NICK
Eu me sentei naquele jato com a imagem do rosto abatido de Olivia gravada na minha mente. Queria falar com ela, sabendo se ela estava bem, mas assim que a apresentação terminou, ela desapareceu. Pensei em ir até à casa dela para descobrir o que estava acontecendo, usando a desculpa de que ela me convidou há pouco tempo.
Mas me contive. Se ela ainda quisesse falar comigo, teria feito isso no hotel após a apresentação. Mas ela foi embora. Isso significava que ela ainda não estava pronta para conversar. Mas a imagem dela andando por aí parecendo um cadáver me machucou. O que poderia acontecer com ela? Só se passaram dois meses desde a última vez em que a vi e ela estava feliz.
— Senhor, chegamos. — Olhei para fora e vi que estávamos do lado de fora do escritório de Luke. Ele sabia o que estava acontecendo com sua filha? Eu duvidava que ele teria estado ao lado dela se soubesse. Soltei um suspiro. Owen abriu a porta para mim e eu desci.
Quando cheguei ao escritório dele, bati uma vez e entrei. — Sabia que só podia ser você para ter coragem de entrar assim no meu escritório. — Ele disse assinando alguns documentos. Depois fechou o arquivo e colocou a caneta por cima. Observou enquanto eu me servia de uma bebida. Seus olhos se estreitaram ao me encarar.
— O que está acontecendo? — Bem, podia dizer com segurança que meu tio estava começando a me conhecer bem. — Olivia. — Isso foi tudo o que precisei dizer para o fazer se levantar e ficar na minha frente em segundos. — O que diabos aconteceu? — Dei a volta por ele e me sentei. — Vamos, diga logo, o que aconteceu com Olivia? — Dei um gole na bebida e coloquei o copo na mesa à minha frente. — Luke, Olivia está doente? — Ele franziu a testa. — Pelo que eu sei, não. — Assenti com a cabeça.
— Bem, eu a vi. A empresa dela era uma das que estavam apresentando propostas para o novo shopping que queremos construir na Vila Nova. Não consigo tirar a imagem dela da cabeça. Ela perdeu tanto peso que as roupas estavam folgadas. Olhos fundos, andava como se carregasse o peso do mundo nas costas.
Luke se sentou ao meu lado com a mesma expressão preocupada que eu tinha. — Falamos por telefone, mas não passava de um minuto e ela logo inventava uma desculpa e desligava. Achei que estivesse ocupada. Nunca me ocorreu que pudesse estar doente. Vou ligar para Marcus. — Ele pegou o celular e ligou para Marcus. — Ponha no viva-voz. — O telefone tocou algumas vezes antes da voz de Marcus surgir.


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