Cap.32: Morgan e suas suspeitas.
— Você está bem, senhorita Danica? Parece indisposta. — comentou Morgan, analisando-a com preocupação.
— Sim, estou muito mal... — antes que Hanna conseguisse completar a frase, Lory a empurrou para fora com força, desequilibrando-a. Hanna se apoiou em Morgan, que a segurou em seus braços ela sentiu a mão dele pairar em sua cintura em seguida se afastando. Ambos ouviram a porta bater com força e Lory desaparecer.
— Bom... — balbuciou Morgan enquanto Hanna pulava para trás, se afastando. — O que quer que voce fosse dizer, sua tia claramente desaprovava. — comentou ele enquanto a mesma sorria desconcertada.
— Então vamos, — continuou Morgan. — O primeiro lugar que pensei em te levar seria para tomar café da manhã. Se sinta privilegiada, faz anos que não levo ninguém naquele lugar.
— Então deve ser um lugar bastante especial. — comentou Hanna com esperança.
— Sim, de fato.
— E você acha que é adequado me levar?
— Você está se encaixando perfeitamente nesse lugar. Não parece uma menina do mato. — comentou ele, encarando-a com curiosidade. — Afinal... tem boa dicção, postura e se veste bem. — observou, pairando seu olhar admirado sobre ela. Hanna, contudo, não teve outra reação a não ser de vergonha.
— Pensei que moças bonitas tivessem o costume de serem elogiadas. — finalizou ele, mantendo a compostura seria que deixava Hanna confusa. Ela não tinha como descrever o que ele sentia ou o que estava pensando, e não podia prever nenhum de seus passos.
Eles seguiam em direção ao carro atravessando o jardim pela trilha da mansão, a manhã um pouco fria. No relógio apontava sete horas da manhã, o sol tinha se posto lento e majestoso, deixando o céu em tons de laranja e dourado. O aroma de flores multicoloridas inundava o ar, enquanto pássaros cantavam melodiosamente nas árvores. A brisa soprava suave como um sussurro, acariciando o rosto e levando consigo o perfume das flores.
— Nunca pensei que um lugar poderia ser tão mágico... — suspirou ela, admirada, seguindo atrás de Morgan que abria a porta do carro para ela.
— Sei que a paisagem é bonita, mas temos lugares melhores para ir agora. — avisou ele em seguida, indicando para que ela se sentasse ao lado do banco do motorista.
— Acredito que posso me sentar em outro lugar. — respondeu ela, hesitante.
— Quero que se sente ao meu lado no momento, é mais fácil para que me responda algumas perguntas. — comentou ele com um falso sorriso, um brilho de malícia em seus olhos.
Ela hesitou por um instante, mas a tensão no ar a obrigava a ceder. Entrou no carro e esperou que ele contornasse o veículo, mantendo-se tensa e sem saber o que a esperava. Se encolheu no banco quando ele se sentou ao seu lado e ligou o carro.
Ao mesmo tempo, alguém observava tudo. Maya, da sacada de sua janela, ficou intrigada ao ver os dois saindo juntos. Com as mãos sobre a grade, apertava a barreira de metal com força, tomada pela frustração.
Enquanto isso, Morgan seguia viagem com um semblante sério. De vez em quando, lançava olhares penetrantes para Hanna, que mantinha a cabeça baixa, com medo de que ele tivesse desconfiado de algo.
— Ontem perguntei ao zelador que monitora a entrada e saída de pessoas. — começou ele, e Hanna logo percebeu o que ele queria.
— É estranho que nem ele e nenhum dos empregados tenham visto sua entrada, — continuou Morgan. — E em nenhum momento Lory saiu da mansão. Já faz dias que ela está aqui, mas... — ele suspirou, encarando-a com desconfiança. — Como você entrou?

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Os comentários dos leitores sobre o romance: Após meu noivo fugir, casei com seu pai.