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A Proposta do Sr. Bennett romance Capítulo 94

Bennett

— Se o meu passado estiver sempre entre nós, como poderei me entregar inteiramente para esse amor?

— David, eu…

A faço se calar com meus beijos, cobrindo-a com os meus braços, afogando-a com os meus sentimentos sufocados e quando paro, puxo uma respiração silenciosa, porém, profunda, dando-lhe as costas outra vez.

… Moleque ingrato!

Os gritos de raiva de Mara parecem estar aqui agora.

… Se eu não posso ser feliz, você também não será!

Estremeço por dentro quando sinto os primeiros toques gestantes das pontas dos seus dedos. Eles são quase imperceptíveis.

… Você será marcado pela minha dor, David Bennett!

… Será castigado por afastá-lo de mim assim!

Tudo vira uma turbulência dentro de mim e quando penso que irei sucumbir a ardência dos cortes profundos em minha pele, tudo começa a girar ao meu redor e a surpresa de não ser lançado dentro do meu inferno me absorve. O contrário do que eu pensei, o toque explorativo de Júlia jogou-me dentro de um jardim calmo, tranquilo e cheio de luz. Ele é lindo e me envolve de um jeito que me faz chorar como uma criança indefesa. Mas não é um choro de desespero e nem de agonia. É como se ela estivesse levando todos os medos para bem longe de mim. Por Deus, não sinto o peso de suas mãos em minhas marcas e até os gritos de ódio do passado se calaram diante do seu toque.

— David, você está bem? — Sua voz doce pergunta.

Ela está preocupada comigo.

Em resposta, me viro para olhá-la e cuidadosamente Júlia começa a secar as minhas lágrimas.

— Me desculpe! — Ela solta um som sofrido. — Eu não queria te machucar!

— Você não me machucou — digo, porque é verdade.

— Você não precisava… — Levo o meu indicador a sua boca, fazendo-a parar de falar e imediatamente os seus olhos molhados me encaram.

— Você não me machucou, meu amor — afirmo com a voz trêmula e embargada. — Essa é a primeiro que estou completamente nu diante de você, Júlia. Uma entrega que eu jamais farei para outra pessoa. — Engulo em seco. — Eu sou seu, Júlia! — sussurro. — Sou seu! — A puxo para um beijo curto e calmo. — Completamente seu! — A tomo nos meus braços, aprofundando o nosso beijo e a prenso contra o vidro temperado do box do banheiro, tomando-a para mim ali mesmo.

***

Na manhã seguinte…

Como uma pluma suave. Penso, apreciando o seu toque em minhas costas e preguiçosamente abro os meus olhos, encontrando o dia já claro através da janela do meu quarto. Sorrio tão preguiçoso quanto exausto de uma noite tensa, porém, cheia de uma paixão ardente.

— Bom dia! — Júlia praticamente cantarola perto do meu ouvido, despertando o meu corpo inteiro.

— O que pensa que está fazendo, Senhorita Ricci? — indago um tanto divertido, virando-me repentinamente a puxo para cima de mim. No ato, Júlia solta um grito agudo, mas é o som da sua risada que me faz inflar.

— Estou lhe acordando, Senhor Bennett.

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