Bennett
— Está me dizendo que o senhor não se importa em se relacionar com a pessoa que eu sou? — Consigo sentir o seu ataque em suas palavras e me pergunto quando ela vai se desarmar para mim, porra?!
— É claro que não! — declaro baixo e fico de pé.
— E não está aqui para tentar me manipular?
Mas, que droga!
— Você sabe que não, Júlia. — Ela sorri. Contudo, não sei de dizer se é um sorriso sarcástico ou se ela gostou do que acabara de ouvir.
— Eu sei? — Júlia ralha seca. — Então ela se afasta um pouco da mesa e abre os braços apontando tudo ao seu redor. — Então me explique o que é isso tudo, Senhor Bennett? Uma mesa para dois gritando romance aos quatro ventos. Um extravagante buquê de rosas, provavelmente com um cartão se declarando para mim. — Cinicamente ela vai até o buquê e tira um pequeno cartão de lá, lançando-me um olhar irônico em seguida. Depois, ela o larga de qualquer jeito no chão. — E esse vinho? Não é uma forma impor os seus sentimentos a mim? Se é que o Senhor tem algum sentimento, porque todos esses meses em sua presença o Senhor deixou bem claro para mim quem você realmente é!
Irritado com esse seu ataque, esmurro fortemente a mesa.
Porra! Berro mentalmente. Entretanto, respiro fundo para não perder o meu controle.
— Eu sei que estraguei tudo que tínhamos, ok?! — seguro um rosnado furioso.
— Errado, Senhor Bennett! — Júlia praticamente grita. — O Senhor estragou tudo que eu acreditei que tínhamos. Meu Deus, eu fui tão idiota em acreditei que um homem que foi capaz de me oferecer dinheiro apenas para me levar para a cama pudesse me amar de alguma forma! Você nunca escondeu quem realmente era, David Bennett! — Ela rebate estupidamente irritada. — A culpa foi minha por ter sido tão burra! Por me deixar iludir por seus falsos carinhos. Por me iludir com um homem que só existiu dentro da minha cabeça estúpida! Então não, Senhor Bennett, eu não estou interessada nesse seu falso amor!
— Você prometeu me escutar! — Cobro quando ela segura a sua bolsa para ajeita-la no seu ombro.
— Essa conversa se acaba aqui e agora! — Júlia dá um ultimato e em agonia, prendo a respiração. — Por favor, não me procure, Senhor Bennett e não vá até a minha casa! Não tente qualquer tipo de aproximação ou eu vou denunciá-lo.
Não! Não faça isso! Meu cérebro grita em desespero.
— Júlia… — Tento me aproximar, mas ela recua um pouco para trás.

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