Ela olhou pra mim, e o clima pesou. Provavelmente eles estavam conversando sobre a gente.
— Boa tarde.
Cumprimentei, olhando para o Pyter.
Pyter: Boa tarde, Rodrigo. Como foi o final de semana?
Eu já conhecia o Pyter muito bem, ele queria detalhes além do que provavelmente a filha dele já havia dito, e também queria ver o grau de culpa que eu tinha em toda aquela situação.
Eu encarei a Yanka com frieza, e ela desviou o olhar, enquanto a minha mãe se mantinha calada, encarando a xícara de café bem na frente dela.
— Começou bem, eu tive uma noite incrível, romântica e que na minha opinião, foi uma das melhores noites que já tive. Mas, terminou mal, porque sua filha não sabe muito bem o que quer da vida.
Yanka: Conta pra ele, que depois da suposta noite incrível, você foi atrás da sua ex no apartamento dela.
— Eu não vou contar nada, porque o que importa pra mim, com todo o respeito a você Pyter, é a minha consciência. Eu não fiz nada de errado. Mas, isso não importa mais. Você pode seguir a sua vida em paz, eu não vou atrapalhar você de nenhuma forma. Com licença.
Yanka: Volta aqui, eu não acabei.
Pyter: Deixe ele, Yanka. Senta, precisamos continuar essa conversa.
Eu não ouvi o que eles conversaram, me retirei o mais rápido que pude pra não pesar ainda mais o clima, mas por dentro, eu estava destruído.
— Tão linda, e tão cretina.
Falei, enquanto me dirigia ao jardim.
Eu estava faminto, mas precisava esperar a Yanka finalmente ir embora pra eu voltar na cozinha.
Depois de vinte minutos, ela apareceu no jardim, olhou para o lado, me viu e começou a caminhar na minha direção. Eu que estava sentado em uma cadeira de sol, levantei, disposto a sair dali antes de iniciar uma discussão.
Yanka: Precisamos conversar.

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