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A Proposta do Sr. Bennett romance Capítulo 63

Júlia

… Eu te amo!

… Eu te amo, David Bennett!

As palavras escaparam de minha boca no auge de um orgasmo que parecia querer me partir ao meio e depois, uma quietude incomoda se alojou entre nós. Embora as nossas respirações fosse o único ruído que eu conseguia ouvir, Bennett continuava com a sua cabeça enfiada no vão entre o meu pescoço e a minha clavícula.

— David? — O chamo com um fio de voz, mas ele não diz nada e começo a me arrepender de ter me declarado para ele assim. — David, você não precisa dizer o mesmo só porque eu…

De repente ele me ergue nos seus braços e confusa penso que tudo não passou de um susto. Portanto, mais calma apoio a minha cabeça no seu peitoral e deixo que ele me leve para o seu quarto e para a sua cama, mas ele não faz. Para a minha surpresa David para de frente a porta do meu quarto e ainda em silêncio ele me põe no chão. Só então procuro os seus olhos, mas eles não me dizem nada.

O silêncio do seu olhar é ainda mais doloroso do que o silêncio dos seus lábios. Penso, puxando uma respiração sutil.

— Foi uma noite cansativa, Senhorita Ricci. — Ele usa um termo formal com a sua voz vazia de emoções. Então eu percebi. David Bennett está escapando por entre os meus dedos nesse exato momento. — É melhor você ir dormir no seu quarto essa noite.

Não! Penso completamente perturbada. Se ele se afastar de mim agora será difícil resgatá-lo outra vez.

— Por que não vem comigo, David? — peço, segurando suavemente na sua mão. Entretanto ele a recolhe e o meu coração se comprime.

— Melhor não. — Penso em abrir a minha boca, porém, ele se afasta ainda mais. — Eu preciso fazer algumas ligações e resolver algumas coisas. — Vencida, meneio a cabeça fazendo um sim e após entrar no meu quarto, sinto o meu corpo estremecer com esse seu afastamento.

— Não posso deixá-lo ir assim — sibilo baixo, convencida de que posso consertar esse meu erro e vou direto para o banheiro.

Tomo um banho rápido e ponho uma roupa confortável para ir ao seu encontro. Contudo, paro em frente a porta do escritório e hesito em bater na porta, e covardemente penso em desistir. Entretanto, não chego a dar dois passos para sair do curto corredor e o som de um estrondo lá dentro me faz virar de frente para o cômodo outra vez, abrindo a porta abruptamente em seguida. Logo observo em um canto de parede uma garrafa de uísque estilhaçada pelo chão e um líquido cor de âmbar se espalha lentamente pelo piso lustroso. E ao erguer os meus olhos o encontro apoiado sobre o bar de canto e de costas para mim. Seus pulmões se contraem violentamente devido uma respiração extremamente pesada e ofegante.

Contudo, aproximo-me cautelosamente e ergo a minha mão na ânsia de tocá-lo, e de tentar acalmá-lo, mas não ouso chegar mais perto.

— O que você faz aqui, Ricci? — Ele grunhe frio feito uma pedra de gelo, sem ao menos me olhar.

— David, eu sei que você não está bem. Nós. podíamos conversar sobre…

— Sobre o que? — Seu tom rígido se ganha mais um tom e na sequência o seu olhar gelado encontra o meu, porém, ele está dolorido. E a forma como ele trinca o maxilar me faz prender a respiração. — Sobre o quanto você me ama? — Bennett sorri maquiavélico. — Você acha que o seu amor pode salvar, Ricci?

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