Bennett
Uma noite inteira de sexo ardente com a mulher que derrubou todas as minhas barreiras e levou o meu mundo imperfeito junto com todos os seus destroços. Penso me sentindo esgotado, mesmo tendo dormido a madrugada ao lado da mulher que amo. E acordar no dia seguinte com um sorriso dos meus lábios foi algo diferente. Na verdade, tudo está diferente dentro de mim. Uma calmaria que eu não reconheço. Um calor que eu sempre desejei. E essa paz? O meu coração está tão cheio que parece que vai explodir a qualquer momento, mas não de uma forma ruim. Eu me sinto diferente. Um David Bennett que eu nunca vi na vida. E pensando assim, penso em puxá-la para mais perto de mim, porque eu preciso muito senti-la essa manhã. Contudo, sinto o lado da cama vazio e isso me faz abrir os meus olhos.
— Júlia? — A chamo cauteloso, sentindo pela primeira vez na minha vida a impotência, a fragilidade das minhas emoções. — Por favor não! — rogo quando não a vejo em lugar nenhum do quarto e imediatamente visto as minhas calças para ir a sua procura na sala. — Júlia? — Volto a chamá-la, mas só recebo a quietude e o silêncio do cômodo.
Você não pode me deixar!
Não pode sair assim da minha vida!
Entretanto, estanco bem no hall quando estranhamente encontro as suas roupas ainda espalhadas pelo chão, mas ela não está em lugar algum.
— Júlia, onde você está? — Torno a chamá-la, correndo de volta para o quarto no segundo andar, e dessa vez decido ir procurá-la no banheiro, embora ele também esteja quieto e silencioso. — Júlia! — rosno, quando a encontro caída no chão. — Júlia, fale comigo! — peço, segurando no seu rosto e percebo o quanto a sua pele está gelada. — Merda! — rosno desesperado, segurando-a nos meus braços para levá-la de volta para a cama. Contudo, ao erguer o meu corpo percebo que ela vomitou. — Júlia, meu amor, fale comigo! — peço quase entrando em desespero.
— Eu… estou bem! — Ela fala baixo demais e com um pouco de dificuldade.
— Não, você não está bem! — sibilo preocupado. — Eu vou chamar um médico! — Penso em sair da cama para ir pegar meu celular, mas ela segura no meu braço.
— Não precisa chamar um médico.
— Como não? Olhe para você! — retruco praticamente em pânico.
— Já vai passar. — Ela promete e isso me faz perguntar se ela já passou por isso outras vezes e se sim, outro questionamento me perturba; Júlia está doente? É uma doença grave? Por Deus, o que ela tem?!
— Me diga o que você tem, meu amor? — peço forçando-me a ficar calmo, aproximando-me outra vez para fazer um carinho em suas bochechas pálidas.
— Já vai passar. — Ela repete, respirando com um pouco de dificuldade, me deixando cada vez mais angustiado. E minutos depois, a sua pele começa a se aquecer outra vez. Portanto, me deito do seu lado e a abraço, esperando pacientemente até que tudo volte ao normal.
— Obrigada por ficar aqui comigo! — Júlia sibila meio sonolenta.
— Você não vai me explicar o aconteceu aqui? O que você tem, Júlia? Você está doente? — sussurro uma sequência de interrogações, beijando calmamente o topo da sua cabeça. Contudo, o seu silêncio me faz afastar um pouco para olhá-la. — Júlia? — A instigo. No entanto, ela se senta no meio da cama e eu me sento em seguida. — Você está doente, é isso? — Nada. Júlia parece protelar em me contar alguma coisa. — Ok, eu vou chamar um médico e vamos descobrir de uma vez o que você tem! — rosno dessa vez impaciente e saio da cama. Entretanto, quando seguro o aparelho para fazer a ligação ela decide dizer algo:

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