O céu se tornou um rosado explosivo, onde a torre era um mero borrão na vista turva de Elaine. Seu ouvido estava zunindo, seu corpo estava extremamente dolorido e ela sofria para tentar enxergar e entender o que havia ao seu redor. Respirar lhe doía o peito, mas a humana piscou, se recordou de sua queda livre e com um baque, arregalou os olhos e de um jeito tonto, sentiu-se presa em volta a musculatura de um corpo pesado.
— Volkon? — suspirou, tentou se mover, tentou movê-lo, mas ele não respondia. — Volkon?
Com muito esforço, ela conseguiu mover os braços nos escombros, ouviu barulhos de algo muito semelhante com um voo de uma aeronave e moveu o braço grande e pesado do Paladimus azul que usou o próprio corpo para protegê-la. Seus olhos se encheram de água quando ela finalmente empurrou o braço para sua liberdade e viu o corpo azulado, de olhos fechados e perdido nos escombros. Ela não conseguia se mexer direito e o barulho estava cada vez mais próximo, e de um jeito desesperado segurou as mãos dele e evitou levantar o pescoço, tamanha era sua dor. Ela olhou para o lado e não havia vida e suas expressões.
— Volkon… — Elaine suspirou, olhando para o céu e enxergando um borrão aéreo, vindo em sua salvação enquanto seus olhos se enchiam de água.
Ela se esqueceu de tudo, e de toda a dor que passara naquele momento, pedindo silenciosamente que Volkon, ainda tivesse vida. Infelizmente, Elaine não conseguiu se manter acordada, visto que o resgate Stariano os alcançaram nos escombros da montanha. A humana apenas se entregou à escuridão, deixando o rosto se encher de lágrimas.
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