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A Proposta do Sr. Bennett romance Capítulo 108

Bennett

— A quem você está enganando, querido? Eu sei que você não tem alguém para te aquecer nas noites frias e sei que você não é muito de fazer amizades próximas. O Álvaro por exemplo, é seu sócio, seu melhor amigo e ainda assim, não é digno de sua confiança. — Determinado, chego ainda mais perto dela e olho dentro dos olhos confiantes.

— Você não podia estar mais errada, Mara Daves — resmungo sério e o seu sorriso se desfaz gradualmente. — Você perdeu todo o controle que poderia ter sobre mim. — O seu olhar determinado dá lugar a interrogação. — Minhas emoções. Minha força. Meu coração. Tudo em mim pertence a outra mulher.

— Você está mentindo! — Ela rosna baixo, porém, entre dentes.

— Eu estou? — Me permito sorri.

— Você nunca será amado por alguém! — Sua voz tremula e o meu coração regozija com isso. — Você nunca saberia amar uma mulher, não quando experimentou a dor de uma traição.

— Você é uma louca! — Sua mão estrala na lateral do meu rosto e eu bufo, segurando a minha fúria. Contudo, volto a sorrir.

— É, quase acreditei no que você me dizia. Caramba, eu tive tanto medo de nunca ser amado. — Solto um som frio e amargurado. — Mas o meu maior medo mesmo era nunca sentir o prazer de amar uma mulher de verdade na minha vida. — Seus olhos se erguem para os meus. — Você quase conseguiu, Mara. Por muitos anos eu me afundei na minha própria escuridão, mas encontrei alguém que o meu caminho.

— Bobagem! — Ela resmunga, esvaziando mais uma taça. Entretanto, tiro uma fotografia que guardei recentemente e lhe estendo. O olhar de Mara corre pela imagem e por uma fração de segundos ela me olha, voltando a analisar as três pessoas sorridentes na foto.

— Quem é ela? — Mara inquire. Ela ainda não acredita no que ver.

— Essa linda mulher me libertou, Mara. E sabe qual é a melhor parte? — Seus olhos voltam para os meus. — Ela me faz o homem mais feliz desse mundo.

— Mentira!

— Aceite que você errou feio, Mara Daves! — rosno entre dentes.

— Você é o meu filho! — Ela exaspera e tenta se aproximar, porém, me afasto, dando um passo para trás.

— Não, eu não sou.

— O que você está dizendo?

— Estou dizendo, que você, Mara Daves matou o seu único filho quando deslizou pela primeira vez aquela m*****a lâmina em suas costas! — Meu olhar se endurece, meu corpo se enrijece e eu fecho as mãos em punho. — Se lembra de como foi a primeira vez? Lembra do meu sangue escorrendo pela minha pele? — Ela balbucia. — Eu ainda sinto o seu calor e viscosidade. Consigo senti a ardência do corte e a força com que riscou a minha pele. — Seus olhos se enchem de lágrimas não derramadas. — Foi nesse dia que você me matou, Mara — confesso quase sem voz.

— David, eu não sabia… — Ergo uma mão para ela se calar.

— Eu segui em frente, Mara e está na hora de você seguir com a sua vida também. — Dou-lhe as costas para sair, porém, paro bem na entrada do cômodo e a olho outra vez. — A propósito, irei passar na sala do gerente agora e fecharei a conta, a sua estadia nessa clínica se acaba hoje.

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