Resumo de Capítulo 34 – Uma virada em A última virgem e o CEO cafajeste de Mih Freitas
Capítulo 34 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de A última virgem e o CEO cafajeste, escrito por Mih Freitas. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Quatro dias depois...
— O que aconteceu, dessa vez?
Cecília veio até mim, quando ouviu a pancada barulhenta da minha mão se chocando contra a parede.
— Cecília, me dê um tempo.
Continuei de costas para ela segurando a haste de metal na janela da suíte, inspirando o ar úmido e frio que batia no meu rosto, enquanto eu olhava os prédios se perderem na neblina. Cecília, as vezes, é grudenta.
— Ok, só fiquei preocupada.
Seus olhos pousaram em minha mão e ela automaticamente se assustou.
— Cacete! Está sangrando, Drii. Espere um momento, vou buscar curativos.
Tentei conter minha frustração após ouvir o áudio que Filippo Duarte acabou de me enviar, em que Ana Lis confessa que estava tomando anticoncepcional porque tinha nojo só de imaginar um fruto meu em seu ventre.
Já não era a primeira vez que ouvi Ana falar ter nojo de mim. A primeira, pensei que ela estivesse falando no momento de raiva, no entanto, ela ressaltou o que sente por mim.
Fui até a adega e enchi uma taça com vinho branco seco, tomei toda de uma vez e a abasteci novamente.
Cecília voltou rápido, segurava um ‘kit’ de primeiros socorros e expunha uma expressão atordoada, talvez ela goste mesmo de mim, mais do que deveria.
— Não está doendo?
Ela aplicou antisséptico nos nós dos meus dedos. Aquilo não era nada comparado a angústia e fúria que eu sentia no momento.
— Vamos voltar amanhã.
A informei em um tom baixo enquanto ela fazia o curativo. Seus olhos expandiram, ela piscou algumas vezes parecendo surpresa com minha decisão.
Estamos num hotel em Boston, viemos para o evento das empresas. A única razão que me deixou contente nesta viagem, foi garantir que a M&G’Lobos continuasse liderando entre as quinhentas melhores no mundo tecnológico!
Trouxe Cecília comigo com o único intuito. Trabalho. Confesso que ela me surpreendeu bastante, deu ‘show’ na apresentação de ‘marketings’! Porém, eu não consegui tirar as imagens de Ana me implorando para deixar seu pai levá-la. Odeio essa sensação de impotência que sinto quando lembro do seu carmesim de tanto chorar.
— Por quê? Nós nem...
— Não me questione, Cecília!
Encolheu os ombros por ser grosseiro no tom da voz.
— Já conseguimos o que queríamos, o que mais vamos fazer em Boston? Sabe que temos um trilhão de reuniões nos esperando voltar da viagem.
Havia prometido-lhe que íamos passar dois dias de folga depois de tantos eventos e reuniões com os empresários. Seria justo levá-la para fazer passeios, espairecer.
— Queria tanto fazer aquele passeio de barco...
Ela resmunga triste, de cabeça baixa. Queria saber o que está acontecendo comigo, pois, há uns dias eu ficaria até comovido por vê-la triste, no entanto, no momento, a única sensação que tive ouvindo-a reclamando de tudo, foi tédio. Cecília estava deixando a atmosfera entre nós entediante e insuportável.
— Não estamos em lua de mel, lembre-se disso.
— Certo. Vou reservar assim que eu terminar de enfaixar sua mão.
Falou obedientemente, com o semblante caído. Seus olhos lacrimejantes se perderam numa profunda tristeza.
— Assim que o sol raiar, quero estar entrando no avião — ressalto.
— Espera eu não terminei.
Virou-se quando me levantei irritado, puxei minha mão que ela segurava e fui responder uns e-mails, já que desta vez não trouxe minha secretária Marie.
Mal abri o processador do laptop o rosto meigo, calmo e viçoso de Ana surgiu na porra da minha mente. Não demorou muito para lembrar da sua voz cansada falando que eu a causava nojo. Aquilo foi uma forte pancada me atingindo até o âmago.
"Por que ela se entregou daquela maneira em minha cama?"
Afastei o pensamento que estava me deixando intrigado e comecei a pensar que Ana realmente deve ter um relacionamento com Tomás. Deve estar apaixonada por ele e só fez sexo comigo porque fui insistente.
No instante que me lembro dos dois abraçados sinto um calor insuportável na espinha renovando a raiva. Começo a pensar que o castigo que dei-lhe foi pouco. Ela me traiu, me envergonhou e ainda estava abortando a possibilidade de termos o bebê.
Serviço comunitário num lar para idosos e rezar quatro horas por dia, foi pouco! Também confisquei seu celular, e de sobra a deixei à espreita dos seus pais. Em alguns instantes de deslize cheguei a acreditar que estava pegando pesado com Ana, mas agora, não tive piedade alguma.
***
— Nossa quanta pressa!
Comentou ao meu lado enquanto íamos em direção ao estacionamento do aeroporto.
— Tenho uma reunião em poucas horas, Cecília.
Cumprimento Miguel, o motorista da Ana e posteriormente deixamos o aeroporto internacional. Ao alcançarmos a via dupla, fomos recebidos por uma calma chuva.
Quando paramos à frente do portão da minha casa, avistei o carro da minha mãe, parado. Tive que soltar uma longa respiração para acalmar os nervos, sabia que a vinda da Sr.ª Cíntia era por alguma razão importante, e esta, não seria nada agradável. Embora eu seja seu filho, ela nunca fora de me fazer visitas.
Só teria tempo de tomar um banho rápido e vestir um terno descente para ir à empresa. Agora, vou me atrasar.
Desci do automóvel e apertei os passos. Ao entrar na sala, lá estava sua figura sentada no sofá, apenas me aguardando.
— Filho amado.
Levantou-se entusiasmada e veio ao meu encontro com os braços abertos. Contribuí ao gesto carinhoso, afinal, passei sete dias longe de todos.
— O que veio fazer?
Os cantos da sua boca ergueu-se levemente e um sorriso surgiu. Já eu, estava tenso, prestes a explodir.
— Só precisamos do herdeiro de sangue. Esqueça o advogado e tutor.
Piscou para mim. Um lampejo de orgulho brilhou em seus olhos. Certamente, a madame Cíntia deu um jeito neste equívoco. Ela sempre consegue alcançar seus objetivos. Quando toma uma decisão não é atoa.
Depois de tantas decepções chego a pensar que ela deve estar certa.
— Ouça, filho querido. Eu não queria falar isso, porque percebi que você nutriu sentimentos por aquela jovem mulher.
Assumiu uma expressão triste, encarou seus próprios sapatos e voltou a me olhar, desta vez, senti algo mais profundo em suas irises acinzentadas. Estava inquieto e agora sentia que tudo ia desabar aos meus pés após ouvi-la.
Não havia como desconversar. Ela estava certa, por mais que eu tenha lutado para evitar, isso não foi possível. Ana sempre esteve embaixo do meu nariz quando eu mais precisei sentir seu corpo e, deste modo, não consegui cumprir a promessa de não tocá-la.
— Eu vou lhe mostrar porque talvez você duvide da minha palavra.
Ela mexeu no celular, depois estendeu o braço para me entregá-lo.
— Não, não. Não pode ser!
Uma risada infeliz escapou da minha garganta, o coração enchendo-se de ódio. Uma força invisível me esmagava por dentro.
— Conhece essa capela?
Minha mãe pergunta com a voz baixa. É claro que eu conhecia a capela que Ana Lis frequentava todo final de semana.
O vestido era o mesmo, o cabelo, tudo era dela. Embora tivesse de costas enquanto beijava aquele cara, eu a reconheceria. Além disso, aquele vestido que Ana estava usando, fui eu que comprei numa grife que só vende peças exclusivas. Onde mais teria uma peça como aquela?
— Mãe, como conseguiu isso?
Minha voz sai arrastada e grave. Fiz a pergunta curioso em saber como ela conseguiu aquele flagra.
— Sabe que desconfiei sempre daquela menina. Eu nunca confiei em pessoas silenciosas e ela agia estranho. Diante disso, acabei contratando um detetive.
— Deveria ao menos me pedir permissão para isso. Sei que é minha mãe, a respeito muito. Mas isso é antiético.
Já nem sabia mais o que dizer ou pensar, talvez eu esteja querendo culpá-la só para descontar em alguém a sensação de ser traído.
— Perdão filho, mas só quis protegê-lo. Sabe que somos uma família de posses. Tenho que zelar por nossa família.
— Não precisa pedir perdão. Agradeço por isso.
Graças a Deus! Ana Lis não estava em minha casa, porque era capaz de acabar com ela. A ira percorria cada veia que bombeava meu sangue, me senti tão perturbado que o ódio sobrepujou o equilíbrio do meu raciocínio. Mataria alguém facilmente.
“Ah, Ana! Por que você fez isso?”
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A última virgem e o CEO cafajeste
Já li tudo pode liberar mais por favor...