A última virgem e o CEO cafajeste romance Capítulo 32

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Seus lábios tremiam de raiva e como se não bastasse, papai ainda tentou mais duas vezes soltar o braço e executar sua vontade de me bater.

Adriel notou que papai havia perdido o equilíbrio da paciência, então apertou seu pulso com mais força, tanto que os nós de seus dedos ficaram brancos.

Esta foi a primeira vez que fui agredida pelo meu pai, a dor ardia na minha pele, no entanto, por dentro, o estrago foi bem maior. Meu coração estava dilacerado e incapacitado de amenizar o desgosto que senti por ser sua filha.

— Não foi para isso que lhe chamei em minha casa, Duarte.

Fala em bom-tom, fazendo o calor de sua expressão esfriar.

— Não era isso que você queria, Adriel? Ainda não se sente vingado?

Deixei as palavras caírem aos seus pés sem medo, não me importava que sua raiva aumentasse.

— O que você fez foi inadmissível, Ana Lis!

— Aposto que não!

Rebati as acusações. Adriel não imaginava que eu teria coragem para confrontá-lo, a supressa passou por seus olhos e sua testa franziu.

— Cale a boca, garota burra!

Papai apontou o dedo em minha direção ameaçadoramente.

E mais lágrimas mornas corriam por minha face quente, devido à força brutal que Filippo usou para me bater.

— Desculpe-me o transtorno, Lobo. Estou muito irritado com essa pentelha.

Encarou-me enojado ao cuspir as palavras.

— Ela ainda é casada comigo, não permito que agrida minha esposa.

"Então o senhor se lembrou que somos casados? Onde está aquele homem que ontem me queria como se eu fosse a última gota de água num deserto escaldante?"

— Perdão, mais uma vez. — sua atenção voltou para minha figura indefesa — por que estava tomando anticoncepcional?

— Estes comprimidos não são meus, eu juro papai. Como ia fazer isso?

— É uma mentirosa.

Adriel vocifera, as veias grossas em sua testa estavam visivelmente pulsantes. A onda de dor e decepção se espalhou pelo meu corpo, por ele me submeter a tamanha humilhação.

Apertava a barra do vestido e mordia o lábio fortemente, tão logo senti o gosto metálico de sangue no canto da boca.

Não conseguia olhar para quem assistia minha derrota, mas sabia que Cecília estava dando pulos de alegria mentalmente. Aposto que, no fundo, ela dava gargalhadas escandalosas.

— Estou começando a pensar que foi uma perda total fazer negócios com você, Duarte.

Ouvir as últimas palavras de Adriel foi o mesmo que ter o entusiasmo transformado em desilusão golpeando meu peito. Não queria acreditar que ele continuava me vendo como uma moeda de troca.

Balancei a cabeça para afastar a ideia que alimentavam a esperança de um dia ter sido amada pelo meu marido.

Cada músculo do meu corpo retesou. Não sabia o que iria acontecer a seguir, nem a razão pela qual papai estava na mansão de Adriel. Certo que era para me castigar, porém, ficar sem saber o que ele havia planejado estava me torturando.

— Venha comigo, Ana Lis.

Ao ouvir a ordem de Filippo, rapidamente recuperei meus sentidos. Afastei os pensamentos e voltei à realidade.

— Sem chance.

Balancei a cabeça em negação e dei passos para trás. O silêncio tomou conta de todos, olhei para Adriel pálida, o suor começou a escorrer por minha testa.

Busquei socorro em seus olhos, mas o homem virou o rosto, a expressão se mantivera neutra, a face inconformada se misturava engenhosamente com a escuridão que o cercava.

— Cecília, me espere no carro.

Dito isto, sua amada se levantou fazendo uma cara de incômodo, olhou para o joelho e resmungou, foi até Adriel arrastando a perna machucada.

Após sussurrar algo no ouvido de Adriel, retirou meu celular da bolsa e o entregou em sua mão. Feito o que queria, ela se dispersou lentamente deixando meu marido numa cadeia de reações assustadora.

— Pode levá-la, Duarte.

Ele rosnou entredentes. Os cílios escuros tremeram. Diante de todos os aspectos, considero que estou ferrada! Cecília deveria ter incrementado sua fúria quando sussurou em seu ouvido.

— Adriel. — supliquei vendo o olhar dele se esquivar do meu.

Fiquei apavorada, não sabia qual era o propósito do Sr. Filippo depois que me levasse dali. Por outro lado, correr para Adriel também não era uma atitude sábia.

Ele estava com muita raiva de mim.

— Mas antes disso, me acompanhe até meu escritório.

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