Cap.27: Hanna e Morgan conversam civilizadamente.
Morgan não pôde conter a surpresa ao ver o rosto da moça. Ao mesmo tempo, ficou sem palavras.
— Sua sobrinha? — perguntou Morgan, franzindo o cenho.
— Sim... — confirmou Lory com lamento.
— Mas eu pensei que você fosse sozinha. Como é que tem uma irmã agora?
— É uma irmã recém-descoberta e com uma linda filha. Eu não sabia que tinha, mas estou tão feliz que papai teve outra filha além de mim. — Lory falava com um tom irônico. — E é tão bom ter alguém com quem conversar. Eu estava me sentindo sozinha naquele anexo, já que Hanna não gosta muito de conversar comigo. Então, decidi convidar minha sobrinha. — Ela continuava a falar enquanto Morgan se mantinha em silêncio, seguindo-a ao encontro da moça.
“Lory... o que está fazendo?” pensou Hanna, fechando os olhos apreensivos. “arraste-o para o inferno, não para mim, Lory!” gritava em seu pensamento com tanta força que seu coração acelerava agressivamente a cada segundo que ele e Lory estavam mais próximos.
— Senhor Morgan, essa é a minha sobrinha Danica. Se não se importa, quero que ela passe alguns dias aqui. Lory anunciou com entusiasmo.
Hanna a encarou com os olhos esbugalhados de surpresa, se perguntando o que Lory estava fazendo agora. Ao mesmo tempo, os olhos de Morgan estavam fixos nela, trazendo um ar de indagação sem dizer uma palavra.
Hanna fez uma breve reverência, abaixando o rosto e desejando que ele parasse de a encarar.
— Bom dia, senhor Morgan... — balbuciou ela, comprimindo os lábios, em seguida, mordendo a parte inferior, franzindo as sobrancelhas.
Morgan soltou um suspiro pesado como se tivesse voltado a si, em seguida, estendendo a mão.
— Bom dia, senhorita Danica, é um prazer. — ele a cumprimentou com a voz mansa, estendendo a mão com uma educação que fez Hanna desacreditar que estava mesmo diante de seu marido.
Ela endureceu sem conseguir cumprimentá-lo, enquanto Morgan mantinha seu olhar fixo e misterioso sobre ela, ainda com a mão estendida, esperando que ela retribuísse o cumprimento.
Lory deu um passo encarando Hanna de forma dura e ameaçadora, ela não teve outra escolha, ela sabia que aquele olhar significava que ela queria contar a verdade, por isso retribuiu e apertou a mão de Morgan, assim que tocou sua mão ela sentiu-se estranha, era a primeira vez que estava tendo contato direto com o homem com quem tinha se casado, era só um aperto de mão e um olhar enigmático, mas era estranho ainda mais quando ele estendeu sua mão e beijou o dorso, a deixando ainda mais estagnada, quase caindo para trás, ele sorriu ao sentir a mão dela tremer, em seguida a soltando.
— Sua sobrinha parece bem tímida, Lory. — comentou ele, analisando Hanna da cabeça aos pés com um olhar divertido enquanto as maçãs do rosto da menina se coravam.
— Ela é uma moça muito discreta e recatada, tem apenas dezenove anos. Vivia com a mãe em um campo, você sabe, pessoas que vivem no campo, sozinhas, sem conhecer muita coisa do mundo, parecem sempre tão ingênuas. — suspirou Lory, debochando de Hanna, que a encarou bufando de raiva.
— Querida tia... não seja tão exagerada.
— Você nem mesmo sabe ir à esquina, além disso... — suspirou pensativa, encarando Morgan.
— Você bem que poderia levá-la para conhecer algo, seria um ótimo favor já que estou cuidando... bom, você sabe de quem. — comentou ela, encarando Morgan que retribuiu com mau humor.
— Ah... Ela, bom... — suspirou com desprezo.



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Os comentários dos leitores sobre o romance: Após meu noivo fugir, casei com seu pai.