CAPÍTULO 137
Peter Marino
Não sei nem quantos minutos levei para chegar na casa do Alex. A minha cabeça estava rodando e o meu estômago revirando por causa da maldita bebida, mas se existe uma mulher que vale a pena e não posso perder... é a Katy.
Larguei o carro no meio do jardim, praticamente pulei para fora dele, e abri a porta da sala em questão de segundos. Estavam todos lá, pelas expressões falavam mal de mim.
— Porque saiu de casa? Não dei ordens para que ficasse lá? — Alex levantou meio irritado, com a mão na pistola.
— Estou de férias! — o encarei por igual, vi a Katy assustada ao lado da Laura, nosso olhar se encontrou, não pude decifrar o que realmente se passava na mente dela, agora.
— Ah, agora se lembra de alguma coisa não é? Porquê a Katy me disse agora mesmo que esqueceu do jantar, esqueceu de voltar pra casa, que estava casado... — “nossa, ela contou tudo! O que isso significava?“
— Só quero poder conversar com a minha mulher. — olhei pra ela, pela primeira vez desviou os olhos, comecei a apertar a beira da calça com os dedos.
— Ela não quer conversar hoje. Como minha irmã eu a apoio, foi você quem fez merda! — assenti por um momento, passei a mão na minha barba começando a crescer, e depois de tantos anos, me impus:
— E, como minha esposa eu estou avisando que vim buscá-la! — firmei a voz, dessa vez eu não deixaria que escolhessem a minha vida por mim, “a Katy ninguém vai me tirar, nem eu mesmo; vou lutar por ela.“
Alex balançou a cabeça, colocou as mãos pra trás, e veio bem perto. Senti o movimento do seu braço quando levantou, ele me daria outro soco, mas um grito o impediu:
— NÃO! ESPERE, ALEX! — Era ela! A minha doce Katy, pedindo por mim.
— Não quer que ele pague?
— Não. Quero ouví-lo! — fiquei onde estava, se ele me batesse eu aguentaria, afinal, era a irmã dele que eu havia magoado.
— Tá, mais conversem aqui. — Seu olhar era claramente uma ameaça.
— Eu não estou mais, embriagado. — Alex não falou mais nada, virou as costas, Laura foi com ele.
Katy olhava o casal enquanto saíam, estava bem quieta.
— Katy... — ela levantou a cabeça e veio até a mim, parou na minha frente e simplesmente começou a bater no meu peito.
— Seu... seu, maledetto! Conseguiu me tirar do sério, conseguiu me irritar! — segurei seus dois braços com cuidado, mas firme o suficiente para mantê-la, comigo.
— Me desculpe! Por favor, me desculpe, Katy! — ela puxou os braços, então soltou. Katy ficou me olhando, seu olhar era diferente do comum, estava chateada.
— Passei o dia te esperando, Peter! Preparei as suas comidas preferidas, esperei que hoje você começasse a ficar melhor... — virou de costas, cruzando os braços. — O que recebi em troca? Ser tratada como uma das tuas putas? — do nada ela parou e começou a me olhar como se procurasse algo. — Não ousou tocar em outra mulher, não é?
— Eu jamais faria isso, querida! Eu só quis relaxar, ficar um pouco sozinho e exagerei na bebida. Não bebo assim a muitos anos, mas hoje... sei que perdi a linha. — Tentei tocar seu rosto, ela me evitou.
— Não me toque.
— Eu vi que ficou me esperando, que cozinhou...
— Eu cozinharia mil vezes se necessário. Mas não consigo perdoar seu comportamento. Aquele não era você, não era o que eu esperava. Entende que me tratou como uma qualquer? Teve coragem de dizer que só precisava de uma mulher... quer dizer: foda-se a idiota da Katy! Se tivesse qualquer puta ali você “usaria”!
— Querida, não...



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