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A última virgem e o CEO cafajeste por Hinovel
— Parece bom! — mais uma vez ele me olhou curioso.
Percebi estar com fome só depois que vi aquela bandeja recheada com mariscos e saladas à sua volta.
Nos servimos em silêncio e assim começamos a comer. Adriel me ofereceu um brinde com a taça que eu ainda não havia tocado desde que a depositou ao meu lado.
— Então...
Após tilintar minha taça contra a sua, senti vontade de saber mais sobre o alfabeto.
— Você fala quantos idiomas?
Uma de suas sobrancelhas levantou em curiosidade, tomou mais um gole de vinho franzindo o cenho.
— Português, inglês, espanhol e francês.
Foi rápido na resposta, mas fiquei sem entender a mensagem dá, Marie.
— Quer ouvir algo diferente?
A pergunta veio acompanhada de um sorriso fraco.
— Se eu não vou entender o que você vai falar, então não faz sentido nenhum. — continuei degustando os mariscos.
— Hm... j'ai des envies pour toi' — o francês soa ‘sexy’.
Não sei bem o que é ser ‘sexy’, mas deve ser isso. Penso.
— Por que fez isso? Eu ainda não aprendi a falar francês. — ele riu. — repete o que disse.
Após ele repetir a frase, decorei sem pronunciar nada. A guardei para depois descobri o que me disse, mas não esqueci da mensagem.
Quando estava na quinta garfada, senti um calor horrível no meu corpo, comecei a abanar meu pescoço jogando os cabelos para um lado do ombro. Sequei minha taça morta de sede.
— Posso? — Adriel pergunta ao pegar a garrafa.
Fiquei momentaneamente pensativa, mas senti vontade de tomar só mais uma.
— Sim!
Depois de encher nossas taças, Adriel foi até a parede e regulou a temperatura.
— Está calor aqui. — ele diz ao soltar o ar pesadamente.
— Será que tem pimenta aqui? — apontei com o garfo em direção ao prato. — Mas eu não senti nenhum ardor.
Engoli provando o gosto dos resquícios da iguaria que sobraram em minha boca.
— Deve ser as ostras. — passou a língua no lábio inferior.
Após presenciar o gesto inocente, senti meu íntimo contrair e eu apertei minhas pernas uma na outra. O que estava acontecendo comigo?
— Adriel. — Pensei em mudar o assunto. — quem é Marie? — quase engasgou com o vinho, também tomei outro gole.
— É minha secretária, porque a pergunta?
— Om... você está ensinando o alfabeto grego para ela, mas não disse que fala grego.
Ele levantou da mesa indignado.
— Quem te disse isso?
Olhou em direção a bancada onde estava o celular, fechou os olhos e travou a mandíbula.
— Você mexeu no meu celular? — rosna.
— Eu não mexi no seu celular. — pus às duas mãos na mesa e me levantei.
Fiquei rapidamente tonta e o formigamento aumentou mais ainda, concentrando-se no centro das minhas pernas.
— E como sabe disso?
— Estava passando e a mensagem chegou bem na hora, não toquei no seu celular. — minha língua pesava ao fazer as pronúncias.
— Mentirosa!
Estava afoita, mas do que o normal. Segurei a taça com força e a arremessei contra meu marido. Por sua sorte, minha visão estava um pouco turva e acabei errando a direção.
— Seu cafajeste! Você não presta Adriel. — diminui o tom.
— Sou um cafajeste? Então os cafajestes fazem isso.
Seus passos foram rápidos em minha direção, Adriel agarrou-me pela cintura possessivamente, dominando meu corpo de forma rápida.
— Adriel pare...
Minha voz embarga, passei os braços em volta da sua cintura e correspondi a exigência que sua língua fazia dentro da minha boca.
A suguei com ganância.
— Ana, eu quero você...
Sussurrou segurando meu rosto e me olhando nos olhos, confuso.
— Você não é ela, não é...
O que ele estava falando?
— Me deixa em paz.
Mesmo com os passos trôpegos sai da sala de jantar. Se ele queria Cecília, então, porque não foi atrás dela.
— Por que faz isso, Ana Lis?
Quando percebo que ele veio logo atrás, apressei meus passos. Subi as escadas correndo, abri a porta do quarto e entrei.
— Por que você não vai atrás dela?
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