Bennett
Tem sido assim desde que a expulsei da minha vida. Voltar para casa e encontrar a sua quietude me deixa frustrado, inquieto e irritado. Eu não havia percebido, mas já estava acostumado com a vida que eles davam para a minha casa. Toda a alegria e agitação do Alex, o som das suas risadas e as nossas brincadeiras. As conversas profundas com a Júlia e o seu calor sempre me acompanhando.
— Precisa de ajuda, Senhor? — Meu motorista indaga quando não consigo abrir a porta da casa. — Deixe-me ajudá-lo, Senhor Bennett? — Ele tira a chave da minha mão e a leva para a fechadura, abrindo a porta para mim. Entretanto, ao adentrar o hall, escuto o som ambiente espalhando uma melodia suave e o meu coração dispara em vida.
Júlia, ela voltou para mim! Penso e apresso os meus passos.
— Júlia! — A chamo ansioso, entrando na ampla sala de visitas, mas paro bruscamente ao encontrar Monique acomodada em um dos meus sofás. Aturdido, franzo o cenho, lhe lançando o meu olhar confuso. — O que você está fazendo aqui, Monique?
Sinto a raiva e a decepção percorrer quente em minhas veias.
— Não é óbvio, querido? — Sua voz sedosa preenche o ambiente e ela sorri para mim, dando alguns passos na minha direção. No ato, Monique leva as mãos para o nó do seu sobretudo marrom e seus dedos habilidosos se ocupam em desatá-lo. Logo o tecido grosso se abre, revelando o seu corpo esguio e cheio de curvas completamente nu. Ela o solta e ele cai aos seus pés.
— Mas que porra… — grunho fervendo de raiva.
— Eu me lembro das vezes que fizemos amor nesse sofá…
— Na verdade, nunca fizemos amor, Monique. Eu fodia você e você me fodia. Simples assim. — O meu tom rude não desfaz o seu sorriso malicioso.
— Admita, David, você gostava de me foder e explodia de prazer quando fazia. Não que eu esteja reclamando. Eu adoro uma pegada forte e brutal.
— Por que não veste a sua roupa e vai embora daqui, Monique?
— Porque eu sei que você não está bem e quero te dar uma noite de prazer como nos velhos tempos. Você vai ver, logo essa mulher vai sair da sua cabeça e você…
— Saia da minha casa! — ordeno com um rosnado alto e brutal, fazendo-a se calar.
— David querido, não faz assim. Eu sei que você ainda me ama e que essa mulher só quer te machucar. Eu posso…
— Você não me ouviu?! — rujo, segurando firme no seu braço e a puxo sem qualquer paciência na direção da saída.
— O que você está fazendo, seu grosso?! Você está me machucando!
— Eu disse, fora daqui porra! — vocifero, jogando-a para fora de casa. Monique se desequilibra em cima dos seus saltos agulha e eu fecho a porta na sua cara.

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