Júlia
— Ok, entendi! Errada você não está, mas vocês têm um diferencial agora, Júlia Ricci.
— Nós temos? — Em resposta Melissa abaixa os olhos e os fixa em minha barriga.
— Não existe coração endurecido que resista a um bebê. E ao que me consta, esse Sr. de Ferro quer ser pai, certo? — Sorrio, dessa vez de boca fechada, levando uma mão para o meu ventre.
— Você acha?
— Você sabe que não sou muito de apostar, amiga, mas apostaria as minhas fichas nessa possibilidade. Você disse que eu não o conheço, que eu não sei o que ele passou, certo? — Apenas faço um sim com a cabeça. — Mas você o conhece, não é? — Meneio a cabeça outra vez. — Então me diga você, como David Bennett reagiu à notícia de que seria pai? — Pressiono os meus lábios, reprimindo um sorriso largo e feliz.
— Você precisava vê-lo. — Não seguro mais um sorriso bobo. — Bennett se desarmou inteiro e ele chorou igual a uma criança. Ah Mel, ele se ajoelhou e beijou tantas vezes a minha barriga!
— Ok, talvez o Sr. de Ferro esteja me convencendo desse amor que diz sentir por você. Eu disse, talvez, ok?
— Ok!
Minha amiga respira fundo.
— Não tenha medo de ser feliz, Júlia. — Ela sibila me deixando séria. — Você lutou a vida inteira e merece viver um pouco desse paraíso de felicidade. E se é o Senhor Bennett quem vai te levar esse paraíso, que seja então.
— Você é a melhor amiga desse mundo! — Volto a abraçá-la.
— Não vá dormir muito tarde. Já basta você sabe quem te devorando a noite inteira.
Oh, merda!
— O que você disse? — inquiro aturdida.
— Eu sou a sua amiga! — Ela ralha. — Acha mesmo que me descuido de você?
Deixo os meus ombros caírem.
— A propósito, ele tem um peitoral, que meu Deus do céu!
— Melissa Jones! — A repreendo.
— Não tenho culpa se você o despiu no meio da nossa sala!
— Arg! — grunho de vergonha, me sentando em minha cadeira. Melissa dá outra mordida na maçã e sobe as escadas.
***
No final da tarde do dia seguinte…
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