Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1072

“Fernando”

Depois da minha conversa com a Catarina ela ligou para a Melissa e confirmou a idéia da vídeo chamada, mas eu queria mais do que aquilo, a Melissa merecia mais. Então eu decidi que era hora de incluir as outras garotas e a Catarina se encarregou de reunir todas elas, que ficaram muito emocionadas em saber que a Melissa participaria do tal “best maternity” e nós passamos o resto da tarde dando forma ao nosso plano. Quando terminamos já estava na hora de buscar a Melissa no trabalho, mas eu ainda tinha uns minutinhos para comprar os chocolates que ela tanto gostava.

- Melissa, onde o Heitor está? Eu preciso que ele assine esses documentos. – O Sr. Perfeito estava na sala da Melissa. Mas será que esse homem não tinha uma sala?

- Não sei, José Miguel, mas se você quiser esses documentos assinados o encontre antes de mim, porque quando eu encontrá-lo eu vou matá-lo! – A Melissa respondeu e eu senti na voz dela a irritação direcionada ao Heitor.

- Boa noite! – Eu entrei e os dois olharam para mim.

- Aí, José Miguel, chegou quem pode contar pra gente onde está aquele covarde. – A Melissa estava mesmo brava com o Heitor.

- Minha linda, eu não sei onde o Heitor está. – Eu me aproximei e dei um beijo em seu rosto, colocando a sacola da loja de chocolates em frente a ela e me virando para o Sr. Perfeito, que estava nos olhando com interesse. – Eu vou mandar uma mensagem dizendo a ele que você precisa dele e que eu já estou levando minha namorada pra casa.

- Ele está mesmo fugindo de mim? – Ele me encarou.

- Está. – Eu respondi.

- Você vai me dizer por quê? – Ela insistiu.

- Não! – Eu ri, esperando por uma batalha na qual ela tentaria de todas as formas me convencer a contar tudo pra ela.

- Tudo bem. Mande a mensagem e diga a ele que estou deixando o trabalho dele sobre a mesa, para ele vir fazer. E depois vamos pra casa. – Ela abriu a sacola e olhou o conteúdo. – Os meus favoritos!

Ela tirou a caixa de chocolates da sacola, abriu e tirou um, em seguida ofereceu para o nosso espectador que recusou gentilmente. Eu mandei a mensagem para o Heitor, o José Miguel agradeceu e saiu da sala e a Melissa reuniu as coisas dela para irmos embora.

- Você não vai insistir? – Eu perguntei, surpreso por ela não estar insistindo para saber o que estava acontecendo.

- Não, eu não vou insistir. Eu quero ir pra casa, comer qualquer coisa e depois devorar esses bombons na cama, diante da TV. – Ela passou o braço pela minha cintura, me fazendo rir.

- Então vamos pra casa, abelhinha. – Eu sussurrei no seu ouvido.

Nós chegamos em casa num clima tão confortável e agradável de intimidade e proximidade, que eu estava feliz por ter tomado a decisão que tomei e já estava ansioso para fazer logo o pedido e dizer a ela que eu estava feliz por ela ser a mãe dos meus filhos. Nós estávamos preparando o jantar juntos e eu nem percebi que estava sorrindo.

- E essa alegria toda, Sr. Fernando Molina? – Ela perguntou enquanto picava os tomates.

- É a alegria de quem está em paz D. Melissa Lascuran! – Eu respondi bem humorado. – Por que eu não estaria feliz? Eu tenho um hospital famoso, uma namorada linda, que eu vou levar pra cama mais tarde...

- Quem vai me levar pra cama hoje, meu amor, é o chocolate! – Ela riu e eu me aproximei para abraçá-la e beijá-la.

- O importante é que você vai estar lá. – Eu sussurrei em seus lábios e depois a beijei. Então eu me lembrei de algo que eu deveria ter perguntado ao meu tio, mas na hora em que estava com ele não me ocorreu e agora eu não sabia o que fazer.

- O que foi? – Ela perguntou.

- Ótimo! Obrigado, tio. – Eu me despedi do meu tio sorrindo.

A minha atenção foi capturada por algo caindo, eu olhei em volta mas não vi ninguém, dei de ombros e fui em direção ao elevador e quando eu estava me aproximando ouvi a porta corta fogo bater. Que estranho? Esse prédio estava me dando nos nervos. Eu voltei para o apartamento e respirei aliviado ao ver a Melissa colocando a mesa.

- Cadê os papéis, príncipe? – Ela perguntou e eu olhei minhas mãos vazias em busca de uma resposta.

- Os papéis? – Eu pensei por um segundo e dei a única resposta possível. – Acredita que esqueci no hospital?!

- Melhor assim, fico com você e os chocolates só pra mim. – Ela sorriu e me deu um beijo.

Nós nos sentamos e comemos enquanto fazíamos planos de ver um filme depois do jantar. Mas eu não queria ver filme nenhum, meu filme seria ela, com aquele corpinho cada vez mais gostoso debaixo de mim.

Depois do jantar, enquanto eu conferia se todas as portas e janelas do apartamento estavam trancadas, eu encontrei no chão, perto da porta da entrada, um envelope branco comum, com o nome da Melissa impresso. Aquilo não estava ali antes, era como se alguém tivesse passado por baixo da porta. Eu fui até ela e entreguei o envelope, mesmo não gostando daquilo, eu não tinha o direito de abrir se estava endereçado a ela.

- Que estranho! – Ela comentou depois que eu falei como o havia encontrado.

- Também achei. – Respondi e ela abriu o envelope.

Eu percebi o leve tremor na sua mão, fosse o que fosse aquilo a tinha assustado. Ela esticou a folha de papel para mim. Era uma folha branca com uma pequena mensagem impressa que dizia apenas: “Por favor, não esteja aqui no fim de semana.”

Aquilo me deixou completamente estressado, eu a levei comigo até a portaria e pedi ao porteiro as imagens da câmera de segurança, mas ele me disse que as câmeras não estavam funcionando há dias e que a empresa responsável pela manutenção não estava conseguindo resolver o problema, mas que o síndico já estava buscando uma solução. Aquilo era estranho e me deixou ainda mais preocupado. Eu tinha que tirar a Melissa dali o quanto antes.