Resumo de 01 – FUI VENDIDA COMO ESCRAVA – Capítulo essencial de A LUNA HUMANA VENDIDA AO ALFA SUPREMO por GoodNovel
O capítulo 01 – FUI VENDIDA COMO ESCRAVA é um dos momentos mais intensos da obra A LUNA HUMANA VENDIDA AO ALFA SUPREMO, escrita por GoodNovel. Com elementos marcantes do gênero Lobisomem, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
POV: AIRYS
Fui leiloada.
Como Luna de alta classe, a companheira do Alfa da minha alcateia, eu deveria ser respeitada, protegida, reverenciada. Mas não.
Fui traída. Abandonada. Vendida como mercadoria barata.
E o mais humilhante? A pessoa que me entregou foi o homem que jurei amar e servir por toda a vida.
Minha cabeça latejava, um zumbido insistente martelava meus ouvidos. Gemi, tentando abrir os olhos, apenas para ser recebida por uma luz ofuscante que queimava minhas retinas. Algo áspero roçava contra minha pele, cortando meus pulsos já feridos. Minhas articulações gritavam em protesto.
Respirar era um desafio. A coleira fria em meu pescoço apertava cada tentativa de puxar ar, até mesmo engolir saliva era difícil. Cada movimento era uma punição, minhas costelas doíam, prova da surra brutal que havia recebido antes de ser jogada aqui.
Tudo por uma farsa. Uma armação cruel.
E a responsável?
A mulher que mais confiei na vida.
Minha própria irmã.
A mesma que peguei na cama do meu marido.
Meu estômago revirou. Um sabor amargo subiu pela minha garganta, mas engoli seco, recusando-me a demonstrar fraqueza diante da multidão de lobos que aguardava meu destino como abutres ao redor de uma carniça.
Eu estava amarrada como um animal.
Preso a uma estaca.
Vulnerável.
Exposta.
A camisola fina que me cobria era quase transparente, reduzindo-me a nada além de um objeto para ser exibido. Minha dignidade havia sido arrancada à força, junto com meu título, minha família e minha alcateia.
Traidores.
Todos eles.
O cheiro do lugar era insuportável. Um misto de suor, sangue e podridão. O fedor da submissão impregnava o ar, deixando um gosto metálico em minha língua. As luzes eram fracas, mas o suficiente para iluminar os rostos ocultos sob máscaras luxuosas, olhos brilhando com perversidade.
Eu era o prêmio da noite.
— Vejam só, cavalheiros! — A voz do leiloeiro ecoou pelo salão. — Uma Luna rejeitada!
O burburinho cresceu.
— Uma mulher que falhou como esposa… — Ele fez uma pausa teatral, deixando a tensão se instalar. — Pega traindo seu companheiro com outro macho.
Arregalei os olhos em choque soluçando.
— Ela fedia a outro! — Ele cuspiu as palavras com desprezo. — Pura traição!
Gritos de indignação e repulsa preencheram o ambiente.
Minhas mãos tremiam.
— Uma Lupina sem loba. — O leiloeiro continuou encharcando de desdém. — Negada pela Deusa Lua. Exilada por seus atos. Agora, pagará o preço por sua infidelidade!
— Não, isso não é verdade… — Minha voz saiu em um sussurro quebrado, lágrimas deslizavam por meu rosto. Um nó se formou em minha garganta, meus lábios tremiam.
E então eu o vi.
Sentado como um rei, relaxado, desfrutando de sua bebida com um olhar de puro desprezo.
Malik.
O homem que jurei amar.
O homem que me vendeu.
— Malik, você não pode fazer isso comigo! Não pode me trair assim!
Meu grito se perdeu no meio das gargalhadas.
— Ora, vejam só. Para uma humana, até que é feroz. — Malik provocou, arrastando puro sarcasmo.
As risadas cresceram, engolindo minhas palavras.
— Querido, por favor, não faça isso com minha irmãzinha. — Eloy forçou uma voz doce fungando fingida. — Você sabe que a amo. Sei que ela cometeu um erro ao te trair, arrastando o nome da nossa família para a lama…, Mas o que esperar de uma mulher cuja própria mãe preferiu se matar a criá-la?
Meus músculos tensionaram.
— Até a Deusa Lua a rejeitou. — Eloy suspirou, seu teatro impecável.
— Seu coração é realmente bondoso, Eloy. Sua irmã não a merece. — Malik sorriu, um olhar gélido e cruel cravado em mim. — Enfim, poderemos nos livrar deste maldito acordo e contrato que meu pai fez com o seu.
Então era isso?
Todo esse tempo… eu nunca fui escolhida.
Fui apenas um contrato indesejado.
Meus olhos queimaram, mas não chorei.
Ódio pulsava em meu peito.
— Mentirosos! — Gritei, cada palavra ardendo em minha garganta. — Vocês estavam tendo um caso! — Voltei para Eloy em uma suplicia. — Você me drogou e jogou na cama de um estranho para esconder seus próprios pecados! Por que fez isto comigo irmã?
O silêncio se rompeu com um tapa ardido.
Minha cabeça virou para o lado, cabelos cobrindo meu rosto. O gosto ferroso do sangue preencheu minha boca.
— Calada, escrava! — O leiloeiro agarrou meu queixo, seus dedos se cravando em minha pele. — Apertem a coleira desta cadela!
O aperto no meu pescoço se intensificou.
— Aí, por favor… — Choraminguei. — Isso dói…
Minha visão turvava.
Deusa, me ajude.
O ódio e o desgosto eram insuportáveis.
— Que comece o leilão! — O leiloeiro gritou.
O salão explodiu em gritos e números.
Meu destino sendo disputado por monstros mascarados.
— Cem mil por essa coisinha linda. — Um homem gordo e suado ergueu sua placa.
O silêncio caiu.
Ninguém mais fez um lance.
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