaria. Senti a mão de Marcus tocar a minha num leve aperto. Voltei-me para o encarar.

— Ele vai ficar bem. Luke não é um monstro. Na verdade, gosta de crianças, e elas gostam dele.

Ergui uma sobrancelha. Se não fosse um monstro, por qual razão levara meu filho? Pessoas em sã consciência não sequestram crianças para alcançar seus objetivos. Marcus percebeu minha expressão, passou a mão pelos cabelos e tornou a falar.

— Reconheço que as atitudes dele não confirmam o que estou dizendo. E não pretendo defendê-lo.

Ótimo. Eu dispensava qualquer defesa. Ele me ameaçara e levara meu filho. Jamais seria uma boa pessoa, por mais que Marcus insistisse.

Quando chegamos à casa de Marcus, diversos carros ocupavam até mesmo a rua. Marcus estalou a língua.

— Esses idiotas estão aqui agora, não é?

Larry pareceu apavorado.