Volkon (Guerreiros Starianos Vol. 1) romance Capítulo 24

Resumo de Capítulo 24: Volkon (Guerreiros Starianos Vol. 1)

Resumo de Capítulo 24 – Uma virada em Volkon (Guerreiros Starianos Vol. 1) de Dalla Mendes

Capítulo 24 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Volkon (Guerreiros Starianos Vol. 1), escrito por Dalla Mendes. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

— Você não se importa… Nunca sequer ouviu uma palavra de tudo o que te falei até aqui. Ao contrário, você odeia meus barulhos. — a verdadeira realidade, lhe doía.

Um barulho muito semelhante às vibrações digitais foi acionado, ela viu a nanotecnologia se mover na parede e percebeu que o cômodo era uma contenção sonora, que funcionava à base de ruídos e sons. Iam atacar Volkon, se precisassem, apenas com o barulho contido no ar. Isso a fez perceber o quanto ela estava torturando ele, apenas porque não fez o essencial; conversar. Elaine virou para trás, olhou as algema apertando o pulso no azulado, o braço enfaixado e subiu as lupas grandes dos óculos garrafais para mirar o rosto do gigante azul.

Volkon tinha os fios do cabelo soltos passando pela beirada de seus olhos e contornando as feições duras do rosto. O olho era escuro, castanho, e o olhar de um espécime sério. Havia semelhanças humanas, mas os humanos que conheceu estavam longe de ter a selvageria bonita que ele tinha. Eram traços diferentes, mas que a deixava apaixonada. Naquele momento ela ousou até mesmo pensar em Galak. Ele é um espécime bonito e com uma beleza peculiar, até mais bonito que Volkon, mas não tinha certeza se iria conseguir se entregar para o Stariano como fez com o Paladimus.

— Odiar seus barulhos, não significa que não a ouço. Há uma diferença entre ter gostos diferentes e ser um imbecil. — ditou, sério e a olhando enquanto ela piscava e pensava a respeito.

— Te falei tantas coisas…

— Arrisque. — ordenou, desafiando-a.

— Não estudou sobre os humanos, o que eu te falei a respeito disso? — ela cruzou os braços e o olhou desafiadora.

— Que seria o meu exemplo. — respondeu, ainda sem mover suas feições ou demonstrar gostar do jogo proposto. Um teste para sua pessoa.

— Hum… — Ela arqueou uma sobrancelha e continuou. — Quantos irmãos eu tenho?

— Nenhum. A humana é cria única.

— Qual o nome da minha ex melhor amiga.

— Kelly.

— Minha comida preferida?

— Frango. E é por isso que você come moluscos verdes que nem uma praga sem fim, porque tem gosto de frango da Terra.

Elaine olhou em seus olhos, notou as mesmas feições endurecidas e sem emoção e se sentiu, de certa forma, um tanto boba. Ela se lembra de ter dito a Volkon sobre Kelly, num momento aleatório enquanto ela trabalhava no laboratório e ele vigiava os acessos. Naquele dia não fizeram sexo no trabalho, ele apenas rosnava para ela e ela tagarelava o dia todo, fingindo que era escutada. No fim, ela era realmente escutada.

— E minha cor preferida? — ela afinou os olhos, achando que ainda ia pegar ele em algum deslize.

— Azul. — respondeu, movendo suas íris para mirar suas lentes grandes, mostrando uma boa dose de orgulho na resposta, fazendo Elaine engolir em seco e corar.

— Você só respondeu perguntas fáceis! — ela fez um beicinho e ele continuou sem demonstrar reações. — Tá, qual minha posição preferida?

— Qualquer uma que te permita olhar pra mim. — ele a mirou, deixou a sombra de um sorriso ladino apontar na beirada do rosto e fez Elaine engolir em seco.

Ela mordeu os lábios por dentro, moveu o pé e juntou as mãos, num modo demonstrando estar com vergonha e sem graça. No entanto, havia muitos pontos para colocar no lugar.

— Essa deve ser a maior conversa que já tivemos… — concluiu pensativa — É que na maioria das vezes terminamos transando, não é?. — Ela sorriu, olhou para ele e o viu mover o maxilar, baixando o braço e deixando os pulsos presos na frente das calças. Ele estava duro. — “Ain” querido, alguém pode ver a gente… — ela se moveu, esticou as mãos para tocar no abdômen de gomos grandes e recolheu a mão no mesmo instante, antes mesmo de chegar a tocá-lo. — Você está agindo assim só por causa do seu instinto? Nesse caso, se tentarmos alguma coisa, ainda vai estar me odiando.

Volkon abriu a boca, disposto a repetir seu pedido de perdão. Ele os citou, mas ela não lhe ouviu durante o episódio na cela. Como sempre, a atenção de Elaine voa para vários lados, menos para o óbvio. Mas, antes que pudesse soltar uma palavra sequer, ele levantou os olhos, viu as vibrações da parede ondular e sentiu seus instintos acionar um alerta. Elaine olhou ao redor, deu um passo para trás e, por proteção, Volkon levantou os braços, passou-os por cima dos ombros da humana pequena e a puxou para si a fazendo olhar para cima.

— O que está fazendo? — perguntou com cuidado, sem repelir o toque do azulado.

Antes mesmo que alguém pudesse sugerir ou pensar em algo, Volkon virou-se, deu as costas ao lado oposto da parede e guardou Elaine com seu corpo, enquanto a tecnologia se transformava em estilhaços ao seu redor e a parede do lado oposto foi quebrada de forma grotesca. Os estilhaços da explosão cortou o ar, fez Elaine se assustar, colocar a mão nos ouvidos e sentiu que Volkon recebeu a pancada em suas costas quando estes foram tacados contra a outra parede, sentindo o calor da explosão os alcançar. Como uma medida protetiva, o azulado fechou o corpo envolta da humana pequena e enquanto eles eram arremessados para fora da sala de comunicação, Elaine sentia o baque contra os músculos rígidos, enquanto Volkon gemia com a pressão do corpo contra o chão. A torre onde se encontrava os Starianos do conselho, o lorde, o general e alguns capitães, já estavam em alerta, todos na linha de frente, protegendo o principal; Gael. Agora, tinham outras prioridades junto ao lorde, pois a humana também era importante.

— Protejam o Lorde! — Galak se colocou em seu posto, vendo que perdera o lugar de proteger a humana. Falando sobre instintos, notavelmente ele perdeu sua chance novamente, mas este era o pior de seus problemas.

O alarme soou, a torre se colocou em estado de perigo e Elaine se quer viu Galak no meio da bagunça. Quando ela olhou para Volkon assim que ele ditou: “tire ela daqui”, Lionel Richie voltou a cantar em sua mente. Ela viu o azulado cerrar os dentes, rosnar como um animal, enquanto flashes de luzes douradas iluminavam o monstro azul que batia com o machado contra o inimigo. Volkon bradou milhões de palavrões, mandou Korbius socar a maldita idéia dele no mais fundo do seu traseiro, mas Elaine seria dele. Ela não ouviu nenhuma palavra, apenas ouvia a música tocar e imaginava Volkon seu príncipe em cima de um cavalo branco, combatendo uma guerra pela princesa feia. Elaine ouviu Lionel Richie, Celine Dion e Mariah Carey fazer a trilha sonora perfeita enquanto assistia o mundo acabar, simplesmente apaixonada.

— Elaine, está me ouvindo? — Galak a olhou, mas ela sorria, não piscava e tinha as mãos grudadas no peito, enquanto mirava perdida para a estrutura de Volkon.

— Ela não está! — gritou Volkon com um Stariano rebelde debaixo de seus pés e chamando a atenção de Galak para si, e demonstrando conhecer a humana mais do que qualquer um. — Tire ela daqui, ela vai responder melhor se a tirar de perto de mim. — Volkon rosnou, cerrou os dentes e pisou com força, esmagando a cabeça do Stariano rebelde, que parou de gritar no momento em que a bota do azulado se sujou de sangue escuro, tirando mais uma vida; e Elaine, ao invés de sentir repulsa, suspirou e sorriu.

— Sinto muito, general, mas o senhor não é o herói dela. — Áries se colocou ao lado, junto a mais três combatentes lhe dando cobertura enquanto Galak engolia aquilo. O Impérius suspirou, se abaixou o suficiente e colocou Elaine em seus ombros.

Traçaram um plano, precisavam retirar os importantes do lugar e começaram por Gael. Sim, Gael era um combatente forte e poderoso, muito mais que Galak, mas era o Lorde. Ele é o último que deve se arriscar em combate, em qualquer que seja a situação. No entanto, enquanto a linha de combate lutava contra os rebeldes, Galak se empenhava numa linha de fuga com Elaine suspirando nos ombros, mas foi cegamente atingido. O que menos esperavam, era um Stariano do conselho dos grandes se rebelar contra eles, um Kalliur, apontando a mira de um projétil perigoso contra Galak, o que o fez cair, soltar a humana e a ver escorregar próximo a queda livre.

— Milorde, o que está fazendo? — Galak perguntou, se levantando, vendo o lugar se aquietar e ver a traição surgir de todos os lados.

— É uma raça de ímpetos impensáveis. — contou o Kalliur vestido de dourado e bata branca. — Não acho que merecemos nos humilhar a este modo, o fim é mais glorioso!

Mas sequer tiveram tempo de discutir. Elaine tentou se levantar, ainda com as mãos no chão. Sentiu dores, bateu a cabeça e estava ferida. Mal levantou o rosto para olhar para cima e um dos rebeldes atirou contra a humana. Ela não saberia dizer se foi sorte ou azar, mas o tiro de luz violeta atingiu o beiral do piso branco, rachou a estrutura e, como estavam no pico de uma torre no alto de uma montanha, em questão de segundo Elaine se viu cair com as rochas do lugar. Ela gritou, sentiu o vento bater contra suas costas, notou os ouvidos surdos pelo vento e esticou a mão para a torre que ficava cada vez mais distante.

Seu coração bateu forte, seu corpo sentiu os tremores do fim e, quando achou que morreria tacada do alto de uma torre Stariana, ainda teve a gloriosa visão de um corpo azul rugir do alto, apontar os braços para sua humana e se jogar em sua direção com confiança o suficiente. O céu dourado de Starian, mesclado com nuvens em tons rosados, era a paisagem perfeita para que Elaine visse seu herói a envolver com os braços no ar, antes do baque final acontecer.

Ele simplesmente escolheu pular e morrer com ela. Não era Instinto, Volkon a amava! Era uma pena que não teriam tempo de viver isso…

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