“Alessandro”
Parei o carro no estacionamento da empresa. Eu estava ansioso, tão ansioso que fiz todo o trajeto em silêncio. Catarina me olhava o tempo todo desconfiada. Quando abri a porta do carro para ela descer eu a puxei pela mão para um beijo e disse:
– Eu estou muito feliz que você finalmente decidiu voltar a trabalhar comigo.
Ela sorriu e me beijou mais uma vez.
Eu havia pedido ao Patrício que reunisse todos na recepção da presidência para que eu informasse da volta da Catarina. A reforma que a Sam fez ficou pronta na sexta e eu estava muito satisfeito com o resultado. Ela realmente tinha um toque especial para essas coisas. Eu estava ansioso para que a Catarina visse e esperava que ela gostasse das mudanças.
Enquanto o elevador subia as mãos da Catarina estavam frias e trêmulas. Quando as portas foram abertas no andar, eu dei um leve apertão em sua mão que estava na minha tentando confortá-la.
Era um grupo pequeno de funcionários que trabalhavam na presidência. Quando viram Catarina aplaudiram e demonstraram estar felizes em vê-la de volta. Menos uma pessoa. Celeste nem conseguia esconder sua raiva. Ela olhava para Catarina com ódio estampado no rosto. Enquanto todos avançavam para abraçar minha namorada, Celeste ficou imóvel.
Após os cumprimentos de todos, era hora de dar alguma explicação, ainda que não fosse a verdade.
- Senhoras e senhores, obrigado por receberem de volta a Srta. Catarina de forma tão calorosa. Sei que vocês todos ficaram sabendo que informações sigilosas vazaram do computador da Srta Catarina e por isso ela foi demitida. Porém, o pessoal do departamento de tecnologia investigou e descobriu que não foi a Srta. Catarina quem vazou as informações. Chegaram a conclusão de que o computador foi invadido de forma remota e as informações vazadas por outra pessoa que nós ainda não sabemos quem é. Contudo, o importante é que a Catarina está de volta, ela é peça importante nessa empresa. E como sei que vocês notaram nossa proximidade - falei erguendo nossas mãos unidas -, gostaria de informá-los que essa linda mulher me perdoou por ter sido tão rude com ela e que nós estamos namorando. Em breve estaremos casados!
Todos aplaudiram e nos felicitaram. Rick e Patrício assobiavam e Samantha gritava “viva os noivos”. Catarina estava vermelha como um pimentão e sorria encabulada. Assim, os funcionários foram se dispersando à medida que nos cumprimentavam, ficando parados em nossa frente apenas Patrício, Rick, Samantha e Celeste.
- Não vai me cumprimentar, Celeste? – Catarina perguntou sorrindo para aquela cobra venenosa. Mas eu sabia que ela a estava provocando.
- Claro, Cat, é muito bom ter você de volta, já que perdoou a humilhação que passou aqui. – Celeste alfinetou com um sorriso fingido e abraçou a Catarina e falou em seu ouvido: – Mas você já deve ter visto a novata, né, não confie nela, é uma falsa que está andando atrás do Alessandro.
- Imagina, Celeste, a Sam é minha amiga, nela eu confio de olhos fechados. – Catarina falou frisando a palavra nela e indo até Samantha abraçá-la. Celeste transbordava de raiva mal contida.
- Meu anjo, vem, assuma o seu posto de trabalho. – Falei estendendo a mão para minha namorada e a conduzindo para a porta de sua sala.
Abri a porta e vi seus olhos se maravilharem com o que viu ali. Samantha havia trocado os móveis de madeira escura por madeira clara, deixando o ambiente iluminado. A mesa, que antes ficava virada de costas para a janela e de frente para a porta, agora ficava lateral, de modo que a Catarina pudesse contemplar a janela mesmo estando sentada. Havia um tapete claro, cadeiras com assento de couro preto e atrás da mesa uma estante em metade da parede e na outra metade um arquivo em madeira clara. Do outro lado haviam duas poltronas modernas e confortáveis em tom claro como o tapete, uma mesinha entre as duas com um arranjo de tulipas de várias cores e atrás prateleiras com objetos decorativos. O ambiente era lindo e bem profissional com um toque feminino.
Samantha tinha feito um trabalho primoroso. Minha mesa agora ficava do outro lado, onde era o antigo sofá. Havia uma janela grande na parede ao lado então eu tinha muito mais luz. Onde ficava minha antiga mesa ela colocou o novo sofá, em tecido cinza, era enorme e muito confortável. Haviam quadros na parede, estantes salpicadas nas paredes da sala, um nicho do teto ao chão de plantas verdes, que ela disse que me acalmariam, e objetos de decoração variados. O ambiente era profissional, mas estava mais leve.
Beijei Catarina ainda com as pernas dela enroladas em minha cintura e falei em seu ouvido:
- Eu vou te comer na minha nova mesa e te colocar pra rebolar no meu pau sentado na minha cedeira, mas primeiro eu vou te foder naquele sofá.
Caminhei com minha garota pela sala e me sentei no sofá com ela em meu colo, beijando sua boca apaixonadamente. Registrei o telefone tocando sobre a minha mesa, mas ignorei, o que quer que fosse teria que esperar. Quando comecei a subir minhas mãos pelas coxas da Catarina as enfiando entre suas pernas, meu celular tocou com o toque do Patrício. Nós começamos a rir e falamos juntos:
- Amigo empata foda!
Mas o Patrício sabia o quanto era importante a Cat voltar e não interromperia o nosso momento à toa. Então peguei o celular no bolso do paletó e atendi num tom divertido.
- Porra, Patrício, de novo!

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......