Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1113

“Melissa”

Eu estava nervosa, tão nervosa que o buquê de orquídeas brancas em cascata entremeado de folhas verdes que eu segurava se sacudia um pouco com o tremor da minha mão. Meu pai me olhou, colocou sua mão sobre a minha que estava em seu braço e sorriu, aquele sorriso que ele me dava em momentos que eu precisava de calma. A música mudou, eu respirei fundo e comecei a andar, um passo de cada vez em direção a minha felicidade.

De repente, a única coisa que meus olhos podiam enxergar era o meu noivo, de pé no altar, sorrindo e chorando ao mesmo tempo, vestido num terno cinza médio de três peças, como se fosse a sua armadura brilhante, todo o resto em volta desapareceu para mim, porque só ele me importava. Tudo o que eu sentia era aquele amor, que me acompanhou a vida toda e que ficava maior e mais sólido todos os dias. Eu sorri para ele, sentindo tanto amor que parecia transbordar e fluir do meu sorriso até o seu coração.

Quando eu estava quase no altar, aquele coreto que guardou a promessa dele por tanto tempo, ele deu os passos que faltavam em minha direção e cumprimentou o meu pai.

- Fernando, eu estou te entregando o meu coração! Eu sei que você cuidará bem dela e que ela cuidará bem de você. – O meu pai entregou a minha mão a ele.

- Otávio, ela me tem desde sempre, a minha vida é para ela, eu vivo por ela e não há possibilidade de que eu faça menos do que dar a ela a felicidade que ela merece. – O Fernando olhou para o meu pai solenemente, que sorriu e segurou o ombro dele.

- Filho! – Meu pai disse essa única palavra, com um peso enorme, com uma emoção de olhos brilhando, ali reunidos todo o corinho e afeto que ele tinha por mim e estendeu ao homem que eu amava. O olhar do Fernando para ele era uma retribuição desse afeto, dizia tudo sem nenhuma palavra. Meu coração pulsou mais forte por ver os dois homens da minha vida se conectarem daquela forma.

Meu pai foi para o lado da minha mãe e o Fernando beijou o dorso as minha mão e depois deu um beijo na minha testa e olhando em meus olhos ele falou baixinho:

- Minha garota, me desculpe ter demorado tanta a cumprir a minha promessa.

- Meu príncipe, não importa, sua promessa ficou guardada nesse quiosque e no meu coração por todos esses anos e eu ainda vou te dizer sim, tá, porque eu sempre vou dizer sim pra você! – Eu respondi com a voz embargada, tentando chorar delicadamente como uma princesa, mas por dentro eu chorava de alegria e emoção, como uma adolescente se descabelando pela sua banda preferida. Eu tinha medo que a qualquer momento a adolescente dentro de mim socasse a princesa e saísse para se mostrar de boca aberta, mostrando todos os dentes, quase babando, chorando e gritando “eu te amo, Nandooo”. Isso não seria adequado para o casamento.

Ele sorriu pra mim, sorriu até os olhos, todas as promessas que ele fez ao longo de anos estavam ali, sendo renovadas. Nós nos viramos e subimos os três degraus até o nosso altar.

- Mas que alegria para mim ter o privilégio de celebrar essa união, união de um casal que se ama a vida inteira e que eu tenho certeza que se amará até o último sopro de vida. Ou talvez mais ainda. – O padre da nossa cidade, o mesmo que batizou a mim e ao Fernando, que nos deu a primeira eucaristia, que nos acompanhou em cada compromisso de fé que fizemos, estava ali para nos lembrar que a promessa de Deus é cumprida no tempo certo e jamais falha. Ele sorriu para nós dois, pois nos conhecia há tanto e conhecia o que nos unia. – Sendo assim, mais do que celebrar a união, nós vamos celebrar o amor, esse amor resiliente, paciente, que a tudo suporta e tudo perdoa, esse amor que sabe esperar que o outro esteja pronto, não é Melissa? – O celebrante sorriu pra mim. – Esse amor que está sempre disposto a se dar pela felicidade do outro, não é, Fernando? É esse amor, o amor que tem no outro o pensamento, que tem comprometimento e acolhimento e como disse o poeta Quintana, o amor que “muda a alma de casa”.

O padre continuou a cerimônia, com suas palavras generosas e que nos enchiam de esperança, seu discurso, carregado de emoção e gentileza, nos fez lembrar de tantas coisas que já havíamos vivido e nos fez olhar para frente para o que se descortinava diante de nós.

- Fernando, agora que você cresceu, é de sua livre e espontânea vontade se unir em matrimônio a Melissa, diante de Deus e dos homens? – O padre deu um toque muito especial à pergunta, pois conhecia a história.

- Sim, sempre foi minha vontade, estar unido a você Melissa, meu coração sempre foi e continuará sendo seu. – O Fernando respondeu, apertando a minha mão.

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