“Melissa”
Eu parei para observar o rosto sorridente da Luna segurando o buquê e o Enzo se aproximando para abraçá-la. Ele falou algo no ouvido dela que a deixou de olhos arregalados e talvez um pouco surpresa. Eles ainda estavam abraçados quando o Fernando e eu nos aproximamos.
- Luna! Eu fiquei muito feliz que você tenha pegado o meu buquê! Você e o Enzo são como o Fernando e eu, encontraram o amor cedo, quem dera todo mundo tivesse essa sorte. – Eu a abracei.
- Obrigada, Mel! Eu vou guardar com muito carinho, vou mandar colocar num quadro, igual você fez com os das outras meninas. – A Luna sorriu.
- Com licençaaa! Lindinha, deixa comigo, a tradição aqui nesse grupo é que o buquê jogado vai junto com o da noiva pra ser tratado, conservado e enquadrado. Quando estiver pronto nossa rainha entrega pra você! – A Adèle se aproximou e explicou para a Luna.
- Gente, que demais! – A Luna ficou empolgada e entregou o buquê pra Adèle.
- Demais é que eu adorei esse negócio de rainha. – Eu olhei para a Mini me que estava sorridente. – Mas você sabe, não é, Luna, o que diz a tradição. Quem pega o buquê...
- Ai, Mel, não, isso é só superstição. O Enzo e eu ainda somos muito jovens. – Ela estava com as bochechas coradas.
- Mas eu já disse, não vou ficar enrolando você. Nós já estamos namorando há três anos. – O Enzo assumiu uma postura de homem, falou com firmeza e determinação. – Porque nossa história até parece com a deles, mas eu não sou lento como o príncipe aí não. Eu sei o que eu quero! – Ele deu um beijo no rosto da namorada que estava toda vermelhinha.
- Olha o moleque, tirando onda comigo. – O Fernando brincou com ele. – Que fique claro, eu sempre soube o que queria, só não pensei que precisasse do casamento. Mas aí, Luna, eu descobri que chega um momento que nós precisamos selar o compromisso de estar juntos pra sempre.
- Ai, que lindo! O gigante acordou! – O Enzo brincou com o Nando. – Pois é, mas eu não estou dormindo e sei que eu vou ficar com a minha gatinha pra sempre.
- Eu também tenho certeza disso e olha, Luna, eu sei das coisas! – Eu dei um abraço em cada um, com o coração feliz, pensando que se a Luna, que tinha uma história com Enzo tão parecida com a minha e do Fernando, pegou o buquê, isso só poderia ser um bom presságio para nós e para eles.
- Podemos ir agora, minha rainha? – O Fernando se virou para mim e deu um beijo no meu rosto, mas eu não tive tempo de responder, porque a Catarina já estava com o microfone na mão.
- Melissa, minha linda, você não vai sair à francesa. Senhoras e senhores, está na hora de nos despedirmos dos noivos. – Ela falou simplesmente, fazendo com que eu me desesperasse.
Eu não podia acreditar que ela havia feito aquilo e eu teria que levar mais de uma hora me despedindo dos setecentos convidados que tinha naquele salão. De repente eu fiquei até feliz pela Hana, o Rafael, a Eva e o Perfeito terem ido embora, eram quatro a menos.
Mas quando os meus olhos deixaram a Catarina e eu me virei novamente para o salão, eu fiquei surpresa com o que vi. Os convidados formaram um corredor que ia da pista de dança até a saída do salão. Eu também não tinha idéia de onde eles tiraram todos aqueles balões vermelhos em formato de coração que flutuavam sobre suas cabeças, tampouco aquela chuva de flores de lavanda que eles faziam cair sobre nós à medida que passávamos, ouvindo a banda tocar “Exagerado”.
Nós passamos por aquele corredor e saímos do salão e até a porta do clube social aquele corredor humano ainda cantava, segurava balões e jogava fores de lavanda. E a medida que passávamos os convidados vinham atrás de nós. Quando chegamos do lado de fora, o corredor era formado pelos nossos padrinhos e por aqueles fogos indoor em cascata prateada, que iam até o carro antigo, branco, com uma plaquinha de recém casados, que já estava com o motorista a postos e a porta aberta. Nossos pais estavam ali esperando para nos dar um último abraço antes que fôssemos para a lua de mel.
- Hoje para aquele hotel fazenda, o que o Flávio indicou, porque é o máximo que eu ainda consigo esperar para tirar o seu vestido. Amanhã de manhã nós vamos viajar, mas é uma surpresa, não adianta porque eu não vou contar. – Ele estava cheio de mistério.
Enquanto o carro percorria o caminho até o hotel, nós conversávamos sobre a festa, sobre as coisas que mais havíamos gostado e sobre os nossos amigos. E quando o carro parou eu me dei conta que ainda seria surpreendida naquela noite. O motorista abriu a porta e havia um tapete vermelho estendido até a porta do hotel, ladeado por muitas flores brancas. Na porta, dois funcionários bem vestidos nos esperavam com sorrisos abertos.
- O que você fez? – Eu olhei para o Fernando, que me ajudava a sair do carro, com a minha saia ainda volumosa, mesmo sem as anáguas.
- Uma noite especial para esse dia especial. – Ele sorriu e beijou a minha mão.
Nós não passamos pela recepção, aparentemente o check in já havia sido feito e eu me perguntava como. Nós fomos levados até um daqueles carrinhos que usamos no dia do piquenique e um funcionário o conduziu até o último chalé, o mais afastado do hotel, que tinha muito mais privacidade e uma vista linda para um vale verde que se estendia adiante.
Eu não sei como, porque a saia do meu vestido era volumosa, mas o Fernando me pegou colo e me levou para dentro. A noite estava mais fria e a lareira estava acesa. Rosas adornavam todo o quarto e pétalas vermelhas pareciam ter chovido ali. Sobre a mesa redonda no canto havia uma variedade de frutas e chocolates. Sobre a cama, coberta com lençóis brancos com barrado inglês, as pétalas estavam espalhadas caprichosamente.
Eu estava nervosa, já havia estado com o Fernando muitas vezes, mas agora era tão diferente, afinal agora ele era meu marido e eu havia esperado muito por isso. Ele se afastou de mim para trancar a porta e quando voltou sussurrou no meu ouvido:
- Enfim sós e casados, abelhinha! Você agora é a minha esposa amada.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......