Resumo do capítulo Primeiro Encontro de A Babá Perfeita
Neste capítulo de destaque do romance Erótico A Babá Perfeita, Rebecca Santiago apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
Na manhã seguinte, quando desço as escadas, as meninas já estão me esperando arrumadas para ir patinar. Acabei acordando tarde e já estou meia hora atrasada para o compromisso.
Tive uma noite péssima. Cheia de sonhos confusos e horripilantes, com Max, Abigail e a minha mãe. E com Liv. Para o meu desespero, até mesmo o fantasma da Sra Lancaster veio visitar os meus pesadelos essa noite.
Acordar sã e salva pela manhã foi uma agradável surpresa.
Mas ao chegar na sala, tenho uma segunda surpresa que me faz congelar dos pés a cabeça.
- Serei seu motorista hoje, Srta Henderson - Max Lancaster sorri, balançando as chaves do carro. - Espero que não se importe em ter mais companhia.
Eu balanço a cabeça, engolindo em seco.
Puta merda.
Não esperava, de jeito nenhum, que ele fosse se juntar a nós no passeio. Sua presença me deixa nervosa e, subitamente, é como se o ar desaparecesse dos meus pulmões.
Eu respiro fundo, me aproximando dos três, enquanto tento regularizar minha respiração.
- O senhor vai usar mesmo isso? - pergunto, arqueando as sobrancelhas, enquanto aponto para a sua roupa.
- Eu avisei - Evie sorri, revirando os olhos.
Ele semicerra os olhos, confuso.
- O que tem de errado?
Eu fico aliviada por ter uma desculpa para devorar esse homem dos pés a cabeça.
Para variar, Max está lindo de morrer. Um atentado contra todas as virgens inocentes do Estado de Nova York. A jaqueta de couro e o jeans escuros conferem a ele um ar bad boy de tirar o fôlego, enquanto o cabelo ligeiramente bagunçado me faz ter vontade de pular no seu pescoço.
Merda, vai ser um dia longo...
Eu sorrio, com ar superior, e então abro os braços, dando uma voltinha para que ele admire a minha parka vermelha acolchoada.
- Isso é um traje de patinação no gelo adequado, Sr Lancaster.
Ele inclina a cabeça para o lado, com um sorriso torto.
- Deixa eu adivinhar: meu cartão de crédito?
- Acertou na mosca.
Max conduz as meninas para fora da mansão e nós seguimos em seu encalço. Abigail e Judith não aparecem e o único funcionário que vemos é Jose ao passar pela portaria.
Noto a ausência do cão de guarda de Max e aquilo me intriga, mas não digo nada. Talvez esteja resolvendo algum assunto para o patrão. Isso não importa. O fato é que não esbarrar com ele ali me deixa muito mais tranquila.
- Tenho que admitir que nunca paguei uma fatura tão interessante, Srta Henderson - Max continua o assunto, acionando o botão para abrir o carro. - A senhorita tem um excelente gosto para peças de roupa.
- Eu tive ajuda - revelo, apontando para Evie a nossa frente, de mãos dadas com Maisy. As duas pulam sobre a neve com um par de galochas amarelas idênticas.
- Ah, claro. Isso explica as blusas e vestidos cor de rosa.
Eu mordo a boca, contendo uma risadinha. Quando não está sendo um cuzão, Max até que é bem divertido. E atraente. Meu Deus, como ele é atraente! Eu ando um pouco mais devagar, de propósito, para ver como a bunda marca a calça jeans enquanto ele caminha até o carro.
- Chloe?
- Aqui - eu dou uma corridinha até estar ao lado de Max outra vez e ele me olha, desconfiado. - Como o senhor sabe disso tudo, afinal? Vai me dizer que os ricaços também conferem a fatura do cartão?
- Não, os ricaços não fazem isso - ele abre um sorriso reluzente, achando graça no termo. - Mas eu andei dando uma espiada. E preciso admitir que algumas das suas compras foram bem... peculiares. Especialmente a La Perla.
O sangue sobe e o meu rosto esquenta consideravelmente.
Ah, não. Isso foi ideia de Judith. Eu disse a ela que não precisava da ajuda do S Lancaster para comprar minhas próprias calcinhas, mas ela disse que eu seria uma tonta se não aproveitasse a oportunidade.
- Empregadas também precisam de roupa íntima - eu me defendo, com uma expressão ultrajada, enquanto procuro um lugar para enfiar a minha cara.
- É claro, eu nunca achei que elas andassem nuas sob as roupas - ele provoca, antes de entrar no carro, assumindo o volante.
- Eu vou atrás com as crianças - aviso, assumindo o lugar vazio entre Maisy e Evie. - E aí, animadas?
- Sim - Evie abre um sorriso maior do que o mundo, colocando a cabeça para fora com olhos sonhadores. Maisy já está com seus fones de ouvido e parece alheia a nossa conversa. Noto seu semblante preocupado e seguro sua mão, procurando tranquilizá-la. A pequena se volta para mim com um sorriso hesitante. - Puxa vida, eu não acredito que voltou a nevar! Sorte a nossa que temos pneus próprios para a neve.
Max ri, achando graça na esperteza da filha.
- É verdade, mocinha. Sorte a nossa. Então, vamos ou não vamos patinar?
- Sim! - Evie grita, jogando os braços para cima e olhando para o pai como se fosse um deus do rock - Hoje é o melhor dia da minha vida...
Eu vejo Max engolir duro pelo retrovisor e meu coração se afunda dentro do peito.
Ele está emocionado e, o pior de tudo... puta que pariu.
Eu também estou.
***
Para a minha satisfação, Max patina como se tivesse dois pés esquerdos. O que garante a ele alguns tombos engraçados e a mim várias risadas.
- Ninguém nasceu sabendo Srta Henderson - ele me olha, sério. - Alguém já disse isso a você?
- Hm, acho que já ouvi falar - respondo, levantando as sobrancelhas e me sentindo o máximo. - Mas achei que você fosse uma exceção a regra.
Bang. Por essa ele não esperava.
Eu o ajudo a sair do rinque antes que seja ele o próximo a conseguir uma fratura.
O Rockfeller Center está cheio essa manhã e muitas das pessoas presentes parecem ser turistas, com suas câmeras e camisetas EU AMO NY em letras garrafais. Outras devem ser daqui mesmo, muito a vontade enquanto deslizam de um lado para o outro com seus amigos e familiares.
O fato é que eu adoro essa época do ano! As luzes mágicas de Natal, o clima descontraído nas ruas e a neve que cai como um aconchego para os corações. Minha mãe sempre dizia que um novo ano é sempre um novo milagre e ela estava certa. Como estava!
Max e eu tiramos os nossos patins. Então nos debruçamos sobre o muro do rinque, para ver Evie e Maisy aprendendo com o instrutor particular. Evie demonstra um talento natural para a patinação, mas Maisy não fica muito atrás. Elas começam com movimentos suaves, mas pouco tempo depois, estão deslizando de mãos dadas pelo gelo.
É uma delícia assistir as duas! Meu coração se enche de orgulho e eu mal posso esperar elas saírem dali para apertar ambas até ficarem sem ar.
Max rompe o silêncio entre nós, me arrancando dos meus pensamentos.
- É isso o que pensa de mim realmente? Que eu sou um sabe tudo mandão?
Eu cubro a boca com a mão. Meu Deus, ele ainda está nessa?
Se continuar agindo como uma megera mau humorada, como vou conseguir ver Max Lancaster rastejando e suplicando?
Em um impulso, estendo a minha mão, trêmula, para segurar a dele por cima do muro que isola o rinque.
Um calor invade o meu corpo, derretendo minhas entranhas. Meu pulso acelera.
Max se empertiga todo, os músculos rígidos como se tivesse sido eletrocutado. Ele me encara com surpresa, mas logo o seu olhar suaviza e um suspiro entrecortado deixa aquela boca sexy com a qual eu venho sonhando faz tempo.
- Você é mesmo um enigma, Srta Henderson - ele murmura.
- Eu?
- Sim - ele confirma, seus olhos azuis escurecendo e borbulhando, enquanto ele entrelaça os dedos nos meus sobre o muro. Minha pele formiga e eu não posso desviar minha atenção do ponto onde nos tocamos. - Quando eu me aproximo, você se afasta. Quando eu recuo, você segura a minha mão diante de centenas de pares de olhos curiosos.
Eu arfo, me sentindo um pouco culpada por aquilo. Mas não o solto, de maneira alguma. Não o soltaria mesmo que um raio caísse entre nós agora, nos partindo ao meio. Eu me sinto ansiosa e segura ao mesmo tempo. Confusa e certa a respeito do que quero fazer. Que loucura!
Respiro com dificuldade enquanto Max traça círculos com o polegar na palma da minha mão, enviando uma série de arrepios deliciosos ao longo do meu corpo.
- Me desculpe . Não queria constranger você - digo com a voz falha.
Ele balança a cabeça, com um sorriso tímido.
- Não me constrangeu. Mas devem estar pensando que eu sou um papa anjo.
Eu olho para Max, mais do que surpresa.
- Papa anjo?
- É, você sabe...- ele revira os olhos, com um suspiro lento e preguiçoso. - aqueles caras mais velhos que paqueram as garotas mais jovens.
Eu arregalo os olhos, dando uma risada alta.
- Quantos anos você tem, afinal? Oitenta e cinco?
- Trinta e cinco - ele me olha de esguelha, esperando provavelmente que eu caia dura. - Quer ligar para a polícia agora? Eu posso emprestar meu telefone.
Eu abro um sorrisinho irônico.
- Não, obrigada. Acho que posso me defender sozinha. Em todo caso eu trouxe um spray de pimenta na bolsa.
Ele balança a cabeça e torce os lábios em um gesto de aprovação.
Fico achando que, a qualquer momento, Max vai soltar minha mão e me pego torcendo para que isso não aconteça logo. Gosto de ter sua atenção, não vou negar. Gosto do jogo que estamos fazendo. Flertar com Max Lancaster pode ser tão gostoso quanto brigar com ele, quem diria.
- Muito bom. Vou torcer para que não precise usá-lo.
Eu abaixo a cabeça, rindo ainda mais e ele me acompanha.
- E Max?
- O que? - ele me olha, ainda sorrindo.
- Ninguém mais diz papa anjo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Babá Perfeita
Parabéns, também gostei. Uma pergunta, és maranhense? Estive no Maranhão e como falam "pequena", "pequeno", "mulher", naquele lugar, kkkkk. Mas brincadeiras à parte adorei o Maranhão e adorei seu romance....
Amei a história! Vale a pena a leitura! Pena que não achei a continuação!...
Parabéns @RebecaSantiago! Além de um ótimo enredo, escreve muito bem e tem um português muito bom, o que torna a leitura melhor ainda. Depois deste, vou ler seus outros romances. Vc é admirável. Virei fã....
Ameiiiiiiii❤️❤️❤️❤️❤️❤️🥰...
Qual é a plataforma que está o seu livro: A ESPOSA PERFEITA??...
tirando o uso desnecessário de tantos palavrões é uma ótima historia...
Muito bom estou curtindo muito esta historia <3...