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A Redenção do Ogro romance Capítulo 36

Bernardo Thomson

Hoje temos um jantar para ir com Paulo, Sabrina, Arthur e Duda. Marcamos num restaurante cinco estrelas, um daqueles que Arthur ama de paixão. Bom, eu também gosto... Mas nesses ambientes precisamos ir de terno e gravata e hoje foi um dia quente, e a noite prometia ser também.

A ideia do jantar foi minha, porque desde que Arthur meteu porrada na múmia do Silvio, ele anda distante e isolado. Paulo acha que é vergonha, eu já acho que é reflexão. Deve estar pensando no tamanho da merda que fez, e no quanto suas decisões ultimamente têm sido impulsivas.

Arthur nunca foi assim, o que me leva a crer que Duda está confundindo a cabeça dele. E muito…

O jantar é uma forma de nos aproximarmos dele novamente. Apesar que Paulo me intimou a não tocar no assunto. Apenas se ele quiser falar sobre isso, principalmente se Duda estiver presente. Ela não sabe o que aconteceu naquela noite, coisa que eu duvido. Já que ontem, Arthur disse que ela saiu com sua mãe.

Duvido que a tia Eleonora não contou tudo.

Muita coisa aconteceu nesses últimos meses.

Tio Armando comprou uma casa lindíssima e resolveu ficar um tempo em São Paulo. O que estou adorando já que quando ele está por perto, as coisas são muito mais fáceis. Ele tem esse dom.

Além disso, eu posso conversar com ele sempre que tiver vontade. A casa deles é no mesmo condomínio que o meu, então eu estou bem animado.

Olho para a porta do banheiro e vejo Camila vindo de lá de dentro enrolada na toalha, já com o cabelo seco e escovado. Eu já estou pronto. Só falta pôr a gravata e o paletó.

Ela me olha curiosa, quando vê os inúmeros cabides separados na arara no meio do closet. Eu sorrio...

Hoje estou me sentindo excepcionalmente indeciso, por isso escolhi alguns vestidos para que ela vista. Como é um restaurante sofisticado e quase nunca vamos a restaurantes assim, ela tem muitos vestidos que eu gostaria de ver em seu corpo.

Nessas horas eu me sinto uma criança vestindo minha boneca.

Fora que eu sempre posso usar isso a meu favor…

-Que foi?

-São muitos vestidos…

Dou um nó na gravata olhando para o espelho e vendo ela observando o cabide…

-Pois é... Não consigo me decidir... Então depois que eu terminar de fazer esse nó, quero que você vista eles... Para ver se me ajuda a tomar uma decisão.

Ela sorri e pega o primeiro vestido... Um preto que vai até a altura do joelho. Reto com um decote profundo nas costas e de manga curta. Eu não gosto de vestidos pretos para Camila, acho que não combina com ela. Mas eu lembro que gostei quando ela mediu ele na loja. Quem sabe hoje não será uma exceção.

-Sem lingerie mestre?

-Sem…

Ela confirma e deixa a toalha cair no chão, fazendo charme ao subir o vestido pelo seu corpo.Mostrando suas costas nuas e aquela bunda perfeita para mim. Me sento na poltrona e começo a observar ela se vestir.

Ela ajeita o vestido no corpo.

-Põe aquele scarpin alto preto. -Aponto para o sapato e ela faz o que digo.

O sapato alto alonga suas pernas, deixando o vestido mais bonito em seu corpo curvilíneo.

Ela se olha no espelho e eu faço sinal com o dedo pedindo para ela dar uma voltinha.

Ela faz o que digo.

-Não sei se esse...Vamos ver o verde agora.

Ela vai até a arara e pega um outro tomara que caia, também reto em seu corpo até os joelhos. Ele tem o tom de verde escuro, parecido com verde musgo.

Ela tira o preto pela cabeça e abre o fecho do verde, colocando em seu corpo. Me olha de lado e diz.

-O mestre pode ajudar?

Eu mordo os lábios e sorrio. Me levanto da poltrona e vou até ela, suspendendo o fecho até o final. Tomando cuidado para arrastar meus dedos em suas costas, e vendo sua pele arrepiar por inteiro.

Ela vira olhando para o espelho e eu fico atrás dela olhando…

-Gostei desse mestre…

-Eu também gostei... -falo com a voz rouca. Passo os dedos em seus ombros e vou até o seu decote em forma de coração, contornando seu busto com meus dedos. -Gosto de como valoriza seus seios.-Minha voz sai rouca. -Mas ainda quero ver o azul, ele combina com seus olhos.

Ela sorri e eu desço o fecho do verde.

Ela tira e pega o azul. Este é feito de um tecido molinho com um tom vivo de turquesa. Com alças fininhas e decote também é de coração. Ele desce reto por seu corpo até os mexicanos. Parece que Camila está envolta em véus. Suspendo o fecho abaixo de sua axila e o olho pelo espelho novamente.

Ele realça seus olhos e seu cabelo. Sempre é assim, quando ela põe algo azul.

-O que achou? -pergunto.

-Esse também é lindo, mas gostei mais do verde…

-Dê uma volta para mim... -falo me afastando dela um pouco.

Ela sorri e dá a volta parando de frente para o espelho novamente.

Ela é linda! Perfeita!

Eu particularmente hoje, estou muito excitado... Eu só consigo pensar em possuir aquele corpo... Seja com o verde ou o azul... Não importa!

Boto minhas mãos em seus ombros nus e o olho pelo espelho…

-Esse é bem mais prático do que o verde... -seguro uma das alcinhas e retiro de seu ombro. -Se caso eu quiser fazer um lanchinho no restaurante, não preciso tirar ele todo. -Falo rouco olhando para ela. Ela morde os lábios, quando vê um de seus seios expostos e eu aperto com meus dedos seu biquinho.-O quê acha Camila? -falo rouco beijando o alto de sua cabeça ao mesmo tempo que aperto o bico de seu seio com vontade.

Ela geme fechando os olhos.

Meu pau parece que vai morrer esmagado pela calça de alfaiataria.

Estamos atrasados... Não dá tempo de eu brincar. Caralho!

É sempre algo surreal tentar viver com a Camila, sem sucumbir ao sexo... Eu penso nisso o tempo todo... Eu quero estar dentro dela o tempo todo. Queria saber quando isso vai diminuir.

-Acho uma boa ideia mestre!

Eu enrugo a testa e devo lembrar do que ela está falando.

Eu estava delirando de tesão? Porra!!

Volto com sua alça para o lugar e vejo a cara de peixes dela.

Sorrio…

-Estamos atrasados, cabrita. Ponha o verde…

Ela confirma e eu me afasto dela…

Que merda!!!

******************

Chegamos meia hora atrasada no restaurante. Os meninos já estavam lá com Sabrina e Duda, saboreando a entrada.

A cara de vazamento do Arthur é muito boa. Ele odeia atrasos...

Só depois de um tempo que estava lá, é que ele foi relaxar novamente. Na verdade Arthur odeia que as coisas saem de seu controle... E como ninguém consegue me controlar, eu sou o seus botões de Aquiles.

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