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A Proposta do Sr. Bennett romance Capítulo 107

Bennett

Por que você não consegue ser um mal filho pelo menos uma vez? Por que você ainda se importa com ela? Por que não pode simplesmente ser um homem cruel e frio com a única pessoa que te quebrou tantas vezes? Essas perguntas estão se repetindo dentro da minha cabeça por várias e várias vezes, enquanto dirijo rápido demais direto para a clínica Serenity Haven.

… É que a Senhora Daves não está nada bem.

… Senhor Bennett, eu não ligaria se não fosse sério.

… A Mara não para de falar no Senhor e ela deseja vê-lo antes de morrer.

Um nó sufoca a minha garganta com tanta força que eu mal consigo engolir.

A morte. Eu nunca desejei tal coisa para ela e nem para ninguém. Tirar a Mara do meu caminho não vai apagar a crueldade que ela me afligiu. Eu só queria que ela se esquecesse de mim e queria me esquecer dela também, mas é como se um fio nos unisse e por mais que eu queira cortá-lo, não sou capaz. Portanto, estaciono o veículo no pátio da clínica no mesmo instante que o meu celular começa a tocar.

Júlia. Leio o seu nome na pequena tela. Contudo, não atendo a sua ligação e começo a dar alguns passos para dentro da clínica.

— Oh, o Senhor veio! — Nádia diz sem esconder a sua surpresa.

Sim, também estou surpreso de estar aqui depois de tudo que passei nas mãos da mulher mais cruel que já conheci na vida.

— Onde ela está? — Um tom áspero passa pela minha garganta, confrontando-me, agitando-me, contradizendo todos os meus passos.

— No seu quarto. Mas, Senhor Bennett… deixe-me ver se ela está disposta… — Não a espero concluir a sua frase e dou alguns passos apressados para dentro de um corredor comprido. — Senhor Bennett, eu preciso…

— Não, você não precisa me acompanhar. Eu sei exatamente onde fica o quarto dela — rebato tão rude quanto impaciente.

A verdade, é que preciso vê-la. Talvez esse adeus me ajude a compreender o porquê.

— Mas, como o Senhor sabe? — Ela insiste, vindo atrás de mim. Contudo, percebo-a um tanto nervosa, agitada e me pergunto o que há de errado com ela.

Impaciente, reviro os olhos e lhe dou as costas para continuar. Contudo, algo me parece estranho. Penso quando escuto o som de uma música animada invadindo o corredor de portas brancas, mas propriamente vinda de dentro do quarto de minha mãe e determinado, abro a porta. Para a minha surpresa não encontro Mara Daves moribunda e no final de sua vida. Na verdade, ela está sorridente demais e dançando enquanto saboreia uma taça de vinho tinto. A enfermeira fica pálida diante do meu olhar duro e sem jeito ela recua um pouco para trás.

… a sua mãe costumava ser uma mulher manipuladora e cruel.

As palavras de meu pai preenchem a minha mente no imediatamente.

… Ela adorava ter o controle sobre tudo e todos.

Filha da puta! Um rosnado mental grita dentro dos meus ouvidos.

— Que porra está acontecendo aqui?! — esbravejo, fazendo-a sobressaltar de repente e o olhar cheio de surpresa de Mara encontra o meu.

Ela balbucia, larga a taça com cuidado e me lança um sorriso em seguida.

— David querido? — Sua voz dissimulada preenche o cômodo quando ela abaixa o volume da música. Observo uma garrafa pela metade em cima de uma mesa pequena e redonda, alguns petiscos e volto a olhá-la.

— Então você está morrendo? Não é o que estou vendo aqui — rosno com desdém.

— Me desculpe, Mara! Eu tentei conte-lo, mas…

— Saia daqui! — rujo entre dentes, encarando ferozmente a mulher trêmula ainda em pé na entrada do cômodo e ela sai correndo para longe daqui. — O que significa tudo isso, Mara? — rosno feroz, voltando a encará-la.

— Eu sou a sua mãe e não uma qualquer.

— Você não me respondeu! — ignoro a sua afirmação. Contudo, ela dá de ombros.

— O que você acha? Se eu dissesse que queria te ver, você teria vindo me ver?

Trinco fortemente o maxilar.

— Não.

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