Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 66

Acordei no sábado pela manhã com o estômago embrulhando, não devia ter comido aquele lanche tão gorduroso, depois que comecei a comer essas coisas, sentia minha barriga mais inchada e havia engordado um pouco mais.

Tomei um remédio para enjoo e fui para o centro vender meus laços.

Havia aprendido o caminho para o centro, como ia bem cedo, o sol não me queimava tanto, eu me sentava num certo ponto de uma praça bem movimentada, e colocava os laços à mostra, o local que ficava era um ponto estratégico, onde muitas pessoas passavam, tinha dias que vendia todos, mas algumas vezes, quase nenhum.

Eram quase duas da tarde e consegui vender quase todos os laços, só restaram dois, então decidi que já era hora de ir para casa, arrumei minha bolsa e me levantei, logo tudo ao meu redor resolveu rodar, minhas vistas se escureceram e senti meu corpo cair no chão.

— Moça, moça, você está me ouvindo?

Logo ouvi a voz de uma pessoa me chamando.

— Chamamos uma ambulância, não se preocupe. — Outra voz disse.

Meus olhos aos poucos começaram a se abrir, e vi uma pequena quantidade de pessoas ao meu redor.

— O que aconteceu? — Perguntei confusa.

— Não se mexa muito, acho que você desmaiou, e bateu sua cabaça na quina do banco, pois ela está sangrando.

Pus a mão em minha cabeça e logo senti uma dor insuportável, e vi que meu dedo se manchou de sangue.

— A ambulância chegou, não se preocupe.

Logo os paramédicos chegaram e pediram para as pessoas se afastarem, eles enfaixaram minha cabeça, me colocaram numa maca e me levaram para o hospital.

Chegando lá, logo fui atendida, o médico olhou o machucado em minha cabeça e disse que não havia sido nada grave, mas que era para ficar em observação, ele havia me perguntado o porquê da minha queda, e falei do meu desmaio, logo ele pediu que fizessem alguns exames para saber a causa do mesmo.

— Você ficará de repouso até os resultados dos exames saírem, se tudo estiver certinho, logo terá alta. Você já desmaiou antes assim?

— Só uma vez, quando estava me alimentando mal e acabei ficando com uma anemia profunda.

— Vamos ver os motivos desse desmaio, e procurar a solução mais rápido possível. Quer que ligue para algum familiar seu?

— Não, muito obrigada.

O médico saiu e eu fiquei deitada na sala de observação, meu telefone logo tocou. Era a Rafaela.

— Oi Rafa.

— Oi Aurora, tudo bem com você?

—Tudo Sim.

— Eu liguei para te pedir desculpas por ontem, eu desliguei o telefone sem falar nada para você, me perdoa.

— Tudo bem Rafa, eu entendo.

— Para ser sincera, eu fiquei com um pouco de ciúmes de vocês, o Tácio é sempre assim, prestativo, e gosta de ajudar as pessoas, eu que acabei confundindo as coisas, me perdoe.

— Sem problemas Rafa, eu também me senti muito mal por isso, não queria ter ido ao mirante sem você, e também havia tocado no assunto sem querer com ele, que iria comprar o micro-ondas hoje, daí ele me apareceu com um lá, fiquei muito sem jeito, mas ele se recusou a pegá-lo de volta.

— E por que você recusaria? Ele tem um coração maravilhoso, faz tantas coisas boas por tanta gente.

— Eu sei que ele é muito bom mesmo, mesmo ficando sem jeito, eu o entendo. Ele só quer ajudar.

— Então, já que você entendeu meu lado, vamos tomar um sorvete? Estou chegando em sua casa em cinco minutos.

— Eu não estou em casa.

Disse depressa, eu não queria preocupá-la, mas ela devia saber onde eu estava.

— Não. E onde você está? Fala que passo para te pegar.

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