LUKE
— O que diabos vocês estavam fazendo para não perceberem que invadiram nosso território? E ainda têm a ousadia de vir aqui me contar essa merda. Eu não quero ouvir desculpas. Eu quero soluções. Vocês deviam chegar e dizer: chefe, tivemos esse problema e resolvemos assim. — Meu celular tocou e eu o tirei do bolso, pronto para descarregar em quem estivesse ligando.
Eu estava furioso com aqueles idiotas. Só porque eu não estava sendo tão impiedoso quanto antes, acharam que podiam fazer o que quisessem? De jeito nenhum. Eu ainda era o chefão, o homem que eles mais temiam. Se fosse preciso que eu instilasse o medo do diabo neles para que fizessem o trabalho bem, então eu faria isso com prazer. Droga! O que eles pensavam que eu era?
Mas quando olhei para o celular e vi o nome da minha filha, toda a raiva sumiu. Me senti mais leve. — Meu amor. — Atendi e os idiotas na sala de reuniões saíram um por um. Eu esperava que eles fossem fazer o que deviam, e não voltassem com mais besteiras.
— Alô, pai. — Meu coração quase parou e meu peito se encheu de calor. Eu não sabia que ser chamado de pai podia ser tão bom. Se soubesse, mataria o chefão anos atrás e voltaria para minha filha. — Você parece triste. O que houve? — Ela suspirou e eu me endireitei na cadeira, preocupado. Estaria doente?
Pensando bem, ela me chamou de pai e ela nunca fazia isso sem razão, a menos que eu fizesse algo para merecer. Não nos conhecemos há tanto tempo, e eu fiz tudo para conquistar sua confiança e compensar os anos perdidos. Mas hoje, ela me chamou de pai sem que eu fizesse nada para merecer isso.
— Olivia, o que foi, meu amor? Fale comigo. — Eu estava ficando ansioso. Não queria que nada acontecesse com ela. Queria que ela estivesse feliz, aproveitasse a vida. Minha filha já sofreu demais. Ela não precisava de mais dores. Talvez aquele idiota, Nick fizesse algo com ela. Eu jurava por tudo o que era sagrado, se ele fizesse, eu mataria ele.
— Estou bem, pai, mas preciso da sua ajuda. — Soltei um suspiro que nem percebi que segurava, esperando. — Você precisa da minha ajuda? Diga o que é, qualquer coisa, eu resolvo. — Não sabia por quê, mas me senti como uma criança no Natal. Ser pai e ser necessário para eles eram assim mesmo?
Estava empolgado. Não podia negar. — A mulher que está esperando meu bebê...
— O que houve? Tá tudo bem? Estou indo agora. — Interrompi antes que terminasse e já estava de pé, quando ouvi que ela riu do outro lado. — Pai, se acalme. — Suspirei e me sentei. — Fale logo o que tá acontecendo. Essa espera tá me deixando maluco!
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