Resumo de Uma Garotinha Espertinha – Uma virada em A Babá Perfeita de Rebecca Santiago
Uma Garotinha Espertinha mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de A Babá Perfeita, escrito por Rebecca Santiago. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
- O que aconteceu?
- Nada, por que?
Evie se aproxima com passinhos curtos e cautelosos.
Somos apenas nós duas, a manhã inteira, em seu lindo quarto de princesa, todo decorado em tons pastéis. Enquanto isso, mais um dia de inverno acontece do lado de fora das paredes.
A neve baixou e um solzinho fraco resolveu dar as caras. Evie e eu poderíamos estar nos divertindo a beça lá fora, mas a verdade é que estamos, as duas, apreensivas demais para sequer pensar nisso.
Maisy foi para uma consulta com o pai mais cedo e ainda não retornou. Uma avaliação com uma nova profissional, muito recomendada, que eles ainda não haviam procurado.
Max parecia esperançoso quando saiu com a filha, horas antes. Eu também estava. Em vez disso, agora, estou morrendo por dentro, roendo as unhas em expectativa. Fui a responsável por enfiar a bendita ideia naquela cabeça dura. Tagarelei tanto a respeito todos os dias, nas últimas semanas, até que ele finalmente concordou em tentar.
- Bem, normalmente você não consegue fechar a boca - Evie bate os cílios com uma doçura que suas palavras desmentem. Oh garotinha atrevida! - Ainda está chateada pela nossa briga?
Eu abro um sorriso lento, pensando a respeito.
Ela e eu resolvemos nossas diferenças com pipoca e cobertura de chocolate na semana anterior. Demorou mais do que eu esperava, mas finalmente, consegui amansar a fera.
- Nós não brigamos - eu defendo, sentada no chão do quarto, enquanto penteio o cabelo de uma das suas bonecas. - Vamos dizer que você defendeu o seu ponto de vista com muita... força de vontade.
Evie franze a testa, sem se dar por satisfeita.
- Bom, a minha força de vontade fez você ficar com essa cara esquisita a semana inteira, sim ou não?
- Não.
Os lábios dela se contraem.
Ok. Como eu poderia explicar?
Por mais que Evie seja esperta, e até precoce, como poderia admitir para uma criança que estou apaixonada, mas seu maldito pai não dá a mínima para isso?
- É por causa do meu pai?
- Evie! - eu me engasgo.
- Só me responde, por favor. Você está chateada por que ele usou você e depois jogou fora como um brinquedo quebrado?
- Onde você aprende essas coisas? Juro por Deus que eu não...
- Você não deveria jurar em vão - a garotinha me adverte com um olhar de repreensão. Depois sorri, amenizando a expressão no rosto. - Jud é religiosa, sabe? Quase tudo o que sei sobre Deus é por causa dela.
- E o que você sabe sobre Deus?
Evie suspira, esfregando a ponta das sapatilhas verde menta no tapete felpudo.
- Que ele não quer ver você chorando assim.
Que droga.
O que eu digo agora?
Evie pode ser uma mala às vezes, mas parece que tem o dom de enxergar o fundo da minha alma.
- É complicado - eu coço a cabeça, desviando o olhar. - Não quero que você pense sobre essas coisas. Eu estou aqui, não estou? E não vou a lugar nenhum.
- Como vou saber? Você já foi uma vez.
- Mas não agora - eu nego com veemência. Diante do seu olhar desconfiado, tiro o celular do bolso da calça, desbloqueio o visor e entrego o aparelho para ela. - Olha só, estou tentando encontrar uma forma de ajudar a Maisy.
- A Maisy? Por que? - Evie pergunta, curiosa, pegando o celular da minha mão e lendo minha pesquisa.
Eu respiro fundo. Está na hora de ser honesta com ela.
- Evie, o que você sabe sobre o acidente da sua irmã?
Ela dá de ombros, parecendo confusa com as informações da matéria que eu andei estudando mais cedo. É sobre grandes traumas físicos na infância e as consequências que podem pedurar durante toda a vida.
- Muito pouco. Só que foi culpa do meu pai.
- Do seu pai? - eu pergunto, surpresa. - Por que? O que aconteceu?
- Eu não sei - ela dá de ombros outra vez. - Eu era muito pequena.
- Quem te disse que foi culpa do seu pai?
Evie aperta os lábios um contra o outro, enquanto aguardo uma resposta.
- Ninguém -desconversa, mas de jeito nenhum está dizendo a verdade. - Eu só acho que foi.
- E foi por isso que a Evie parou de falar?
Ela pensa um pouco.
- Sim. Bom, é o que eu acho. Eu já disse que não me lembro.
- Quem estava dirigindo o carro, você sabe? - pergunto e Evie me olha como se nunca tivesse pensado a respeito antes. - Esquece. Vou dar um jeito de descobrir. E então nós vamos consertar isso.
- Consertar a Maisy? - a menina levanta as sobrancelhas, perplexa com a ideia.
Eu rio baixinho.
- Não consertar de verdade, Evie. Nós vamos ajudá-la - ela parece reticente, nem um pouco animada, e isso me surpreende bastante. - Você não gostaria de ver a sua irmã falando outra vez?
Evie me encara com a testa franzida.
- Eu não sei se eu já ouvi a Maisy falando algum dia, Chloe.
- Ah - eu não tinha pensado por esse lado. Que estúpida. Estendo a mão, que a garotinha agarra prontamente, se aproximando até estar sentada no chão ao meu lado. Ela encosta a cabeça no meu ombro e emite um longo suspiro. - Não se preocupe. Vai ficar tudo bem.
- Você promete, Chloe?
- Pode deixar tudo, Abigail. Nós vamos comer e depois sair para brincar lá fora.
- Eu não quero brincar lá fora - Evie se volta para mim depressa, os olhos arregalados e os ombros rígidos. - E se aquele homem aparecer outra vez? O homem mau.
Eu entendo a minha mão para segurar a sua. Nossa. Ela está fria e trêmula como se tivesse visto um fantasma.
- Aquele homem nunca mais vai voltar - eu asseguro com um sorriso convincente. - O seu pai já resolveu aquilo, pode ficar tranquila.
Abigail pigarreia.
Eu me viro na direção da governanta, que me olha com um ar de crítica. Apesar de disfarçado, seu olhar não me passa despercebido.
- Chloe, posso falar com você lá fora por um instante?
Eu dou um beijo em Evie, após me levantar do chão. Entrego a ela a boneca e o pente, com uma recomendação para que continue meu trabalho, e saio do quarto, encarando Abigail que já me espera no corredor.
- O que foi, Abigail?
Ela suspira, torcendo as mãos nervosamente.
- Eu vou direto ao ponto, Chloe. Jose disse que viu você chegando de carro com o Sr Lancaster, há algumas semanas, logo pela manhã. Era bem cedo...
- O Sr Lancaster me deu uma carona uma vez - eu a interrompo, com a história combinada entre Max e eu pouco antes de chegarmos a mansão naquele dia. - Eu queria chegar cedo e não consegui um ônibus. Ele fez a gentileza de me buscar perto de casa.
Abigail assente, um pouco corada e visivelmente aliviada.
- Ótimo, eu imaginei que fosse algo assim mesmo. Mas fiquei com essa história na cabeça e você sabe... achei melhor perguntar. - seus ombros relaxam e ela sorri. - Sabe, Chloe? Eu me preocupo com você. Desde que sua mãe se foi...
- Eu sei, eu sei. Vocês eram conhecidas.
- Amigas - ela corrige, acrescentando para o meu espanto: - Acho que você não sabia que nós duas estudamos juntas.
- Não, eu não sabia mesmo. Quando foi isso?
Abigail sorri de novo, dessa vez sem jeito.
- No colegial. Eu nunca fui uma pessoa expansiva, com grandes amizades ou... bem, você sabe que nunca me casei também. Vivi e vivo para essa família - ela cruza os braços, desconfortável. - Mas sua mãe era exatamente o contrário. Inteligente, forte e admirável. Uma adolescente promissora que se tornou uma mulher incrível.
- Eu sei disso.
- Eu só quero que saiba que eu entendo a sua força e sua... paixão pela vida, Chloe.- ela resume com um suspiro. - São características que herdou da sua mãe e eu admiro isso. Mas também tenho medo. Não quero que elas coloquem você em risco.
Eu inclino a cabeça para o lado, atônita. Do que ela está falando?
- Em risco por que?
Ela me encara com uma certa exasperação.
- Ora essa, Chloe! O Sr Lancaster é um homem jovem, rico e bonito. Mas é um viúvo. E também é seu patrão - sentencia, cruzando os braços e me encarando com firmeza. - Por mais que eu odeie fazer isso, vou ter que pedir para se afastar dele. Caso contrário, eu mesma irei demitir você e garantir para que nunca mais pise nessa casa.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Babá Perfeita
Parabéns, também gostei. Uma pergunta, és maranhense? Estive no Maranhão e como falam "pequena", "pequeno", "mulher", naquele lugar, kkkkk. Mas brincadeiras à parte adorei o Maranhão e adorei seu romance....
Amei a história! Vale a pena a leitura! Pena que não achei a continuação!...
Parabéns @RebecaSantiago! Além de um ótimo enredo, escreve muito bem e tem um português muito bom, o que torna a leitura melhor ainda. Depois deste, vou ler seus outros romances. Vc é admirável. Virei fã....
Ameiiiiiiii❤️❤️❤️❤️❤️❤️🥰...
Qual é a plataforma que está o seu livro: A ESPOSA PERFEITA??...
tirando o uso desnecessário de tantos palavrões é uma ótima historia...
Muito bom estou curtindo muito esta historia <3...