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A Proposta do Sr. Bennett romance Capítulo 35

Alex

— Ora se não é o chefinho chegando mais tarde a empresa e em plena segunda-feira! — Simon resmunga debochado, fingindo olhar para o seu relógio de pulso.

Reviro os olhos internamente, travando o meu carro em seguida.

— Não importa o que você diga, nada vai estragar o meu humor.

— Humor? — Ele acelera os seus passos e caminha bem na minha frente, avaliando-me. — O que mudou? — Meu advogado abre um sorriso extravagante. — O que aconteceu? — insiste.

— Elena aconteceu. — Ergo o meu anelar sem a aliança de casamento.

— Estou confuso. Vocês se separaram?

— Não exatamente.

As portas do elevador de abrem e adentramos no mesmo tempo. Contudo, encosto-me na parede espelhada e encaro o painel.

— Eu não entendi. Você não está usando a aliança de casados, mas disse que não se separaram?

Malévolo, finjo olhar para o relógio no meu pulso.

— Eu tenho uma reunião agora. — Faço descaso da sua hiper curiosidade.

— O que? Não pode entrar em uma reunião sem antes me contar o que aconteceu nesse final de semana…

— Senhor Ricci, a equipe de arquitetos já o aguarda com os relatórios de inspeção. — Encaro o olhar frustrado de Simon.

— Vamos trabalhar, advogado — retruco desdenhoso. Ele bufa contrariado. Eu acho graça.

Entrar na minha empresa sentindo uma leveza que há muito não sentia não tem comparação. O sorriso veio fácil. Cumprimentei cada funcionário que cruzou o meu caminho, e era impossível não notar o brilho de surpresa nos olhos deles. Eu estou feliz. Tão feliz que nem mesmo os problemas do mundo poderiam apagar essa chama dentro de mim.

Contudo, não consigo evitar de contar as horas para estar com as minhas garotas. De senti-las outra vez. De vê-las outra vez.

— Senhor Alex, a Senhorita Salt já chegou. — Bárbara avisa, colocando a cabeça na brecha que abre na porta do meu escritório.

— Ótimo! Avise-a que quero falar com ela — falo, sem ao menos olhá-la.

— Sim, Senhor Ricci.

Não demora e a porta volta a se abrir.

— Mandou me chamar?

Miranda adentra a minha sala com toda a sua elegância e sensualidade. Seu olhar se fixa no meu dedo sem uma aliança e é possível ver um vestígio de um sorriso no canto de sua boca.

— Sente-se! — ordeno calmo. Sereno, mas dentro de mim tem um vulcão em erupção. Miranda se acomoda na cadeira de frente para a minha mesa. Contudo, fico de pé e me afasto da mesa retangular para fixar a planta dos meus pés bem atrás dela. Portanto, inclino-me só um pouco, alcançando a lateral da sua cabeça. — Eu fiquei curioso — sibilo rígido e frio. — Como soube de mim no hospital?

Confusa, Miranda vira a cabeça de lado para encarar os meus olhos. Impaciente, giro a sua cadeira, deixando-a de frente para mim.

— Quem te falou?

— Qual o problema, Alex? Eu fiquei preocupada com você…

— Quem?! — vocifero.

— Uma amiga que trabalha no hospital viu quando você entrou desacordado. Sua tia o atendeu em uma emergência. Alex, eu me lembrei sobre a cirurgia cardíaca que fez e…

— Eu quero o nome.

Em silêncio, Miranda encara o meu olhar duro.

— Não faça isso, Alex. Ela só quis me ajudar.

— O nome, Miranda!

— Eu vou dizer! — rosna entre dentes.

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