Cap.37: Uma esperança para o irmão de Hanna.
— Há uma chance, supostamente, mas não posso dar certeza absoluta, pois isso depende muito do paciente. — O médico hesitou em continuar. — Em muitos casos, após a recuperação, as pessoas ainda permanecem em coma por um tempo. Em outras situações... — Ele respirou fundo antes de prosseguir. — Existe um problema.
— É sério? — perguntou Morgan, apreensivo.
— Sim, e você precisa estar preparado para assumir esse risco agora que já estamos fazendo os testes. — O médico explicou. — Em um momento do tratamento, devido a um efeito colateral, o paciente apresentará um problema que causará uma piora significativa em seu estado.
— Então pare o tratamento! — exclamou Morgan.
— Não é tão simples. — O médico o acalmou. — Essa piora, na verdade, é um bom sinal, já que é o remédio tratando as células doentes e supostas células já contaminadas. O problema que se manifestar será combatido pelo remédio, e o paciente poderá nunca mais ter que se preocupar com essa doença. — Mas para isso, você terá que assumir esses riscos. — O médico o encarou. — Terá que decidir se aceita ou não, sabendo que pode perdê-lo se o paciente não aguentar a manifestação mais agressiva da doença.
— Ele tem recebido visitas? — perguntou Morgan, pensativo.
— Desde que iniciamos o tratamento, ninguém o visitou. — O médico respondeu.
— Nesse caso, durante o período da piora, ele também não deve receber visitas. — Morgan ponderou. — Continue o tratamento se esse for o caminho para a cura. Mas se ele não resistir... — Sua voz falhou. — É o fim desse lugar.
Com isso, Morgan se dirigiu a Hanna, que os observava curiosa.
— Espere aqui por um instante e não mexa em nada. — Ele ordenou, antes de se retirar para se juntar a um grupo de homens que já o esperava.
O doutor se aproximou furtivamente de Hanna, simulando mexer na mesa de teste como se procurasse algo.
— Vocês continuam inventando e mentindo para Morgan? — ele perguntou em voz baixa.
— Doutor! Pode examinar minhas costas? — Hanna perguntou em alto tom.
— Ah! Claro! — ele concordou, indo em sua direção.
— Morgan não sabe que eu sou... bom, você sabe...
— Percebi. — O doutor a interrompeu. — Ele te chama de Danica. Por que mentir para ele?
— Não quero que ele saiba a verdade, não por agora. — Hanna explicou. — Ele tem uma péssima opinião sobre mim, então não conte nada a ele, por favor.


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Os comentários dos leitores sobre o romance: Após meu noivo fugir, casei com seu pai.