Resumo de Capítulo 21 – Volkon (Guerreiros Starianos Vol. 1) por Dalla Mendes
Em Capítulo 21, um capítulo marcante do aclamado romance de Erótico Volkon (Guerreiros Starianos Vol. 1), escrito por Dalla Mendes, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Volkon (Guerreiros Starianos Vol. 1).
Elaine mal conseguiu pregar os olhos, não conseguia tirar as palavras de ódio de sua cabeça e nunca se quer ponderou aquela situação. Viver entre os humanos excluída por não se caber em padrões lhe afetava, mas de um modo que sempre conseguia superar e viver, mas quando estudou a hipótese de viver na causa Alien, cientificamente falando não ponderou o peso sentimental dos Starianos. Os humanos podiam ser voluntários na causa, Starianos não.
O que ia fazer agora? Não conseguia mais olhar e nem pensar no gigante azul sem que pudesse colocar uma boa dose de sentimentos no que passou. Simplesmente não conseguia. Havia muitas coisas diferentes em Starian, mas nem tudo era tão diferente da vida humana. No fim, eles também magoam com palavras duras.
Elaine estava ao beiral da janela gigantesca, sentada nos apoios laterais olhando o vidro de proteção. A estrela solar que iluminava aquele lado de Starian se misturava nos esfumaçados das nuvens, pintava o céu em tons laranjas e buscava a visão em manchas rosadas. Era lindo. O baixo do horizonte fazia picos, mostrava os arranha céus distantes e a população estava à todo vapor, em um limite ainda não autorizado pelos humanos. Limite este que ela achava que cruzaria com Volkon, mas agora não tinha certeza.
— Nem mesmo notou minha entrada, de tão absorta em sua tristeza. — Elaine olhou para a entrada na porta do aposento que Galak havia separado para o seu descanso, no qual foi muito gentil e se sentiu sem graça por não ter visto a entrada do Stariano. — Seria inconveniente se conversarmos por agora?
Elaine sabia que Galak tinha sido de uma incrível paciência e resolveu que não poderia morrer trancafiada em um quarto. Assim sendo, ela lhe deu um leve aceno de cabeça, colocou os pés no chão e tentou respirar fundo, diante sua nova realidade.
— General Galak eu… — ela não conseguiu concluir o pensamento, pois o Stariano abriu-lhe o sorriso e deixou o som de um baixo riso escapar, enquanto a sua porta se colocava o gêmeo da criatura à sua frente.
Na porta surgiu um gigante de vestes negras, cabelos escuros, capa vermelha e um olhar sério, mas quem estava em seu quarto era o Lorde. Elaine não tinha muita convivência com os dois, por isso a falha. Exceto pelas roupas negras de detalhes empalhados em dourado, diria que Gael é Galak. Eram semelhantes demais, apesar de acabar de notar que Galak tinha uma cicatriz no rosto e… feições mais duras.
— Me desculpe. — falou de repente, olhando para Galak como se confundir ele com seu irmão fosse mais ofensivo ao general do que ao Lorde. — Eu sinto muito. — Ela tentou se abaixar em uma curva um pouco insegura, mas a mão do Stariano real foi de encontro ao seu ombro e a impediu de fazer.
— Não há o que se desculpar. — sorriu o Gael e olhou para trás — É comum que me confunda com meu irmão, já que seu primeiro rosto familiar é ele. E tenho que admitir, é um espelho quase perfeito. — ele fez uma pausa , olhou Galak e depois para ela. Era óbvio que já haviam tomado uma decisão, mas Elaine se viu paciente. O Lorde elevou as mãos, ofertou a palma para Elaine e ela colocou a ponta de seus dedos contra a pele quase acinzentada. Grossa e grande, seus dedos se perdiam e gentilmente o Stariano a fez se sentar à beira da cama alta, enquanto ele se sentava ao seu lado. — Preciso que me ouça com atenção.
Ao olhar fixamente nos olhos de Gael Elaine engoliu em seco, ele tinha o mesmo tom dourado que Galak nas íris, mas ela conseguia discernir os traços menos rude do rosto. E tinha o cabelo, Galak não se importava em deixar os fios negros e cumpridos andar de forma livre, já Gael matinha os fios firmes para trás, matendo o rosto livre.
— Vão me descartar? — peguntou Elaine, com certo receio de ouvir a resposta. Ela se via útil ainda, não deseja ser um descarte agora que tinha pedido outra evasão no experimento.
— Descartar? — Gael pareceu um pouco ofendido, mas entendia o pensamento da humana. — Porque eu descartaria o primeiro olhar que se compadeceu com nossa causa? É mais importante para nós, do que pensa.
— Mas é que eu pedi evasão e… Volkon ele…
— O sentimento lhe dói? — A terráquea se atentou na pergunta, olhou a mão sobre a dele e viu os dedos fazendo carinho nas costas da formação óssea. E ela confirmou, como se precisasse colocar aquilo para fora, se vendo vitoriosa por não chorar. — Eu sinto muito por feri-la dessa forma.
— Está tudo bem. — ela tentou — Bom, não está exatamente bem. Mas, os humanos quebram vínculos e se reconstroem o tempo todo, o tempo se torna amigo e nós tendemos a entender que as coisas passam. Não é exatamente como me sinto agora, mas eu sei que vai passar.
— Sim, temos alguns escritos sobre isso. No entanto eu também sei que entregou ao capitão o sentimento superior dos humanos, certo? — Ela engoliu devagar, tentou desviar os olhos e não conseguiu responder. — Elaine, não funciona da mesma forma conosco. Há uma parte sua dentro do capitão, cientificamente falando, é para sempre.
— Eu não sei se daria certo de novo e…
— Estamos falando de algo mais complicado. — Galak interrompeu a conversa e recebeu um olhar enfurecido do irmão, enquanto ele se mantinha na porta e, curiosa, Elaine levantou as pálpebras, de um jeito preocupado. — Não a trate como se fosse uma leiga, irmão. — Galak continuou — Ninguém melhor do que a humana estudou e estuda nossos vínculos. Não se esqueça que o executor de suas ordens, sou eu. E Volkon é meu amigo.
— Vão matar ele? — ela perguntou, sem quase conseguir pensar.
— Não — respondeu Gael, ainda segurando sua mão. —, mas também não posso simplesmente isentar a vida de um capitão atrás das grades, mesmo que eu tenha a vontade de o condenar a um castigo eterno. E mesmo que meu irmão ache que precise de tempo, eu tenho uma propostas. — Elaine ouvia Gael, mas também ouviu um murmúrio de Galak,e desviou os olhos para o general, até voltar a prestar atenção em Gael novamente. — Temos uma opção.
— Isso não devia ser ofertado assim, nem mesmo devia ser uma escolha. — reclamou Galak e Elaine teve a leve impressão de que ele era contra ao que lhe seria dito.
— É a humana mais inteligente que conheço. — quem respondeu foi Galak — Ainda assim acho que isto deveria ser decidido com um pouco mais de tempo. Está machucada e seus sentimentos podem…
— Eu aceito.
Elaine calou qualquer situação e teve uma atenção significativa no olhar de Galak. Cientificamente e sentimentalmente falando, tinha um apreço forte com o Paladimus e gostava dele o suficiente para não se fazer empecilho na vida de ninguém. Ela conseguia amar e se amar também. Seria doloroso, mas tentaria. Afinal, ele estaria conseguindo o que mais quer, se livrar dela.
Fora para Starian com um único objetivo, se reproduzir. Se negar a fazer era o mesmo que pedir o retorno para terra e ela criou afeições ali, muito mais que em sua antiga vida. E havia um Stariano diante seus olhos disposto, muito mais do que o Paladimus azul. Ela não tinha com Galak o mesmo que se referia a Volkon, mas como dito, o tempo cura, já que ele curou nela muitas feridas. Não era a primeira vez que ela se apaixonava e chorava depois, mas era a primeira vez que estava com o sentimento intenso demais. E daria um jeito, como sempre deu.
— Eu só preciso de tempo. — concluiu.
(...)
Elaine realmente acreditava que o tempo iria curar suas feridas, já Volkon achava que o tempo iria matá-lo. Era um Stariano primitivo demais e estava caído no centro da cela de contenção, sangrando no chão, rugindo como um animal. Darius estava do outro lado vigiando o campo de força, vendo o capitão combatente buscar a morte a cada vez que tomava os choques do campo que o impedia de sair.
— Eu preciso vê-la! — murmurou caído, sangrando e abatido.
Dariu apenas observou, olhou para a porta onde Áries espiava o retângulo de vigia e fazia uma negativa. Tomou o lugar de Áries na vigia porque o colega de trabalho não estava aguentando vê-lo assim, fora o fato de quanto àries gritou com o azulado por ele agir como um idiota em tudo, como um parceiro e como um combatente em ação.
Ele era o próximo no experimento e lá no fundo só desejou não acabar como Volkon. Ele não contaria a ninguém, mas estava com medo.
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