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A Proposta do Sr. Bennett romance Capítulo 74

Júlia

Nem eu. Resmungo mentalmente. Apesar de saber muito bem que ele é o dono superior desse universo. E não sei se é impressão minha, mas seu olhar parece abrandar um pouco, enquanto ele analisa o meu rosto e por um ínfimo instante penso que é ele. O meu David Bennett amante e carinhoso. Aquele que me ensinou a amar outra vez e esse pensamento faz o meu coração destroçado bater mais forte, quase saindo pela minha boca. Entretanto, eu sei que esse homem não existe realmente. Que esse David não passa de uma criação da minha mente e do meu coração.

— Eu não esperava vê-lo aqui — confesso.

— Júlia, será que podemos conversar? — Bennett pede estranhamente cauteloso, dando dois pequenos passos na minha direção. Penso em recuar, mostrar-lhe que não quero que se aproxime, mas os meus pés não saem do seu lugar. Portanto, prendo a respiração quando ele se aproxima um pouco mais, trazendo o seu perfume amadeirado consigo e instantaneamente o seu aroma me envolve, invadindo as minhas narinas e agita todo o meu sistema. Impulsivamente fecho os meus olhos e sou arrebatada pelo seu toque.

Você não pode, Júlia. Desperto quando o meu subconsciente grita dentro de mim. Não pode deixar-se envolver por esse homem outra vez. Você não pode ser quebrada por esse sentimento. E com esse pensamento o faço afastar-se de mim e o encaro duramente.

— Acontece que falamos tudo que era preciso e não temos nada para conversar, Senhor Bennett! — rosno firmemente, embora que por dentro eu esteja prestes a desabar. — Bennett pressiona os lábios, meneando a sua cabeça em concordância.

— Eu entendo que esteja com raiva… — Rio, o fazendo parar de falar.

— Engano seu — rebato fria. — Se quer saber, eu não penso naquela noite e não penso no que aconteceu. Eu não tenho tempo a perder com bobagens, Senhor Bennett.

— Bobagens? — Ele parece não acreditar em minhas palavras e de alguma forma David parece nervoso também.

—Nós tivemos alguns momentos maravilhosos, intensos e inesquecíveis…

— Talvez para o Senhor — rebato, porque eu já me esqueci de tudo.

— Ok, eu entendi. Eu te machuquei, te feri. Entendo que você não queira falar comigo, mas eu te peço ao menos me escute. Escute o que eu tenho para te dizer…

— Eu realmente não posso, Senhor Bennett! — rebato o interrompendo. — Assim como o Senhor, eu vim aqui a trabalho e preciso voltar para aquele salão, Senhor Bennett — Dou um passo para sair do terraço, porém, ele se mexe rápido demais e para bem no meu caminho. Ergo os meus olhos para enfrentá-lo. — O que pensa que está fazendo?

— Eu sei que você não acredita em mim, mas… eu sinto sua falta, Júlia. — Bennett declara com um sussurro, lançando-me um olhar pidão e no ato, ele ergue a sua mão para tocar no meu rosto. Impulsiva, recuo imediatamente para trás, declinando do seu toque. Entretanto, o meu sangue está fervendo e eu fecho as minhas mãos em punho para afastar essa vontade louca de tocá-lo.

— É uma pena, Senhor Bennett — ralho com fingido descaso. — Porque eu não sinto a sua falta! — minto impiedosamente, sentindo que estou me partindo ao meio outra vez. Seus olhos brilham em lágrimas que querem se formar, me deixando um tanto aturdida e os seus lábios se comprimem em uma linha fina.

— Eu sei que você está com raiva de mim.

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