Cap.66: uma suspeita.
— Uma proposta? — perguntou Hanna erguendo as sobrancelhas, em seguida rindo com deboche. — O que um homem com mais de uma pretendente e sendo casado pode me oferecer? — questionou, esperando sua resposta.
Morgan hesitou, pensativo. O que ele mais queria estava ali em sua frente, ao menos era o que seu coração dizia, mesmo que sua cabeça estivesse prestes a explodir.
— As coisas não deveriam estar sendo assim — confessou Morgan. — Se eu tivesse te conhecido antes, não teria pensado em cumprir esse acordo no lugar de meu filho.
— Mesmo que perdesse tudo? — perguntou ela de forma irônica.
— Eu não me importo se eu tiver que perder por você — disse ele com convicção. — Mesmo que pareça clichê e nada do meu tipo dizer esses tipos de coisas, mas não estou conseguindo negar o que sinto por você.
Hanna ficou sem reação.
— Você é casado, mas está propondo que eu fique com você? — questionou ela de forma desinteressada.
— Não posso considerar isso um casamento se foi algo por negócios e apenas — Morgan explicou.
— Mas você nunca se interessou em se aproximar de sua esposa e agora ainda quer arrumar mais uma para sua lista de mulheres com quem quer se envolver? Porque não pensa apenas em se aproximar de sua esposa? — perguntou Hanna, esperançosa por uma resposta positiva.
De repente, ele se sentou na cama com as duas mãos sobre a cabeça e cotovelos apoiados na perna.
— Olha... se eu tivesse ciente antes do que estou hoje, eu não a teria tratado tão mal — disse ele com convicção, ao mesmo tempo que Hanna percebia a culpa nele. — Mas como você pode querer se aproximar de alguém que desejou até mesmo que estivesse morta? Hanna me despreza e melhor que compartilhemos do mesmo sentimento para sempre.
Hanna percebeu que ele estava com dor de cabeça. Seguiu até a cômoda e pegou a jarra com água, enchendo um copo. Em uma das gavetas, pegou um analgésico e, indo em sua direção, o entregou.
— Beba! — ordenou Hanna, indiferente, demonstrando estar irritada.
Morgan, naquele momento, teve um pequeno lapso de memória. A cena o levou até Hanna, em um momento similar, porém diferente. Os tons de voz pareciam iguais. Ele pegou a água e o analgésico, ainda com a imagem na cabeça, achando, de certa forma, as duas mulheres parecidas, mesmo sem conhecer a aparência verdadeira de sua esposa.
— Você não deveria ficar bebendo — resmungou ela.
— Se essa for a única válvula de escape, eu vou fugir por ela.
— Isso não pode ser a única saída — retrucou Hanna, repreendendo-o. — Além disso... você nem sequer lembra que passou a noite com Maya em seu quarto? Acha que é saudável beber assim?
Morgan ficou confuso.
— Ela estava em meu quarto? — perguntou, hesitante.
— Claro, e ainda com uma roupa bem indiscreta...
De repente, Morgan a puxou pelo pulso e Hanna caiu sentada em seu colo.
— É por isso que está chateada? Eu passei a noite jogado em meu escritório depois de beber além da conta — disse ele com a voz calma, colocando os braços ao redor dela enquanto sorria sutilmente, percebendo que ela na verdade estava com ciúmes.
— Tudo bem! — ela balbuciou, em seguida se levantando de seu colo.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Após meu noivo fugir, casei com seu pai.