Bennett
Um movimento na entrada do terraço me faz olhar na mesma direção e a visão de Júlia dentro de um vestido colado ao seu corpo me arrebata, roubando a minha capacidade de respirar. E enquanto ela caminha firme e sexy na minha direção, meus olhos passeiam ávidos pelo seu decote, que de alguma forma deixou os seus seios mais volumosos. Gulosos, os meus olhos sobem um pouco mais, encontrando o seu colo adornado por uma correntinha dourada com um delicado pingente de coração, depois, subo pelo seu maxilar e chego a sua boca desprovida de um sorriso. Por fim, encontro o seu olhar extremamente sério e sem brilho.
— Boa noite, Senhor Bennett! — Júlia diz sem qualquer emoção, olhando-me como se eu fosse uma pedra grande e bruta no seu caminho. Mas isso não importa. Ela está aqui e mesmo com uma face carrancuda ela consegue ficar ainda mais bonita como eu sempre soube que ela é.
— Senhorita Ricci! — A cumprimento com um tom formal, mas a verdade é que eu queria poder tomá-la nos meus braços e beijá-la ardentemente. Contudo, apenas seguro com firmeza na madeira do encosto de uma cadeira e a puxo para ela se acomodar. Na sequência, me sento do outro lado da mesa e de frente para ela. — Aceita uma taça de vinho? — pergunto e seguro imediatamente a garrafa para servir duas taças. Entretanto, ela faz um gesto de mão para mim em negativa.
— Não, obrigada!
Respiro fundo.
— Júlia, se vamos conversar, eu preciso que você se desarme para mim — peço, lutando para manter-me calmo e em resposta, ela larga a sua bolsa em cima da mesa e me encara firme em seguida.
— Eu estou aqui, não estou? — rosna irritadiça. — Eu disse que vou ouvi-lo, Senhor Bennett. E estou aqui para isso. Mas já aviso de antemão que não há nada que o Senhor me diga que me faça mudar de ideia.
Trinco o maxilar.
— Ok! — Solto uma respiração alta e encho uma taça para mim, a esvaziando logo em seguida. — Para começo, eu quero dizer que você tinha razão.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Proposta do Sr. Bennett