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A LUNA HUMANA VENDIDA AO ALFA SUPREMO romance Capítulo 45

POV: AIRYS

Sete longos dias se passaram sem nenhuma notícia, sem sua presença. Nada. O vazio em torno de mim parecia sufocante. Estava ali, sozinha, naquele quarto enorme, cercada por seu cheiro e pela irritação crescente.

— Parabéns, Airys. Mais um Alfa fugindo da sua vida. — Murmurei para mim mesma, revirando os olhos.

A rotina se resumia a ser levada ao hospital, onde uma médica loba, aparentemente perdida, me dava ordens. Depois, era trazida de volta para essa prisão de luxo sob vigilância constante. Dois guardas se revezavam para me vigiar, como se eu fosse um perigo iminente.

Parei diante da porta, encarando Jasper, que mais parecia uma estátua inexpressiva.

— Quero voltar para o meu antigo quarto. — Cruzei os braços. — Não há motivo para me manterem aqui.

Ele sequer piscou ao responder:

— Ordens do Supremo. Você deve permanecer aqui até o retorno dele.

Meu corpo ferveu de indignação.

— Isso é ridículo! — Minha voz ecoou pelo quarto.

Jasper rosnou, o olhar carregado de irritação.

— Não reclame, humana. Pelo menos o quarto do Alfa é confortável. — A raiva em sua voz era evidente. — Um guerreiro tendo que bancar babá de uma humana... Isso é humilhante.

Senti um arrepio subir pela espinha, mas não deixaria ele ver qualquer fraqueza. Ergui o queixo, forçando um sorriso presunçoso.

— Então, me deixe sozinha. Não preciso de babá.

Ele girou nos calcanhares e me encarou de cima abaixo antes de me empurrar levemente pelo ombro. O contato fez minha pele formigar, um misto de tensão e irritação me atravessou.

— Boa noite, prisioneira. — Sua voz carregava sarcasmo antes de bater a porta com força, o estrondo reverberando pelo quarto.

— Arrgh, sério, como os Lupinos são detestáveis! — Chutei a porta, irritada. — Idiota, tomara que pegue sarna.

"Está apenas cumprindo ordens", minha mente tentou me lembrar.

— Para o inferno com as ordens do Supremo. — Resmunguei, puxando um agasalho de Daimon. A peça era enorme em mim, parecendo um vestido. Caminhei até a sacada e deslizei a porta de vidro. O ar frio da noite me atingiu de imediato, fazendo meu corpo estremecer. Ignorei a sensação e caminhei até a mureta, observando a paisagem ao redor. — Ele tinha razão, não há como fugir daqui.

O vento soprava forte, a neve caía em pequenos flocos, acumulando-se nos meus cabelos. Subi no limite do muro e sentei-me com as pernas para fora. O branco infinito da tempestade ocultava qualquer visão do que havia abaixo. Fechei os olhos e inspirei profundamente. O cheiro amadeirado, selvagem e úmido me invadiu. Era tão real que parecia que ele estava ali.

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