"Alessandro"
De repente, aquela gralha insuportável da Ana Carolina, que viu toda a cena de frente para nós começou a falar quase gritando:
- O que você está fazendo sua mulherzinha oferecida, solta o Alê, sua aproveitadora.
Sem soltar a cintura da minha assessora, eu falei no ouvido dela bem baixinho:
- Não ouse se afastar. – Claro que ela havia sentido minha ereção, mas não precisava de ninguém mais ali testemunhar isso. Olhei para a gralha e com cara de quem queria matá-la informei:
- Abaixa o seu tom de voz, Ana Carolina, e se desculpe com a Srta. Catarina imediatamente.
- Quê isso, Alê! Eu só estou colocando essazinha no lugar dela. Ela está dando em cima de você descaradamente. Além do mais, ela parou na frente da porta e estava me impedindo de entrar para te ver, dizendo que eu tenho que ser anunciada. Isso é um absurdo, desde quando eu preciso ser anunciada? Fala pra ela quem eu sou e a coloque no lugar dela. Você tem que repreendê-la, Alê, acho até que deveria demiti-la. – Ana Carolina falou com os olhos crispando de ódio.
- Ana Carolina, se desculpe com a Srta. Catarina ou não reclame das conseqüências. – falei baixo reunindo toda a calma em mim que estava por um fio.
Ana Carolina me olhou como quem estava magoada, mas sei que ela estava com muita raiva e se pudesse arrancaria os olhos da Catarina. Para irritá-la eu apertei ainda mais meu braço ao redor da cintura da minha assessora e disse:
- Você não vai se desculpar? Tudo bem, então. Patrício, me faz o favor de acompanhar a Ana Carolina até os elevadores e se certifique que ela entre e vá para a recepção. – falei dando um passo para dentro da sala levando a Catarina comigo e sem nem olhar para o Patrício, mas sei que ele está se divertindo com a situação. Ele detesta a Ana Carolina mais do que eu, ela nunca perdia uma oportunidade de ser desagradável com ele, sempre o tratava com desdém e o discriminava veladamente com atitudes desprezíveis por causa da cor de sua pele. Isso me enojava cada vez mais.
Patrício olhou pra mim com o olhar divertido. Ele sabe que eu sempre deixo para ele a oportunidade de colocar essa insuportável porta a fora, para que ele se divirta às custas dela.
- Pode deixar, meu amigo, faço questão de acompanhar a Carolzinha até a saída do prédio para ela não se perder. – ele piscou pra mim e saiu da sala com um sorriso enorme no rosto. O vi fazer uma reverência debochada para aquela sem noção e indicar para ela o caminho da saída.
Bati a porta do meu escritório e a tranquei. Respirei fundo para tentar acalmar minha mente e controlar o meu corpo, mas ter a Catarina colada em mim, com seu perfume tão perto era inebriante. Que diabo de mulher linda!
Ainda estou segurando a Catarina e não quero soltá-la, mas preciso. Inspiro por mais alguns segundos o seu delicioso aroma e muito a contra gosto a solto. Ela leva alguns segundos ainda encostada em meu peito, percebo que não fui só eu que fiquei agitado com a nossa proximidade e quase a envolvo em meus braços de novo, mas ela se afasta, dá dois passos para frente e se vira me olhando nos olhos, com um ar muito profissional.
- Sr. Mellendez, peço desculpas, mas fui instruída que ninguém, além do Sr. Guzmán, deve entrar em sua sala sem que seja autorizado pelo senhor. A senhorita passou direto pela Celeste e queria entrar sem ser anunciada. – ela falava com tanta suavidade e calma depois daquele tumulto que me fez ter vontade de beijar aquela boquinha perfeita pintada com um batom rosa, isso me fez sorrir.
- Não se preocupe, Srta. Catarina, a senhorita agiu corretamente e eu espero que continue agindo assim. Não me interessa se é o papa ou se é um diretor dessa empresa, somente a senhorita, o Patrício e a Mariana podem entrar em minha sala sem minha autorização expressa. – falei me recompondo o máximo que pude e caminhei até minha mesa. Peguei o telefone e chamei o chefe de segurança do prédio:
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......