Cap.73: O que você esconde?
— Ela balbuciou desconfortável — os olhos de Morgan divertidos enquanto deslizava as mãos por sua coxa, apertando com força. — O que pensa que está fazendo? — perguntou ela, erguendo-se para sair de cima dele.
— Você disse que ficaria — protestou ele, puxando-a de volta.
— Mas você parece estar levando para um lado mais complexo — confessou ela, abaixando a cabeça envergonhada.
Morgan desconfiara de sua conduta, mas naquele momento percebeu que estava errado.
— Só quero te tocar... agora que tenho sua confirmação — esbaforiu ele com desejo, a voz rouca e carregada de paixão. A linha de sua mandíbula se definiu enquanto se aproximava dela, seus lábios se encontrando em um beijo calmo que se intensificava à medida que o desejo de Morgan se intensificava. Só ele sabia os desejos sombrios que percorriam suas veias quando a tocava e suas mãos corriam por seu corpo, apertando cada parte. Ao encerrar o beijo, ele a encarou feroz com um sorriso malicioso. — Eu vou cruzar a linha que eu mesmo criei logo, logo — sussurrou ele, enquanto Hanna engolia em seco.
— Enfim... — ela balbuciou, buscando mudar de assunto. — Por que está bebendo tanto? — perguntou, sentindo a pele arrepiar ao sentir as mãos dele correndo suavemente pela sua coxa por baixo do vestido. A cada toque ascendente, suas entranhas se contorciam em uma mistura de excitação e apreensão do que poderia acontecer ao se manter sobre o colo dele daquela forma.
Morgan a encarou com um sorriso enigmático.
— Porque a vida é dura, Hanna — ele disse com a voz rouca, seus olhos fixos nos dela. — E às vezes, até para um homem bem sucedido como eu, o álcool é a única maneira de suportar... Se afogando em algo... — ele contorceu os lábios um pouco. — Talvez eu devesse mudar meus métodos de esquecer as mágoas.
Hanna desviou o olhar, desconfortável com a sinceridade em suas palavras acompanhada por seu olhar de segundas intenções.
— Tem outras maneiras de lidar com a dor — ela argumentou baixinho, seus dedos se entrelaçando nervosamente. — Você poderia conversar com alguém, buscar ajuda profissional... — sugeriu, tentando levar a conversa por outro caminho.
— Ajudar? A única coisa que fez efeito até agora foi você... — ele suspirou, fechando os olhos e tentando se concentrar em outra coisa, sentindo o peso dela sobre seu colo.
Ele manteve os olhos fechados até sentir a ponta dos dedos de Hanna tocando seu rosto.
— Então todas as noites eu vou estar aqui com você, até que isso passe, está bem? Eu realmente prefiro você sóbrio — ela confessou.
— Todas as noites... — ele grunhiu, suspirando pesadamente. — Com certeza um homem e uma mulher presos em um escritório dará tão certo... — ele suspirou com um gemido escapando.
— Se não quiser, eu não vim.
— Se não vier, eu posso preencher isso com o que você já sabe — respondeu indiferente.
Ela se encolheu, quieta.


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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após meu noivo fugir, casei com seu pai.