— Mas você nem olhou o papel.
— Para você vir com desespero deve ser algo muito caro, não é? Me diga, Hanna. — suspirou ele, se inclinando para a frente e apoiando o queixo no dorso da mão. — O que você faz com esse dinheiro?
Ela comprimiu os lábios enquanto ele analisava seu rosto, mesmo com as ataduras.
— Senhor Morgan, eu quero comprar coisas. Uma moça jovem não pode desejar roupas caras e perfumes caros?
Morgan bufou e riu em seguida.
— Se tratando de você, nada fará muita diferença. Apenas diga para que é o dinheiro! Uma quantia tão alta! — asseverou ele, demonstrando estresse, amassando o papel e jogando em Hanna, que recuou assustada.
— Só me dê o dinheiro, eu não quero tomar seu tempo, por favor... — ela suplicou, abaixando a cabeça, fechando os olhos e entrelaçando os dedos com ansiedade.
— É tão fácil assim? Por que não negociamos? Posso te dar o dinheiro que você quiser com algumas condições.
— O que quer? — ela perguntou, o encarando curiosa.
— Posso cobrar com alguns serviços.
— Seu depravado! — ela asseverou sem esperar que ele explicasse. Ele apenas a encarou, entortando os lábios e soltando um suspiro de tédio.
— Nem que você fosse a última mulher do mundo eu encostaria em você. Sei que você desejaria isso, mas pode descartar essa ideia horrível. — disse ele com indiferença. Hanna não se conteve e sorriu com os lábios comprimidos, desviando o olhar enquanto a vontade de rir só aumentava ao se lembrar de cada segundo da noite anterior.
— Contei alguma piada, dona Ortiz? — asseverou ele, batendo na mesa, incomodado com a reação de deboche dela.
— Estou rindo... — ela soltou o riso deliberado, sem conseguir se conter. Ele ouvia sua risada, mas não estava realmente irritado, se perguntando o que ela achava tão engraçado nisso. Ela cobria os lábios, tentando abafar a risada de som suave que a fazia parecer agradável. — Eu só estou rindo porque eu também não quero te tocar. O que quer? — perguntou ela, se recompondo.
— Quero que nas horas de almoço você venha para meu escritório e faça o resumo de alguns relatórios que me enviam das clínicas. Eu também tenho empresas de outros ramos para administrar e isso tem tomado meu tempo.
— Por que pensa que eu seria capaz de resumir esses relatórios? Já não sabe que sou burra?

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Os comentários dos leitores sobre o romance: Após meu noivo fugir, casei com seu pai.