Entrar Via

A LUNA HUMANA VENDIDA AO ALFA SUPREMO romance Capítulo 59

POV: AIRYS

Minha garganta secou, e eu virei o rosto, engolindo em seco, evitando aquele olhar penetrante. Num único movimento, tomei meu café de uma vez e me levantei rápida demais.

— Vou encontrar seu beta para treinar. — O tom defensivo na minha voz não passou despercebido.

Mal tinha dado um passo e me assustei ao notar Symon encostado preguiçosamente no batente da porta, os olhos baixos no celular. O susto me fez arregalar os olhos.

— Mas como vocês conseguem se mover tão silenciosamente? — Bufei, irritada. — Chega a ser exasperante!

Daimon rosnou baixinho, exibindo as presas afiadas em um sorriso repleto de presunção.

— Humanos são barulhentos demais, pequena. — Sua voz era um rosnado suave, carregado de sarcasmo e desafio.

Minha respiração falhou por um segundo quando ele deu um passo mais próximo, sua presença dominadora tomando todo o espaço ao meu redor.

— Sua irmã sabia das torturas que você sofria?

A pergunta dele me pegou de surpresa no instante em que eu estava me afastando. Meu corpo enrijeceu no mesmo segundo, um frio agudo se instalou no meu estômago, e minha respiração vacilou. Fechei os punhos instintivamente, sentindo os pelos da nuca se arrepiarem.

As palavras de Malik ecoaram na minha mente. "Eloy está grávida."

Por que o Alfa Supremo queria saber disso?

Minha garganta secou. Será que ele pretendia puni-la também, como fez com meu pai? Como fez com meu ex-marido?

Segurei o ar por um instante, tentando reunir coragem para responder. Minha mente gritou a verdade — ela sabia. Ela sempre soube. Diversas vezes, Eloy assistiu ao meu sofrimento sem demonstrar um pingo de remorso. Muitas vezes, foi ela quem reclamou da atenção extra que eu recebia, mesmo quando essa atenção vinha em forma de tortura.

Mas dizer isso em voz alta? Não.

Engoli em seco.

— Não. — Minha voz saiu num sussurro áspero, quase inaudível.

Daimon estalou a língua, sua expressão impassível, mas seus olhos tinham aquele brilho afiado e impenetrável.

— Interessante. — Murmurou, se erguendo da cadeira com calma, mas cada passo que deu ressoou com firmeza. Sua presença imponente preencheu o ambiente, e meu corpo reagiu antes mesmo que minha mente assimilasse o perigo.

Ele parou ao meu lado, perto o suficiente para que eu sentisse o calor que emanava dele.

— Sua lealdade ainda está nas pessoas erradas. — A voz dele era baixa, mas o peso de suas palavras fez meu peito apertar.

Daimon não esperou por uma resposta. Simplesmente saiu da sala de jantar com sua postura predatória e firme, sem olhar para trás.

Fiquei parada, assistindo suas costas largas se afastarem. Uma onda de frustração tomou conta de mim. Fechei os punhos com força, a raiva crescendo dentro do meu peito.

Desviei o olhar para a mesa. Papéis estavam espalhados ali. Algumas palavras chamaram minha atenção de imediato: Fenda, ritual ancestral, Solstício, ataques, baixas.

Minha curiosidade cresceu. Dei um passo à frente, pronta para pegar um dos documentos.

Um rosnado feroz cortou o silêncio.

Meu coração disparou.

— Isso não é da sua conta. — A voz de Symon soou ríspida. Ergueu o nariz com tédio, os olhos me analisando como se eu estivesse perdendo tempo precioso. — E eu não tenho o dia todo para te treinar.

O nosso preço é apenas 1/4 do de outros fornecedores

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: A LUNA HUMANA VENDIDA AO ALFA SUPREMO