- Eu não acredito que você vai pagar duzentos mil dólares para esse cara - eu digo, entre os dentes. - Você perdeu o juízo? Max! Eu estou falando com você.
Max sequer me olha. Está ocupado preenchendo uma folha do talão de cheques, apoiado contra a mesinha de centro.
Agoniada do seu lado, eu aguardo Dixxie retornar lá de dentro.
Ele não disse o que ia fazer, mas vindo de alguém com a sua péssima índole, tenho receio de que apareça com uma arma e algumas cordas, e isso acabe se tornando um sequestro.
- O que esse cara tem contra você? E qual é a garantia de que ele não vai abrir a boca mesmo depois de receber o dinheiro? - eu tento ser a voz da razão, trazendo Max de volta a lucidez.
Para o meu desespero, ele me encara como se já tivesse considerado tudo isso e estivesse disposto a assumir os riscos.
- Ele não tem nada. E não se preocupe, Chloe. Tudo vai ficar bem.
Eu me viro para ele com os olhos arregalados.
O auto controle de Max me faz ter vontade de gritar.
- Nada? Ninguém paga duzentos mil dólares para alguém ficar de boca fechada por nada.
- Não ofereci dinheiro a ele para ficar de boca fechada, Srta Henderson. Ofereci dinheiro a ele para se afastar das pessoas que eu amo. Isso parece pouco para você?
Suas palavras, em vez de me tranquilizar, deixam um nó na minha garganta.
- Evie e Maisy? - balbucio, atordoada - O que ele pode querer com elas, afinal?
Max balança a cabeça. Um pequeno gemido escapa da sua boca com um som estrangulado.
- Ele, não, Chloe.
Dixxie volta lá de dentro com um sorriso sarcástico no rosto.
Tudo nele me dá asco. Desde a expressão debochada até o excesso de auto confiança. As tatuagens dão a impressão de que é membro de alguma gangue, o que eu não estranharia se fosse mesmo verdade.
Lembro dos homens lá fora e estremeço. Seriam amigos de Dixxie ou estariam apenas protegendo o território?
E se estiverem nos aguardando na saída?
- Está feito - Max estende o cheque, mas quando Dixxie vai agarrá-lo com suas mãos ansiosas, ele o impede com um olhar de sobreaviso. - Se eu pegar você rondando minha casa outra vez, seu porco miserável, não teremos mais uma negociação amigável.
- Já sei, já sei. Vai me mandar direto em cana...
- Não - Max nega, entregando o cheque. - Para onde vou mandar você, a prisão vai parecer um paraíso.
Dixxie e Max se encaram brevemente, e ele parece crer nas palavras do empresário porque se cala subitamente.
Por fim, se vira para mim e seus olhos passeiam pelo meu corpo de cima a baixo como se estivesse avaliando uma mercadoria em exposição na vitrine.
Sua boca se curva em um sorriso de aprovação.
- Você não ficou chateada, né, gata? Aquele lance com o carro - ele dá de ombros, casualmente. - Foram apenas negócios.
Max rosna ao meu lado antes que eu tenha qualquer reação.
- De agora em diante, espero que não se dirija mais a Srta Henderson também. Fui claro?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Babá Perfeita
Amei a história! Vale a pena a leitura! Pena que não achei a continuação!...
Parabéns @RebecaSantiago! Além de um ótimo enredo, escreve muito bem e tem um português muito bom, o que torna a leitura melhor ainda. Depois deste, vou ler seus outros romances. Vc é admirável. Virei fã....
Ameiiiiiiii❤️❤️❤️❤️❤️❤️🥰...
Qual é a plataforma que está o seu livro: A ESPOSA PERFEITA??...
tirando o uso desnecessário de tantos palavrões é uma ótima historia...
Muito bom estou curtindo muito esta historia <3...