A Proposta do Sr. Bennett romance Capítulo 73

Júlia

— Oh meu Deus, Júlia como você está linda! — Melissa vibra ao entrar no meu quarto e sorrio para ela através do reflexo do espelho de corpo inteiro.

— Gostou?

— Se eu gostei? Definitivamente os homens desse evento vão babá em cima de você.

— Não seja exagerada! — resmungo, admirando o tomara que caia em paetê em tom de massala profundo. O decote assimétrico me faz sentir um tanto ousa, enquanto uma fenda lateral adiciona um charme sedutor a dama diante do espelho, mas sem comprometer a sua classe e profissionalismo.

— Exagerada? — Ela retruca, atraindo o meu olhar outra vez. — Acredite, Júlia Ricci, você vai arrastar dezenas de corações dos homens de negócios e ainda vai atrai-los para a nossa empresa. E acredite, eu não me admiro. Com essa sua silhueta até eu me apaixonaria por você. Esse detalhe de uma manga longa e um braço completamente nu vai deixar alguns deles malucos.

— Não fale bobagens, Melissa! — retruco e me afasto do espelho para pegar a minha bolsa. — Estou indo para esse evento caçar alguns clientes em potencial e não para ir para a cama com eles. — Ela ri um tanto debochada.

— Não custa nada unir o útil ao agradável, Senhorita Ricci! Eu uniria. — Ela rebate e dá de ombros.

— Meu Deus, eu estou grávida, criatura! — resmungo perplexa com os seus pensamentos maldosos.

— Mas não está morta, minha cara! — Reviro os olhos. — Sabia que dizem por aí que quando uma mulher está nesse estado, os seus hormônios gritam por sexo? — Arregalo os olhos.

— Você é maluca — replico. — Sabe disso, não é? — Seu sorriso se amplia.

— Talvez eu seja maluca mesmo. — Mel suspira alto. — Ufa, toda essa conversa sobre sexo me deixou eriçada. Acho que vou ligar para o meu estranho possessivo. — Uno as sobrancelhas em confusão.

— Estranho… possessivo? — Franzo a testa.

— Pois é, menina. Ele anda meio enciumado ultimamente, acredita? — Aponto-lhe o meu indicador em riste.

— Nada de trazer homens para a minha casa, Melissa Jones! — Advirto-a.

— Mas bater um papinho safado pelo telefone pode, não é? — Ela pisca um olho para mim e aturdida, franzo a testa outra vez.

— Eu não te reconheço nessa pessoa maliciosa, sabia?

— Acredite, amiga, eu também não. Acho que o meu Ursinho tem me deixado bem safadinha ultimamente.

Oh! Resfôlego.